sábado, 29 de novembro de 2014

A Gramática do Ciúme!


#SOSEducacao:

A Gramática do Ciúme!

- A Insegurança do Ser -

 


“...O ciúme é o pior dos monstros
criados pela imaginação....!”
Calderón de la Barca



                                        A etimologia da palavra ciúme é originária do latim zelúmen ou, ainda, do grego zelosus. As suas origens remetem ao vocábulo zelos, o qual significa fervor, calor, ardor ou intenso desejo. No inglês, deu origem a palavra jealousy; no francês jalousie; no italiano geloso e, por último, celoso, no espanhol.

Pelo minidicionário Luft de língua portuguesa, o ciúme é caracterizado como sendo um sentimento e apreensão provocada pelo receio de perder o objeto amado ou pode ser denotado como inveja.
                           Na abordagem psicanalítica, Freud em seu texto “Alguns mecanismos neuróticos no ciúme, na paranoia e na homossexualidade” define o ciúme como sendo um estado emocional, podendo ser descrito ou classificado como normal.
                           Mas como não sou especialista (psicanaliticamente falando) e sim, alguém que já viveu um bocado para poder identificar e até conviver com alguns tipos digamos... Ciumentos, posso dizer:
                           Ele, o ciúme, é um sentimento natural do ser humano produzido pela falta de exclusividade do sentimento, da dedicação e do cuidado da pessoa de quem se gosta. É uma dedicação ao amor.
                            O ciúme pode adquirir um significado mais amplo, não necessariamente associado ao sentimento partilhado entre pessoas, pode ser produzido pelo apego exagerado a algum bem material não querendo partilha-los com outra pessoa. Por exemplo: ciúme dos livros, dos DVDs, do carro, entre outros.
                         Os adolescentes nos anos 70 afirmavam: Mulher e discos (pois fazer coleção de LPs – long play- era mania) não se emprestavam e não se dava.
Conhece algum “macho” que não tem ciúmes do seu carro?
Mas o que é ciúme?
Simples.  É um Substantivo Masculino (na classificação, pois o gênero feminino tem até em maior grau) e é uma Emulação, inveja; um “tipo” de zelo de amor. Pesar, despeito por ver alguém possuir um bem que se desejaria ter: o ciúme o atormenta. Receio de que a pessoa amada se apegue a outrem.
                                  Ciúmes é um pronome possessivo (sim de posse, propriedade) geralmente manifestado por um pronome demonstrativo (do ciumento)
                                  Mas e se você tiver apenas um “ciumezinho”? O elemento “zinho” funciona como uma espécie de adjetivo preso ao vocábulo, mantendo com ele a mesma relação de concordância. Ciumento é a ação, o movimento de quem tem ciúmes.
Geralmente, o “ciumento”, utiliza um advérbio do tipo: ”...Quando você olhou para...”. O que denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando. Numa interrogação.
                                  Claro que o ciumento está também ligado ao superlativo. Nosso amado idioma fornece seus superlativos por meio de uma simples operação morfológica: (adjetivo+ issimo) afinal não tem meio ciumento... Mas tem ciumentíssimo.
                                  Quanto a classificação do gênero não se preocupe. Este substantivo está em todos os gêneros. Em maior quantidade nos homossexuais (homo – do grego Igual, o mesmo).
                                 Mas se isso se tornar “mania” (literalmente loucura do grego), e agregamos do espanhol, o que geralmente ocorre com os ciumentos de ficarem maníacos, através de seus hábitos idiossincráticos.
Geralmente o ciúme vem acompanhado de outros vocábulos em que se empregam sufixos: Doloroso. Dolor é dor em Latim. Porém, apensar dessa faixa gris de indefinição (ou excesso), podemos estabelecer significativas distinções, mais ou menos correspondentes entre causar e sofrer.
                              Mas se entrarmos no âmbito da paranoia... Bem ai teríamos que estudar os afixos... E quase entra no abstratismo, ou seja, o que não podemos ver e muitas vezes definir a partir de um simples exame etimológico. Isso seria confundir palavras com coisas.
                             Como nosso idioma deriva do latim que por sua vez deriva: 85% do românico e 15% do grego e estes todos formaram a “... última flor do Lácio...” a nossa amada língua portuguesa e a brasilesa também. (sim o gentílico corretíssimo de quem nasceu ou tem cidadania no Brasil é Brasilês e não trabalhador ou aquele que é operário cortando pau-brasil, aquela árvore lindíssima, que, aliás, tem no Jardim Botânico do RJ), as definições precisam ser buscadas de várias formas sem ferir o léxico.
                        Até que alguém me diz: “ah, mas eu li no manual de redação e estilo da... Que ciúmes é ....”.
Besteira. Primeiro os que se dizem “jornalistas” não são autoridades na Língua Portuguesa Brasilesa, tenham certeza disso cada vez mais... Pode-se classificar apenas como um usuário, um pouco mais atento, com alguma experiência. Esses manuais de estilo para jornal obedecem a uma utilidade bem específica: fixa o uso dentro de uma determinada empresa. Só isso.
                              Então se você ouvir o Bonner (sim aquele do JN) dar uma escorregadinha, não o maltrate, ele segue o Manual de Estilo e Redação da Globo. Só isso. Mais nada. E até acredito que ele nem sente ciúmes, pois sua mulher já está em outro “programa”. (viram? Dei denotação para que você pense conotações)
                              Mas de todas as classificações possíveis para colocar “ciúmes” na gramática da minha amada Língua Portuguesa Brasilesa, procure deixar longe dos aumentativos. Pois um “ciumentão” é algo feio até de ver... Quiçá de conviver.
                              Só deixaria uma sugestão aos “ciumentinhos” de plantão: Procurem não utilizar muito algumas variações com verbos ou adjetivos de nossa amada língua, pois se poderiam utilizar sufixos como o vel. Pois na maioria das vezes o “ciumento” é inteligível, descartável. Portanto, preste atenção mais no seu coração (manifestação metafórica do seu grande aparelho bombeador da vida no peito) com o sentimento (este abstrato) que poderá dele advir.
                              Agora por favor, nem tente entrar na morfologia e flexão de nossa amada Língua pátria: O sistema de flexões é muito simples se compararmos com o da nossa língua-mãe, o Latim. Nossos substantivos, em sua grande maioria, pertencem a um único gênero, distribuindo-se pacificamente entre o Feminino e o Masculino. Os que têm dois gêneros (podem colocar os Homossexuais, mas este ainda será masculino, como gênero da língua) seguem um padrão básico que pouco varia como demonstrou o brilhante Mattoso Câmara Jr., o pai da Linguística no Brasil: O feminino é assinalado pela terminação A, enquanto o masculino se caracteriza pela ausência desse mesmo. Sim, desse (o que foi dito) e deste (aquilo que irei dizer ou fazer agora):
                              


