segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016


#SerieCidadania:


“Um Voto... Um Contrato!” 

Quem dá valor ao próprio suor,
Quem dá valor ao suor dos familiares,
Quem valoriza o esforço dos amigos
Nunca mais votará em políticos corruptos
 

                                       Uma coisa que sempre me pergunto, é o porquê da indisciplina na relação existente entre o eleitor e seu representante, seja ele um vereador, um prefeito, um deputado estadual, um governador, um deputado federal e um senador e até um presidente da república? E é mais do que óbvio, que isso acontece por uma evidente “quebra de contrato”.
                                    Quando um candidato expõe ao eleitor seus pensamentos, ambições e projetos evidentemente está colocando à sua apreciação uma plataforma de intenções e trabalho e é baseado nisso, que o eleitor faz a sua opção de acordo com suas expectativas pessoais e da sua comunidade e país e um “contrato de prestação de serviços” é negociado e estabelecido. O político nada mais é que um “prestador de serviços políticos comunitários” e é com base nas suas palavras e promessas, que este contrato é firmado.
Pressupõe-se, que quando um prestador de serviços oferece uma gama de serviços à população, domine:
a) a competência na profissão que exerce;
b) um amplo conhecimento da sua profissão e das necessidades de seus usuários contratantes;
c) a capacidade de executar competentemente suas qualidades e exigências e
d) o cumprimento fiel das habilidades contratadas. Somente cumpridas todas essas premissas e com uma contraprestação competente do contratado é que normalmente o usuário é obrigado a “pagar”.
                                     O grande problema na “contratação de serviços políticos comunitários” é que o pagamento é “antecipado” e sabemos, que culturalmente no Brasil, que tudo que se paga com antecipação, corre-se um risco sério de aborrecimento e descumprimento das “promessas e boas intenções”. O brasileiro de uma forma geral não é sério, no que tange ao cumprimento de “contratos” e nossos representantes, como bons brasileiros que são, não fogem à regra. Mesmo porque a legislação no geral não é muito clara, quanto às consequências dessas “inadimplências” e quando o são a “mão da justiça, que segura o pau de bater”, bate nos chicos com muito mais celeridade, quem bate nos Franciscos.

                                   Com toda a certeza, para que esta convenção ocorra dentro de parâmetros aceitáveis, um “novo acordo social” se impõe com regras claras e aplicáveis às partes, impondo condições explícitas quanto a execução do contratado e já prevendo as penalidades devidas em caso de descumprimento contratual.
                                 Neste tipo de prestação de serviços é da obrigação da sociedade, não somente “escolher o prestador de serviços”, como também cumprir PONTUALMENTE com suas obrigações tributárias, que é sua paga para dispor de um “estado organizado e cumpridor de suas obrigações constitucionais”. Não são os impostos a “contra paga” por serviços de saúde, educação, transporte e segurança? Foi isso a que eles se comprometeram, quando assinaram a Constituição Federal, o maior contrato de todos.
                               O Brasil é visto no mundo, como de altíssima insegurança jurídica, ou seja, um “caloteiro jurídico”, incapaz de cumprir promessas feitas juridicamente. Estabelecemos “caminhões de regras”, quando em situação de aperto e para conseguir ajuda internacional, damos a investidores uma série de “garantias jurídicas”, mas que passado o sufoco, relaxamos no cumprimento dessas mesmas regras.
Como diz a piada do japonês, que prometia de tudo ao seduzir: “pau duro, coração mole. Pau mole coração duro ...”, desculpem-me a rudeza, mas é assim, que é.
                                   E por que não fazer o mesmo com a “prestação de serviços jurídicos”? Que tal escolhermos democraticamente nossos juízes? Num sistema democrático não pode existir, como prega a Constituição, que um poder não “emane do povo e em seu nome deva ser exercido”. Essa é a sabedoria da Constituição Americana e que recomendo a todos pesquisarem no Google: Como são escolhidos os juízes americanos e como são remunerados. É evidente o cuidado com o “dinheiro público”, enquanto que por aqui essa “classe especial” representa ainda uma “oligarquia colonial insuportável” no Sec. XXI e vigente desde o Sec. XVI.

