sábado, 29 de abril de 2017

O Voto Distrital e a Corrupção na Politica!

#Cidadania:

O Voto Distrital e a 
Corrupção na Política!
                        

“A corrupção é natural na espécie humana.
A busca pela virtude é o seu esforço 
em aproximar-se da sua raiz divina”.

O Autor

No ano de 2016 tive a oportunidade de concluir, após anos de pesquisa e experimentos pessoais, além de troca de informações com um importante jornalista político meu saudoso amigo Sandro Vaia, meu livro VOTO DISTRITAL – ESTE ME REPRESENTA, que vinha cercado nas redes sociais de grande expectativa e ainda que não se tenha transformado em um sucesso de vendas e repercussão, humildemente fiz dele minha contribuição na procura de novos caminhos.
A política brasileira dança há três anos sob o compasso da Operação Lava Jato e o que a redes sociais repercutem exclusivamente é a desgraça dos políticos dos partidos desafetos. “Nós temos corruptos, mas vocês também os têm” é o mantra e única conclusão política a que chega a maioria dos eleitores, fruto da sua falta de educação política. Ainda que se diga que o Brasil é composto de 200 milhões de torcedores e outros tantos técnicos, isso não se aplica à Técnica Política.
                                                      
Numa das últimas revelações da delação premiada da Odebrecht, o ex-presidente Marcelo Odebrecht declarou: “Nos últimos 20 anos ninguém se elegeu sem o apoio do Caixa 2”. O que ele deixou de declarar é se os derrotados também dele fizeram uso e o mais provável é que sim, ou seja, a prática de crimes eleitorais macula todas as eleições no Brasil desde o início da República, o que afirmo sem risco de erro. Esse é um caminho percorrido por todas as democracias do mundo, mas que as mais importantes fizeram questão de limitar pelos rigores do aperfeiçoamento pontual e gradual da sua legislação. Não inventamos a pólvora e nem a roda.
Na sua colaboração a Odebrecht também fala da concentração da distribuição do Caixa 2 nos “homens-polos de arrecadação” que irrigariam contas de partidos e seus candidatos. E aqui lanço a primeira pergunta. Quem serão os políticos “componentes obrigatórios e prioritários” das Listas Fechadas a serem apresentadas pelos partidos caso a proposta passe pelo Congresso?
É risível a suposição de que “cortadas as cabeças” dessa “hydra política” seu corpo e membros sejam saudáveis. Todo esse ser cresceu conjuntamente: cabeça, corpo e membros.
                                                    
Outro ponto a observar é que todo esse movimento é centrípeto, emanando de Brasília para todo o país. É lá que se concentram os “capos partidários” e todos os demais rincões eleitorais do país dependem das suas decisões estratégicas e para isso contribui o “voto proporcional”. A grande maioria dos “representantes” lá estabelecidos foram eleitos com os votos dos grandes centros, aliada a “catação” feita em todas secções eleitorais de cada estado.
Não há sombra de dúvidas de que deslocado o eixo dos grandes centros eleitorais e de poder para a “representatividade distrital” se extermina essa influência centralizada e assim a “briga” passa a ocorrer no distrito onde o controle da corrupção fica mais escancarado, além de que o interesse dos “financiadores de campanha” passa a ser mais segmentado, despertando desinteresse.
Será que esta lição será aprendida?
A resposta agora é do eleitor brasilês!
Afinal, pensar ainda não dói ....



Entendimentos & Compreensões
Antônio Figueiredo –
Escritor- São Paulo – SP – 
Autor da Obra Voto Distrital – Este me Representa!
Lançado em 2016
Publicado originalmente no Grupo kasal
Konvenios – Vitória – ES.
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=28781
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São de inteira RESPONSABILIDADE DE SUS AUTORES.

O Editor!

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Não Temos Bandidos Prediletos...!

#Cidadania:

Não Temos Bandidos Prediletos....

                           

“....O Orçamento deve ser equilibrado, o
Tesouro Público deve ser reposto, a dívida
pública deve ser reduzida, a arrogância dos
funcionários públicos deve ser moderada e 
controlada, e a ajuda a outros países deve 
ser eliminada, para que Roma não vá à falência. 
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, 
em vez de viver às custas do Estado “.