Mesmo com toda nossa evolução como seres, continuamos, na maioria das vezes ainda com os mesmos sentimentos transmitidos por memória genética e causam grandes dissabores nos relacionamentos.
Seja apenas você... E aceite o outro como ele é. Simples assim.
                              Agora se não for assim: não haverá o Eu e Tu para formar o Nós. Pois, se haver um Vós, serão, no fundo Eles... Bem dai não é uma relação a dois... Tem outro nome. Não necessário explicitar aqui.
                               Amar é doar... Tudo. O seu melhor, o que existe em você e não se preocupar com o que poderá vir do outro lado. Afinal amar é simples assim... Doar-se... Em tudo.
Mas, tudo isso e os ciúmes?                                                                   
Bem se você não entendeu e tem este “probleminha”... Consulte um especialista.
O resto... Bem.... Daí é resto
Pensar e amar não dói... Já ter ciúmes.. Ah, isso dói um montão!



Entendimentos & Compreensões
Pensamentos da Madrugada.
Observações dos Seres












                             

quarta-feira, 26 de novembro de 2014




O Escritor & Articulista

Antônio Figueiredo

Na Sala de Protheus:

Urnas Eletrônicas...

 
“... O voto é a “única voz” do cidadão livre, que ainda que secreta é audível forte e claramente.
Burlá-la é amordaçar o cidadão e a Democracia!.
                                                                        O Autor
 
                                             Assistimos no último mês de Outubro, a uma disputa de campanha eleitoral das mais ferozes de que eu guardo lembrança e que já foram pelo menos 8 nestes últimos 60 anos. A rigor só não guardo lembranças da de 1955 vencida por Juscelino Kubitscheck.
                                             Em tudo e por tudo que se lê e ouve muita coisa estava e ainda está em jogo e a Democracia Brasileira, que tanto tem crescido e ganhado músculos, deu uma prova inconteste da sua fortaleza, mas ainda assim o processo não foi coberto de total lisura e transparência.
                                           A falta de lisura ficou por conta de uma “campanha suja” na qual se usou e abusou de uma “baixaria difamatória” jamais assistida, anteriormente, e apoiadas em mentiras, que deixaram muitos “candidatos vítima” e como grandes derrotadas a Verdade, a Realidade e a Democracia.


                                           Infelizmente no mundo atual isso não é um privilégio brasileiro, mas talvez em nenhum outro lugar do mundo isso possa ser feito tão irresponsável, descompromissado e impunemente, mas isso certamente superará, quando nos considerarmos a todos os brasileiros, independentemente de regiões de origem, irmanados na mesma cidadania igual. É parte do crescimento e aprendizado cidadão.
                                          Entretanto, quanto à “transparência”, esta uma questão de caráter, ainda temos muito a andar e tropeçar, até que nos convençamos, que o que é bom hoje “para alguns”, pode ser amanhã motivo de queixas amargas. Tendências políticas, assim como os ventos, têm por hábito “mudar de direção”. Pode-se “fazer o diabo” e enganar a muitos por algum tempo, mas não se pode fazê-lo e enganar a todos por todo o tempo.
                                           A decisão de adoção das Urnas Eletrônicas pelo Brasil é um fato reconhecidamente de avanço democrático. Os mais velhos hão de se lembrar do quão manipulável eram as antigas “votações em células”, além do controle efetivo e real do comparecimento do eleitor, bem como o da “coleta dos votos”, além da morosidade e possibilidade de manipulação da apuração do escrutínio nas “mesas de apuração”, de que a história é repleta delas.