                                     Nestes tempos em que a discussão principal sobre o Sistema Político e Jurídico está sob “fogo cruzado” é fundamental, que democraticamente os enquadremos, pois senão a balança entre “pagamento x contraprestação” estará desiquilibrada e os impostos, que pagamos como contribuintes, nada mais serão que um “confisco” ou uma “derrama moderna”. A que provocou a Inconfidência Mineira era um “imposto novo” devido à redução das receitas na extração de ouro.
Hoje, política e juridicamente, a sociedade só tem como benefício a “ouro dos tolos, (pirita), dos direitos constitucionais”, mas os impostos são de “ouro 24 quilates”.
Nossa
proposta através do nosso livro, VOTO DISTRITAL – ESTE ME REPRESENTA, a ser lançado nacionalmente em abril próximo representa uma ideia-contribuição para a reflexão dos “brasileiros, que se importam” e através da sua ação provocar uma mudança do “status quo”, inicialmente no quadro político e em seguida pela pressão da sociedade, que se cumpra democraticamente o princípio da origem e exercício do poder.
O Brasil, somos nós e não são “eles”, que devem nos dizer como ser...



 

 Das Percepções & Pensamentos Partilhados
Antônio Figueiredo - Escritor & Cronista –
Baseado em livro – Inédito –
VOTO DISTRITAL – Este me representa.
Ainda sem data de lançamento
São Paulo – SP
-



Obs.:
Todas as obras publicadas na Sala de Protheus
São de inteira responsabilidade de seus autores.
O Editor!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016


#PensarNaoDoi:


 “F´!”

“ Quid superbit homo, cujus conceptio, culpa
Nasci poena, labor vita, necesser mori!”

Do Original de Schopenhauer –
Pagerga e Paralipomena – Aceca da Ética - § 109 –


 (Por que há de se orgulhar do homem? Sua
concepção é uma culpa, o nascimento, um castigo,
 a vida uma labuta, a morte, uma necessidade)

                             Nestes dias conturbados, politicamente falando, um amigo inquiriu-me acerca da fé. Direcionou-me não um questionamento, mas quase uma afirmação: De que eu não era religioso devido aos meus conceitos de crenças.
                          Jamais vou entrar em uma discussão destas em rede mundial de computadores; esta é uma discussão para olho no olho. E sim: religião, tanto como político ou qualquer outro assunto se discute sim. Principalmente nesta segunda década do século 21.
                         A única resposta que dirigi ao questionador foi escrever como no título em epígrafe, e remeter para ele solicitando que respondesse o que estava escrito: Acredito que no “embalo” de que nas redes você pode escrever tudo pela metade ou faltando, ou mesmo com erro, ele me respondeu Fé!
Continuei só até esta parte o diálogo dizendo que não tinha escrito fé. Mas ele viu, mesmo não vendo.


Exatamente este é o ponto.
                       Quando o pensador, em epigrafe, chamado de pessimista entre os filósofos da época, questionou alguns valores religiosos foi, como ficou claríssimo, muitíssimo mal interpretado. Muitos continuam interpretando-o erroneamente até hoje.
Disse Ele:
(...) Que o mundo possui apenas uma significação física, e nenhuma moral, constitui o maior, o mais condenável, e o mais fundamental erro, a própria perversidade da mentalidade, e provavelmente forma no fundo aquilo que a fé personificou como o anticristo (...).”
Contudo, e a despeito de todas as religiões, que em sua totalidade afirmam o contrário, o que procuram fundamentar à sua maneira mítica, este erro fundamental nunca desaparece inteiramente do mundo, mas de tempos em tempos, sempre ergue novamente sua cabeça até que esta é novamente forçada a se encobrir pela indignação geral.
                          Costumo, nestes casos, buscar exemplos no berço da humanidade: Nossa irmã África, que para muitos parou no tempo: Para mim apenas parou para esperar que nossa espiritualidade conseguisse, ao menos chegar próxima a ela.
Gosto do modo pelo qual um escritor húngaro explicou a existência de Deus:
Para tanto ele conta uma historinha tendo o ventre como metáfora do todo e de tudo.