Marco Túlio Cícero - Ano 55 aC 


O Funcionalismo Público e sua Usura às custas do Povo Brasilês é o tema de Marisa Cruz desta semana. Quase uma alegoria ao estadista romano, registrado antes de Cristo.

Escute .... E pense... Não Dói.... Ainda!

Ouçam a XIIª Edição do Janelas do Brasil!





Entendimentos & Compreensões
Janelas do Brasil é uma criação exclusiva 
De Marisa Cruz.
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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Almas Enamoradas...!

#Sentimentos:

Almas Enamoradas...!
  “... É pelo olhar que as almas se
encontram e se entrelaçam como
fios da mesma teia...!”

Aila Sampaio

Geralmente, é na juventude do corpo que temos despertado o interesse em buscar o sexo oposto para compartilhar dos nossos sonhos.
Quando encontramos a alma eleita, o coração parece bater na garganta e ficamos sem ação. Elaboramos frases perfeitas para causar o impacto desejado, a fim de não sermos rejeitados.
Então, tudo começa. O namoro é o doce encantamento.
Logo começamos a pensar em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.
Temos a convicção de que seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos acalentados na intimidade.
Durante a fase do namoro é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos decidimos por adentrar na embarcação do casamento.
A embarcação se afasta lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria. São os minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.
                                              
Mas, como no casamento de hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.
Tão logo os cônjuges deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a convivência torna-se mais amarga.
Isso acontece por estarem juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande maioria das uniões em nosso planeta.
Assim sendo, tão logo a embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais. Mas ele já está muito distante...
O segundo impulso é o de pular da embarcação. E é o que muitos fazem.
E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se.
                                     
E o que geralmente fazem é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.
Esquecem-se dos primeiros momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.
Alguns se atiram aos primeiros braços que encontram à disposição, para, logo mais, sentirem novamente o sabor amargo da decepção.
Tentam outra e outra mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem somente infelicitar e infelicitar-se, na busca de algo que não encontram.
Se a pessoa com quem nos casamos não é bem o que esperávamos, lembremo-nos de que, se a escolha foi feita pelo coração, sem outro interesse qualquer, é com essa pessoa que precisamos conviver para aparar arestas.
                                                 
Lembremo-nos de que na Terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.
E, se houvesse alguém perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente, não seríamos nós.
Os casamentos são programados antes do berço.
Assim, temos o cônjuge que merecemos e o melhor que as Leis Divinas estabeleceram para nós.
Dessa forma, busquemos amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois só assim conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.
Com todo respeito às suas crenças... Mas,  é assim!
Pensar não dói.. 
Encontrar a sintonia com uma alma é um pouco mais difícil....



Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Das audições diárias da Doutrina Web
Texto original e Redação do Momento Espírita.
Extraído do sitio 
http://rededoutrinaweb.caster.fm/
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domingo, 16 de abril de 2017

Estudos das Nossas Matrizes Eurocêntricas!

#SOSEducacao:

Estudos das Nossas Matrizes Eurocêntricas!
.... Devemos abandonar?
                                             
“.... É no problema da educação que
assenta o grande segredo do
aperfeiçoamento da humanidade...!”

Immanuel Kant

O desafio foi lançado ao nobre professor e Escritor Nelson Valente, Catarinense, de Blumenau.
Ao me pedir o que deveríamos fazer pelo nosso #SOSEducacao, salientou se não deveríamos mostrar todas as tais de “matrizes errôneas” que vem permeando nossa Educação no Brasil das últimas duas décadas, mesmo que tenha começado com Freyre, na década de 70. A frase título é quase uma resposta ao meu pedido de mostrar, ao contrário o que deveríamos falar, mostrar para termos uma educação primordial, em nível de primeiro mundo.
Professor Nelson começa assim, uma série de artigos que aqui serão publicados.
Antes de começar a desenvolver tudo o que se refere a esse artigo, sinto-me tentado a citar a conhecida frase de Freud, quando se referiu às três profissões “impossíveis”: analisar, educar e governar.
Quando se debate o que deve ser lecionado aos nossos alunos, a partir de uma nova concepção de currículo, a variedade é imensa.
Na discussão em torno do assunto, a imaginação é o limite. Chegamos ao absurdo de ler propostas de cortar episódios como a Inconfidência Mineira e a Revolução Farroupilha,(De extrema importancia cultural para o país - grifo do editor) sob o pretexto de que não contém elementos indígenas ou afrodescendentes em número expressivo.
Querem reescrever a nossa história, como se isso fosse possível. 
                                             