                                         Como bem sabemos a perfeição não é uma característica da obra humana. Em primeiro lugar porque de uma criatura falível ela não só é improvável, como uma missão impossível. Por vezes e na sua maioria o erro no projeto dá-se por falha de análise e avaliação e em outras por intenção.
                                        Trabalhei por muitos anos na área de Organização e Sistemas e a “aproximação da perfeição” exigia sempre correções, ajustes e por vezes até a mudança da conceituação do paradigma do projeto. Tínhamos também como a “premissa básica”, que qualquer“processo confiável” dependia de que todas as suas fases, desde a sua construção até os seus testes de utilização e aprovação, dependiam basicamente de que fossem “fartamente documentadas e auditáveis”.
                                         Em termos de utilização de Urnas Eletrônicas isso significa que os softwares funcionais devem seguir os seguintes passos para o cumprimento de duas etapas distintas do “processo total”:


Na primeira etapa temos a “Segurança do Sistema” no tocante ao “Controle de Acesso e Controle de Uso” do “dispositivo coletor de votos”:
a.   Que só tenham acesso à “abertura e fechamento da urna” apenas as “pessoas credenciadas” pela Justiça Eleitoral, no caso Presidente da Mesa e Mesários responsáveis pela Secção Eleitoral;
b.   Que só tenham acesso ao “voto na urna” os eleitores inscritos na Secção Eleitoral;
c.    Que haja segurança no processo de “liberação para voto” na urna, de forma que quem está sendo autorizado pelo mesário, seja “com certeza”, quem exercerá o voto. Neste aspecto a leitura datiloscópica representa, em termos de segurança, uma evolução muito importante;
Na segunda etapa temos a “Segurança do Sistema” no tocante ao “Registro e Processamento das Informações” “imputadas” no “dispositivo coletor de votos”:
a.   Uma interface amigável entre o “usuário” (eleitor) e o dispositivo coletor de votos;
b.   Que as teclas digitadas sejam “reconhecidas e interpretadas” pelo software operacional do dispositivo fidedignamente ao registrar a“ação”, (voto);
c.    Que a acumulação dos “inputs” na “memória virtual e física” do dispositivo obedeça a princípios básicos da Aritmética;
d.   E que a descarga dos dados acumulados no dispositivo espelhe fielmente todas as etapas do processo, desde o “digitar das teclas” até a“descarga final dos dados do dispositivo”.
                                      Falei apenas dos aspectos básicos de segurança para não tornar a discussão muito técnica, pois ao “eleitor” isso desinteressa e tão somente importa que seu “direito ao voto seja respeitado” ao permiti-lo exercer seu direito e que a sua “manifestação de opinião” seja estritamente respeitada.
                                        Pois bem. Infelizmente e na sua integralidade o atual “sistema de votação” não passa pela massa crítica de um“sistema bem documentado e confiável” e por isso os resultados das últimas eleições registraram tanta discussão e suspeita. Não é sem razão que o atual “modelo brasileiro” foi descartado em todos os países, que adotam “votação eletrônica” pelas razões aqui expostas.
                                        Nem mesmo a tão solicitada “impressão do voto” registrado supriria a exigência de “auditagem do sistema”, pois teria que se recorrer a todos os eleitores no “pós-pleito” para se fizer uma conciliação entre o resultado apresentado pela urna e os comprovantes individuais.
                                        Muito provavelmente muitos comprovantes teriam sido perdidos e por isso seria impossível se fazer uma checagem com 100%, das amostras”, além da “possibilidade de fraude com comprovantes”, que não fossem em papel de segurança, o que somente aumentaria o custo do certame eleitoral.
 