No ventre de uma mãe havia dois bebês. Um perguntou ao outro:
- "Você acredita em vida após o parto?"
- "É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde."
- "Bobagem", "Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria esta?"

- "Eu não sei, mas haverá mais luz do aqui. Talvez nós vamos poder andar com as nossas próprias pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora."
- "Isto é um absurdo. Andar é impossível. E comer com a boca!? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o mais de que precisamos. O cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto está fora de cogitação."
- "Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vá mais precisar deste tubo físico."
- "Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que ninguém jamais voltou de lá? O parto é o fim da vida e no pós-parto não há nada além de escuridão e silêncio e esquecimento. Ele não nos levará a lugar nenhum."
- "Bem, eu não sei", " mas certamente vamos encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós."

- " Mamãe, você realmente acredita em Mamãe? Isto é ridículo. Se a Mamãe existe, então, onde ela está agora?"
- "Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir."
- Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe."

- " Às vezes, quando você está em silêncio, se você se concentrar e realmente ouvir, você poderá perceber a presença dela e ouvir sua voz amorosa lá de cima."
(...)


Por isto desejou o filósofo, em oposição à forma referida do principio moral kantiano estabelecer a seguinte regra: com cada pessoa com que tenhamos contato, não empreendamos uma valorização objetiva da mesma conforme valor e dignidade; não consideremos, portanto a maldade da sua vontade, nem a limitação do seu entendimento, e a incorreção dos seus conceitos; porque o primeiro poderia facilmente ocasionar ódio, e a ultima, desprezo; mas observemos somente seus sofrimentos, suas necessidades, seu medo, suas dores. Assim, sempre teremos com ela parentesco, simpatia, e, em lugar do ódio ou do desprezo, aquela compaixão que unicamente forma a ágape, (ágape) pregada pelo evangelho. Para não permitir o ódio e o desprezo contra a pessoa, a única adequada não é a busca de sua pretensa “dignidade”, mas, ao contrário, a posição da compaixão.
Religião se discute sim. Mesmo as que não religam nada a lugar nenhum. Já Fé, é invisível, não tangente, não palpável; abstrata mas, sentida, vivida dentro de nossa mais profunda essência.
Simples assim...
Pensar não dói. Fé também não!

 

                                                                Entendimentos & Compreensões
                                                     Leituras & Pensamentos da Madrugada
                                                                      Arquivo da Sala de Protheus
 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

#PensarNaoDoi:

Brasil - Estado Atrofiado!

“... 2016 é o ano que irá definir
os próximos 100 anos...!”


                                                                               Deko – Rio Grande do Sul

  Atrofia é um substantivo feminino que significa parada ou redução no desenvolvimento de uma parte do corpo. Os músculos podem diminuir de tamanho e perder a capacidade de mover os membros. 
Os sinônimos mais conhecidos são decadência, definhamento e enfraquecimento.
Calma, não estou, pretensiosamente, dando aulas de biologia, linguagem ou etimologia. Apenas buscando analisar o porquê um país jovem e com tantas riquezas e belezas naturais está em definhamento politico e da rica cultura de seu povo, miscigenado de tantas outras culturas que o torna mais especial ainda.


O Estado enquanto organização politica e social e suas áreas estão todas definidas, planejadas... Mas nenhuma em funcionamento como requer a população, e a própria lei maior, nossa Carta de Intenções e leis que organizam e disciplina esta grande família chamada Brasil – A Constituição Federal –.
Toda comparação nossa, terá sempre os EUA como balança comparativa, e quando falamos no Estado Americano do Norte, lembramos, imediatamente que toda sua Constituição teve embasamento no pensamento libera do filósofo Inglês, John Locke.
Muitos filósofos trataram do tema Estado, como fruto de um pacto ou contrato a partir da união dos indivíduos. Em geral, esses filósofos se basearam no direito natural, ou seja, no jus naturalismo. Hobbes, Rousseau e Locke discordaram do significado exato desses direitos, mas, de qualquer forma, muitas de suas teorias filosóficas foram bem aceitas por uma classe tipicamente moderna. Em síntese, esse ideário ajudou a se libertar da mediação política da tradição medieval e da Igreja Católica
.