Alguns professores defenderam a tese de que devemos abandonar os estudos das nossas matrizes eurocêntricas, (Eurocentrismo é uma ideia que coloca os interesses e a cultura europeia como sendo as mais importantes e avançadas do mundo. - O Eurocentrismo é um conceito que não é mais aplicado, pois atualmente sabemos que não há uma cultura superior a outra, elas são apenas diferentes e devem ser respeitadas como tal.) o que atingiria a língua portuguesa, a sua literatura, e também a história do Brasil. Como abrir mão de tanta riqueza cultural?
Segundo uma confortável versão, quem se preocupa com essas coisas "é a burguesia". Particularmente, esgotei a minha capacidade de espanto diante de tais barbaridades. Se o aluno toma conhecimento dessa estranha orientação, de que forma terá estímulo para demonstrar apreço pela nossa história?

                                            

A educação brasileira vive um tempo curioso, para não dizer exótico. As novidades se sucedem - e o ensino está cada vez pior. Além disso, há o desprezo pelas regras gramaticais, ortográficas e nossa história como se houvesse um desejo recôndito de prestigiar a ignorância. Ou seja, ninguém deve dar bola para a gramática, a ortografia e a história do Brasil.
Se os alunos têm dificuldades de escrever e expor com clareza suas ideias é porque sua cota de informação e leitura é mínima, para não dizer inexistente. Tenho insistido na vergonha em que se constitui a nossa taxa anual de leitura: menos de dois livros por pessoa, o que nos coloca muito longe das nações mais desenvolvidas.
O Japão questiona, pois, o seu modelo educacional. Enquanto isso, no Brasil, os Ministros da Educação saem felizes do Governo porque deram merenda às crianças carentes. 
                                        

Nota do Editor:
Pelos últimos números no Brasil, o brasilês lê (pesquisa de junho de 2015) apenas 1,7 livros per capita ano. A pesquisa mostra ainda, que 50%, deste índice não leem uma obra até o final.
As regiões sul e sudeste ainda mantem os maiores índices de leitura do Brasil.
A média dos países de primeiro mundo, por baixo, é de 8,3 livros per capita ano.
Pensar não dói... Já ler, para o brasilês parece uma “doença”...
”Ninguém quer pegar! ” 




Entendimentos & Compreensões
Das Discussões e Buscas infinitas pela Educação
Com o Professor Nelson Valente
Professor Universitário e Escritor
Blumenau – SC- 
Publicado originalmente no grupo Kasal – 
Konvenios – Vitória – ES.
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=28721
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sexta-feira, 7 de abril de 2017

Das Dores Da Alma!

#PensarNaoDoi:

"Das Dores Da Alma!".
                                                   

“... Deus é mais belo que eu.
E não é jovem. 
Isto sim, é consolo...!”

Adélia Prado

Dos tormentos da alma, o ciúme talvez seja o mais avassalador.
Talvez, ainda, porque ele esteja sempre associado a outras emoções destrutivas como a dúvida, a angustia, a desconfiança, a mágoa... 

Ou porque, ao contrário dos demais tormentos, ele germine tanto na ignorância quanto no conhecimento (o que é pior: a dúvida ou a certeza) e tende a crescer quanto mais se pense ou racionalize a respeito.
Há ciúmes de todas as espécies, ciúmes de coisas e pessoas... Há quem diga que um pouco de ciúmes esquenta os relacionamentos. 
Há quem diga ser imune a ele. Será? 
Pois há, também, o ciúme enlouquecedor. 
                                                    
Espiral, como um ralo, que a tudo draga e por onde tudo se escoa.
Como um trem que avança incessante, dia e noite, alimentando-se em cada estação. 