                                   Uma coisa ficou evidenciada nestas eleições. Não existem “autoridades eleitorais” e tampouco “sistemas de votação”cem por cento confiáveis. Não que sejam desonestos, mas simplesmente por não serem cem por cento seguros e inatacáveis. Como sempre me refiro: A mulher de César não tem que ser apenas honesta, tem que parecer honesta, principalmente.
                                            E também ficou evidenciado que não poderemos recorrer a este meio, já nas próximas eleições de 2016 nos pleitos municipais, sob pena de nos mantermos desconfiados e inseguros quanto ao nosso “lídimo direito” de escolher nossos vereadores e prefeitos. Se o sistema é manipulável deve ser descartado, ainda que se tenha que retornar ao “voto de papel” depositado em “urnas de lona”.
                                         O mais incrível é que a Justiça Eleitoral tenha não apenas desenvolvido um sistema falho e inseguro e em cima dele investido “bilhões de reais” sem que a “comunidade de informática” tenha sido consultada ou se tenham feito “consultas públicas” sobre o assunto. Até mesmo um “aprendiz de informática”, que esteja estudando os “Manuais de Instrução da IBM” sabe os “princípios básicos”, que foram ignorados.
                                      O maior problema que temos no Brasil é que o desperdício do “dinheiro público” não tem responsável e consequências e se conhecendo o que acontece nas “licitações públicas” dos gastos do Governo, não é difícil de imaginar o “elefante escondido atrás do pé de couve”.
                                       Precisamos mudar muito mais que as Urnas Eletrônicas. Precisamos “reformar a política”, de forma que valham para os políticos as mesmas leis nas quais somos enquadrados se cometermos um crime.
Caso contrário é melhor o Governo criar a “Bolsa Brioche”...
 
 
Das percepções e pesquisas de
Antônio Figueiredo – Entre Algum Lugar entre a Bahia e São Paulo
Economista, Escritor, Empresário, Militante Apartidário Parlamentarismo e Voto Distrital Puro. Ex - Ativista Movimentos Sociais Católicos/ Metalúrgico/ Estudantil (1961/73). Operário da Cidadania
 

terça-feira, 25 de novembro de 2014


#SerieBrasilesesDeVerdade:

Do amigo paulista

Evandro Torres

 

Dignidade e Honra!

 

A verdadeira essência do ser humano consiste em sua dignidade e em seu bom caráter. Não adianta você querer demonstrar que tem bom caráter apenas com palavras bonitas. Demonstre-o com atitudes, com atos e provas de que és digno de credibilidade.

... E assim conquistarás o mundo!

 Vasky Frazão



                               
                                  Outro dia, no metro, sentei-me no ultimo banco do vagão. Ao meu lado sentou-se uma senhora e no banco dos “bobos” sentou-se sua filha.

                               A senhora deveria ter uns 45 anos e sua filha uns 18 anos. Estava muito empolgada, pois acabava de ser admitida, na mesma empresa da mãe. E ela perguntava sobre tudo para a mãe. Pelo que falavam era uma empresa que terceirizava serviços de limpeza.