De modo especial, John Locke, ao se referir aos direitos naturais, pensava que todos nascem com direito: à vida; à liberdade; à propriedade.
Por isso, é função do Estado fazer com que a vida, a liberdade e a propriedade de cada um sejam respeitadas. Dessa maneira, a burguesia, que estava em plena ascensão entre os séculos XVII e XVIII, encontrou nessa teoria uma das bases para a legitimação de seu poder.
Passados 4 séculos, de muita história e comparações de bons exemplos para seguirmos, nos acomodamos e seguimos, exatamente os piores exemplos possíveis:
Nossa pseudo geração politica estava mais para politiqueira do que para sabedoria de cuidar da “coisa pública”; de outra maneira estão utilizando a usura, termo jurídico, hoje substituído por outros, porem não alterado de sua originalidade. Desta forma literalmente transformaram em “casa da mãe Joana”, e praticaram todas as espécies possíveis de “ferimentos“ as instituições tão caras para o Estado – leia-se aqui povo -.


E as instituições, estão literalmente “tomadas”, esfaceladas de seus objetivos iniciais e tão caros a todos; O executivo, hoje massa de manobra de um partidozinho que utilizou, mais uma vez na história humana, a população pobre de recursos como sua bandeira, para chegar ao poder; Em lá chegando e não sabendo o que fazer com este poder, pôs-se a, literalmente, roubar o erário publico, em todos os sentidos; O Congresso Nacional, formado no Brasil por Senado e Câmera de Deputados, simplesmente entrou no mesmo esquema de “partilha” dos bens públicos, - os impostos e taxas do estado – cidadão -, e isto tudo com o maior descaramento e utilizando as mentiras mais deslavadas possíveis, e por sua vez, imbecilizando a opinião e o voto da população.
Mas ainda teríamos um terceiro, dito, poder, ao mais importante de todos para o Estado, o Poder Judiciário; O verbo está no tempo certo; Futuro do Pretérito – teríamos – mas, até agora, passados mais de uma década não temos certeza, ainda, se temos uma Alta Corte de Justiça no Brasil, ou “ministrosinhos” comprados, da mesma forma que os demais “tais de funcionários públicos” sejam por concurso ou por voto... Todos na mesma “panela” em fervura de embaraços e vergonha pública do povo brasilês para todo o mundo, como o Estado mais Corrupto da História Mundial.


Mas o filósofo inglês, utilizado anteriormente deixou dito que sobre a razão natural: "Ensina a todos os homens, que, sendo todos iguais e livres, nenhum deve prejudicar o outro, quanto à vida, à saúde, à liberdade, ao próprio bem". E, para que ninguém empreenda ferir os direitos alheios, a natureza autorizou cada um a proteger e conservar o inocente, reprimindo os que fazem o mal, direito natural de punir.
Eis o que nos falta: Este espírito profundo de cidadania, de respeito ao outro, que nos foram ensinados e tão caros para todas as duas ultimas gerações – anteriores da política que ai está – e atirados, literalmente no lixo da excrecência toda a dignidade pública e privada quando se envolveram corruptos e corruptores. Qual é o pior?
Ambos destruíram a capacidade de cidadania do povo Brasilês que agora precisa ser, de todas as formas, reinicializadas, reiniciadas como algo novo, como se houvéssemos limpado profundamente algo para ser reutilizado.

 
No caso do Brasil parece-nos precisamos de uma limpeza à base de ácido, para que nenhuma impureza permaneça das consequentes baixarias políticas produzidas nos últimos 13 anos pela pior classe de povo que poderia haver em um país: A gentalha de vermes e rastejantes seres que somente conseguem viver à custa da vida dos outros. Penso que como os filósofos temos a força e a coragem para refazermos nosso estado. E isto urgentemente. E pararmos de aceitar discursos vomitântico de politicozinhos de quinta categoria.
Podemos pensar... Ainda não dói!
Já nosso Estado, o Brasil...


Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Arquivos da Sala de Protheus