Ruminado e regurgitando sobre trilhos que o impedem de se desviar do destino, este ciúme se instala e devora as entranhas de suas vítimas.
Assim foi detalhadamente apresentado por Tolstoi, na Sonata a Kreutzer. Vivido pelo Bentinho machadiano e sofrido pelo nobre Otelo.
Três clássicos ciúmes, completamente diferentes em suas razões e origens, mas todos os três aprisionando seus personagens numa enorme teia destrutiva. 
Há remédio contra o ciúme? 
A educação, com certeza, ajuda. O conjunto autoestima elevada e compreensão da alteridade preparam pessoas menos reféns desse monstro de olhos verdes. 
A psicanálise também. 
Mas, quando se trata de ciúme, só o desconforto é certo e esperado.
Por isso, compartilhando leituras, experiências e sentimentos, podemos começar refletindo sobre os versos de duas músicas brasileiras que falam do tema com bastante objetividade.

                                                   
  Primeiro, Lupicínio Rodrigues, em Nervos de aço.
"Você sabe o que é ter um amor, meu senhor"?
Ter loucuras por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor 
Ao lado de um tipo qualquer ".

E depois, Ataulfo Alves e Mário Lago:
" Atire a primeira pedra, ai,ai,ai
Aquele que não sofreu por amor ". ··
Ah, ciúmes, ciúmes.... Ainda bem que não temos".
Ou então registrado nas letras, nos poemas de Miguel de Cervantes:
Se o ciúme é sinal de amor, como querem alguns,
é o mesmo que a febre no enfermo. Ela é sinal de
que ele vive, porém uma vida enfermiça, maldisposta.
E Rubem Alves:
O ciúme é aquela dor que dá quando percebemos
que a pessoa amada pode ser feliz sem a gente.
Mais Clarice Linspector:
O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes.
Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros.
Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.
                                                       
    Por fim, Fernando Pessoa:
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível, 
Com que não há verdadeiro entendimento. 
Nada sabemos da alma 
Senão da nossa; 
As dos outros são olhares, 
São gestos, são palavras, 
Com a suposição 
De qualquer semelhança no fundo.

Amar é vital... Já sentir ciúmes pode ser opcional!
Pode pensar.... Não dói!




Entendimentos & Compreensões

Leituras & Pensamentos da Madrugada

De um dia chuvoso de Outono
Publicado originalmente no Grupo Kasal
Konvenios – Vitória – ES.
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=28703
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sábado, 1 de abril de 2017

Quando as Normas Não São Claras!

 #SOSEducacao:

Quando as Normas Não São Claras!
                                             
“..Toda regra tem exceção. E se toda regra
tem exceção, então, esta regra também tem
exceção e deve haver, perdida por aí, uma
regra absolutamente sem exceção...!”

Millor Fernandes

A proposta deste artigo surgiu através da observação do crescente número de especialistas em educação, educadores e de futuros licenciados não conseguem entender, interpretar pequeno texto após a leitura sobre legislação educacional: Leis, Decretos, MP, LDBEN, Resolução, Indicação, Deliberação, na História da Educação Brasileira.
Nos atos legais (Estatuto, Regimento, Regulamento, Deliberação e Resolução) onde a ordem numérica deve estar expressa, em ordinais e cardinais, deve-se obedecer o disposto na legislação que determina a seguinte distribuição:
Os artigos como desdobramento dos capítulos, seções e subseções devem ser escritos em numerais (ordinais até o 9° e cardinais a partir do 10) e se desdobram em (§) parágrafos seguidos de ordinais (quando se tratar de parágrafo único escrever por extenso) ou em incisos que são apresentados em algarismos romanos;
As seções e subseções em que se subdividem os capítulos devem ser apresentadas por letras maiúsculas;
                                            