                                 Eu escutando a conversa fiquei contente em ver uma jovem empolgada para trabalhar, a alegria do primeiro emprego, de ganhar com seu esforço o dinheiro que lhe dará dignidade de poder participar deste mundo consumista.                   

                              Mas ao mesmo tempo em que eu pensava isso, eu também pensava, o porquê dá repetição da história? Não que não seja digna a profissão de auxiliar de limpeza, é tão digno como qualquer outra, o que me entristeceu foi à hereditariedade da profissão. E tudo isso por quê? Porque a educação do nosso país é um lixo, nossos políticos são um lixo, o partido que governa é um lixo, o sistema de saúde é um lixo, a justiça é um lixo! E nós, o povo estamos nos transformando em lixo, pois não lutamos pelo que desejamos.

                                  Hoje, rouba-se neste país, como se fosse à coisa mais normal do mundo. Ninguém é preso, e quando é preso não devolve o dinheiro roubado. Rouba-se de verbas para educação, a verbas de merenda escolar. Roubam-se verbas de remédios.


                               Vamos falar a verdade, que ser humano é este que rouba dinheiro de crianças, doentes, aposentados, trabalhadores. E nada acontece!

                                Quando um juiz do supremo tribunal, diz que um escândalo torna o outro brincadeira de criança, é porque realmente perdemos tudo, a dignidade, a honra e a vergonha na cara. Acabo de ler, que um ministério que nem orçamento tem, acaba de ser pego em falcatruas, o Ministério da Pesca, habilitou milhares de pescadores, um pouco antes das eleições, apenas para que estes brasileiros recebam salários por 5 meses por ano, quando não podem pescar.

Droga! Que porcaria de país é este, em que seu povo, vive com dinheiro que não é seu de direito? Enquanto isso, jovem de famílias dignas, continua a honrar seus pais, com trabalhos duros e sujos, porque não tiveram oportunidades.

                                Estou enojado com esta terra que eu sempre amei! Estou com enojado dos políticos corruptos que emporcalham nossas vidas. E não adianta falar que vai mudar, nunca vai mudar!


                              As leis não irão mudar, e elas foram feitas para quem tem dinheiro, que podem protelar ad eternun suas penas. Não creio mais que teremos um país digno. Tudo na vida é feito de exemplos, e os exemplos que estão sendo passado aos jovens, são de corrupção, levar vantagem, e crimes. Quando as últimas famílias sucumbirem, o país também estará morto.

                              Uma pena para um povo que um dia pareceu brilhante, mas que se curvaram as esmolas de um governo corrupto que compra a tudo e a todos. Um governo que rouba há 12 anos, e não há um só político digno que consiga mobilizar um país contra esta roubalheira. Fala-se de roubo, como a qualquer outra notícia nas tevês, jornais e revistas.

Nada mais há para se honrar neste país.

Apenas a nós mesmos!

 

Para meu amigo Evandro... Pensar não dói...



Das percepções de Evandro Torres

Tecnologia Hidráulica – Microempresário

São Paulo - SP

sábado, 22 de novembro de 2014


#PensarNaoDoi:


“Testamento Ético!”

 

“... Dentre aqueles que respeitam o pai, a mãe e os irmãos, são poucos os que realmente desobedecem aos próprios superiores! E ainda não se viu um homem que, não querendo desobedecer aos superiores, provocasse desordem. Para o senhor, tudo isso é fundamental: de fato, é a partir disso que nasceu a ‘norma’. O respeito para com os pais e os irmãos é à base da superioridade...!”

 Confúcio – Filósofo Chinês - Os Colóquios 1,2.

