Friedrich Nietzsche
O Mundo terminou? Claro que
não. Ou, talvez, da forma como o conhecíamos, sim. Senão vamos pensar um
pouquinho na educação. Hoje, agora. Filas de doutores (sim, aqueles com doutorado, e não o que conhecemos como médicos). De
PHDs, sim, os pós-doutorados. Mestres? Exigência básica do tal MEC – tenho dúvidas até hoje do real significado
destas três letrinhas em forma de sigla -
Pós-graduados? Aos montes. Graduados? Ora, é apenas um colegial
melhorado. Concursos Públicos com centenas de milhares de vagas – tudo para ter
garantido o “seu” ao final do mês - . ENEM? Nova mania para acabar com outra
mania que tinha se transformado em indústria. O vestibular. Que ainda não
morreu. Está ai, sobrevivendo. O novo sistema para entrar na faculdade.
Simples. Centenas de milhares de jovens, se “atracam” literalmente em 10 ou 12
horas de provas. Hércules ficaria ruborizado com isso!
Parece que nossas
“crianças” já estão nascendo assim. Com esta mentalidade. Estão, assim, mais
para “esqueçam o amor por aprender mais”.
Agora estão do tipo: “vou fazer uma
faculdade e pronto”. Sim o ápice de um sistema educacional falido. Nem
aprender a ler, nem aprender a escrever. Para os brasileses ao menos mais uma
folguinha: a novo acordo ortográfico ou como já vi na rede virtual “desacordo" ortográfico, utilizado por
Ricardo Santana, não entrou em vigor. Podem continuar a escrever errado e
falar... Bem isso não é importante.
Tirar notas altas não é igual
a aprender. Sintomaticamente antagônico. Mas o que temos aqui, seja no ENEM,
nos moribundos vestibulares ou os chamados “concurseiros”
– aqueles que só estudam para passar em concurso público - Se tornam “mestres” em passar nas provas. Passam? Sim, mas não aprendem. É
memorização. Acabam esquecendo tudo após a prova. E em terminando-as, termina a
competição. Bem esta cultura não é típica do brasiles, mas faz parte de todo um
sistema chamado de “educação”.
Porém, como tudo, começa em
casa, com os pais, a tão difundida e propagandeada família: o pai e hoje, mais
ainda, a mãe, retornam de seus trabalhos
- afinal tem que ganharem para sustentarem a família – e o assunto é
como venceram aquele dia com suas capacidades gigantescas e deixaram para trás
outros “colegas” no trabalho. Sim,
cada um explora todas as chances que aparecem.
E a criança? Ora, ela escuta.
Grava. E leva com ela.
Nossa dita sociedade adora “marcar” uma espécie de pontuação. Até
no congresso é assim: O poder judiciário acaba sendo o juiz e declarando os “vencedores de quem rouba mais”. Depois
de declarados? Ora, voltam ao congresso. Simples.
E a criança? Esta assistindo
tudo. E gravando. E levando com ela.
Está ai. No nosso dito “grupo social”, na família. Como não
estar na escola?
Cadê, começando com os pais,
continuando com os professores... Os livres pensadores... Os inovadores... Os
idealistas?
Em que tempo ficaram:
honestidade, integridade, caráter? Bem, ninguém sabe.
Ora bolas, e quem precisa
disso? Diriam alguns.
E em meio a tudo isso fica
uma geração de adolescentes e pós-adolescentes entregues a um quadro em que o
bom senso parece ser um monstro terrível... Ás vezes!
E nossa juventude... Está
ficando adoentada. Cada vez mais o percentual de estresse vai subindo enquanto
a idade, por sua vez, baixa. A depressão, ao menos em alguns lugares, já esta
sendo tratada como saúde pública. Sim, a faixa já está nos 14 anos. Exatamente,
adolescentes com depressão. Necessitando entrar na lista de remédios que jamais
pensaríamos a apenas algum tempo. E a faixa de suicídio ou outros transtornos,
oriundos de uma psique posta a prova, por tudo, estão aumentando na mesma
proporção que a faixa de idade está
baixando.
Até acredito no capitalismo.
Ele abastece este “nosso lado”
competitivo. É a força vital da economia. Mas, por outro lado, pode trazer
algumas das nossas tendências mais odiosas.
Como salientou meu amigo
Patrick Renee, em sua crônica: “ está
faltando habilidade e sensibilidade”... De todos nós. Pais e educadores.
Estamos nos tornando cada vez mais inábeis e insensíveis. O preço? Nossos
jovens deixando de ser jovens e se tornando velhos e doentes aos vinte e poucos
anos. Emocionalmente despreparados. Intelectualmente medíocres e aprendizes de
sociopatas.
Parece que pensar, cada vez mais, está causando
dor...
E pensar não dói!
Dos Pensamentos & Leituras da Madrugada
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