Os parágrafos se desdobram em itens (escritos em algarismos arábicos) e em alíneas (escritas em letras minúsculas);
Os incisos se desdobram em itens (algarismos arábicos) ou alíneas (letras minúsculas) ou somente em alíneas.
Os legisladores em todos os níveis nem sempre são bastante felizes. As normas editadas nem sempre são redigidas com a necessária clareza. Daí surgirem, não poucas vezes, interpretações contraditórias sobre o mesmo texto. É bem verdade que as leis propriamente ditas não são muito numerosas, mas os regulamentos, constituídos principalmente de decretos, resoluções, portarias, são abundantes.
Para interpretação correta de um dispositivo legal, devemos nos servir de várias modalidades de análise. Citamos algumas: literal ou gramática, histórica, contextual, sistemática.
A interpretação literal ou gramatical é a modalidade mais usada. O texto é examinado na frieza da letra.
A interpretação histórica busca no instante da produção das normas as justificativas e objetivos apontadas pelo autor do projeto.
A interpretação contextual conduz ao exame e análise da norma, de forma global, buscando a concordância de dispositivos entre si.
A interpretação sistemática procura adequar a norma em causa aos princípios que dão estrutura ao sistema jurídico como um todo.
A boa interpretação deve ser buscada na combinação dos vários meios apontados. A interpretação, por um só aspecto, via de regra, conduz a conclusões defeituosas e errôneas.
                                            
O que nos interessa neste artigo é dar uma contribuição do nosso sistema de normas legais, que venha enriquecer a educação tão carente de pesquisa especializadas nesse importantíssimo ramo dos estudos pedagógicos. O funcionamento da escola, o desenvolvimento do programa educacional, a atuação dos professores ou do especialista de educação estão relacionados e dependentes, em todos os seus aspectos, de normas legais, específicas ou gerais.
No Brasil, essas normas têm hierarquia que vai desde a Constituição Federal até o simples comunicado. Assim, para o desempenho de suas funções, principalmente os especialistas de educação necessitam no mínimo de conhecimentos do suporte da estrutura do sistema. A legislação educacional sempre foi tema de preocupação para diversos segmentos da organização e administração escolar do sistema educacional brasileiro.
Sob os aspectos de organização e administração escolar, a legislação é ainda importante porque traduz a filosofia e a política educacional subjacente a cada país. A lei, entendida como forma normal pela qual o Estado estabelece regras de convivência dotadas de significação imperativa, procura assegurar coesão e equilíbrio de todo o corpo social.
Segundo o senador Álvaro Dias (PV/PR): -“ A legislação não constitui somente fonte de ação, de organização e de administração, pois possui também sentido de instrumentação, isto é, passa a representar recurso prático para a estruturação e a gestão de serviços. Daí a necessidade de os componentes da legislação se constituírem num corpo com unidade lógica, em perfeita coerência, respeitando o princípio da não contradição”.
                                              
A educação formal se realiza através do sistema do ensino cujos componentes principais são: o fato, o valor e a norma. Na sequência lógica, em termos jurídicos, primeiro deve existir o fato, que uma vez generalizado torna-se passível de "normatização", o que se exerce através da legislação. Entretanto, isto não é usual no âmbito da legislação escolar.
Geralmente, ela precede os fatos. Tem-lhe mesmo, uma anterioridade tão grande, que resulta na necessidade de revestir-se de enorme elasticidade ou, quem sabe, "indefinição", para permitir-lhe ajustar-se aos fatos que, espera-se, deverão surgir tal como foram pensados na legislação. Evidentemente, a realidade está aí a demonstrar o contrário. Sob o ponto de vista prático, a legislação, antes de tudo, orienta a ação administrativa, estabelecendo diretrizes gerais de trabalho e definindo os limites sobre o que decidir, determinando fronteiras e o alcance das decisões ou das diretrizes decorrentes da ação administrativa.
Observa-se que, apesar da uniformidade legislativa e da ação legal fiscalizadora da inspeção e supervisão, a padronização das escolas é aparente, pois elas diferem em inúmeros aspectos. Desse modo, a educação passa a ser uma atividade estritamente controlada por leis e regulamentos e os organismos como o Ministério de Educação e Cultura e Secretarias de Educação, reduzem-se a órgãos de registro, fiscalização e controle formal do cumprimento de leis e regulamentos.
Sua função é dizer se a educação é legal ou ilegal, conforme sejam ou não cumpridos os prazos e as formalidades, fazendo com que a legislação passe a ter antes, um caráter punitivo do que reforçador.
Pensar educação.... Não deveria doer....



Entendimentos & Compreensões
Dos diálogos com o Professor Nelson Valente
Professor universitário, jornalista e escritor
Blumenau – SC.
Publicado originalmente no Grupo Kasal –
Konvenios – Vitória – ES – 
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