 
                            Caminhando com um amigo e divagando sobre ás dádivas do mundo, somos interrompidos por outro caminhante vindo em sentido contrário que nos para. E dirigindo-se a mim, estende-me a mão e diz:
-Bênçãos ‘dindo’ (um diminutivo carinhoso para padrinho), em seguida abraçando-me e deixando-me, como a um presente, um beijo na face.
Respondo-lhe tão somente, ao devolver os afago e gentilezas:
- Que sejas abençoado e sempre amado....
Dizendo-nos aonde ia, despede-se também de meu amigo e segue.
Este, meu amigo, um pouco atônito e quase incrédulo deixa escapar....
- Meu Deus... Isso existe ainda?
Como que para manter a conversação e arguir-lhe a referência da afirmação devolvo-lhe:
- Do que estas falando?
- Do que este rapaz (tem 25 anos e é engenheiro agrônomo especializado) fez com você! Isso eu só vi em filmes e livros ou meus pais contando como eram os costumes à sua época.
Como que por gracejo devolvo-lhe:
-E qual é a sua época... Seguindo de um breve sorriso.
- Estou espantado deste tratamento tão respeitoso ainda existir.
Sim, meu amigo, em alguns lugares existe pessoas a quem a melhor das heranças lhes foi deixada ainda em vida.
E este será, com certeza, meu grande testamento.
Meu amigo incrédulo com o que havia escutado deixa o questionamento:
- Como assim...
Amigo, nada tenho de grandes fortunas, propriedades ou o que geralmente se deixa por escritor como testamento ao deixarmos esta vida, aos nossos filhos ou aqueles que nos precederão. Por desleixo, ou pensamentos adversos nunca me preocupei, além de um bom estudo e uma educação privilegiada no pensamento puro em trabalhar para simplesmente “dar-lhes” algo. Confesso.
- Bem não estava falando de herança. Devolve-me o amigo.
Mas eu estou. E são exatamente estes valores, esta significação com tantos significados profundos e esta relação humana que não ultrapasse o demasiado humano (parafraseando Nietzsche) que já deixei desde suas tenras idades para meus amados filhos.
- Como assim? Continua indagado meu amigo.
- Deixei-lhes já em vida, uma herança ética. Um respeito profundo pelos mais velhos, valores intrínsecos à sua criação, foram sendo depositados em seus “cofrinhos” (consciência) desde muito cedo.
 As brincadeiras junto a eles, quando algo era ultrapassado, era-lhes mostrado na prática quais seriam os efeitos para outras pessoas seguindo-se sempre de um questionamento: - Gostaria que fizessem isso com vocês? Em suas inocências divinas e perfeitas, a resposta a este questionamento era sempre negativo. Assim de exemplos em exemplos, foi efetuado uma espécie de “poupança” ética de respeito, de valorização da vida, de sentimentos profundos, de autoconhecimento, que os ajudaram a terminarem seus estudos e estarem independentes, felizes, confiantes em suas próprias vidas.
Eles precisam antes de qualquer coisa, deles mesmos. Não necessitam de mais ninguém. E por não necessitarem estão sempre em meio e junto a todos. E estando junto são necessários e tem necessidades. E de seus anseios partilhados mostram suas iluminações profundas o que se transforma em uma ‘armadura’ impenetrável para o mal, para a inveja, para sentimentos negativos e destrutivos. Assim eles têm a ‘varinha mágica’ em seus próprios corações comandados por suas razões para enfrentarem todas as adversidades que a vida poderá colocar a frente como desafios.
E meu amigo... Até agora, somente tive altíssimos ‘dividendos’ e ‘juros’ imensuráveis desta minha ‘poupança’ efetuada desde suas tenras idades até hoje. Considero-me assim riquíssimo. Desta forma posso já ter deixado, ainda em vida, uma herança, que nunca lhes será tirado.
De suas dignidades que apenas lhes mostramos o caminho, eles firmaram tal qual ‘rocha’ um caráter provido dos melhores sentimentos e defesas.
Sentimentos de generosidade, gentilezas, de amor puro por todos aqueles que buscam. Assim se tornam e fazem da indulgência uma espécie de nova virtude. E por outro lado a defesa contra todas as hipocrisias e mediocridades. Estas as que tropeçamos, todos os dias, ao estarmos frente a seres que não possuem ou aprenderam sobre as virtudes e valores de uma vida plena e digna.
Dei-me conta de que estávamos parados em uma esquina... Meu amigo absorto em meu discurso e comovido apenas disse-me:
-Preciso, antes de casar falar mais com você. Obrigado! – Conclui ele.



Não, meu amigo, não sou exemplo. Apenas devolvi aos meus filhos o que muitos seres me ofertaram com generosidade, sorriso vindo do coração e uma luz sentida da alma que pouco encontrei depois disso. Tenha certeza.
Meu amigo simplesmente abraça-me um tanto comovido e sai absorto com seus pensamentos.
Para você que esta lendo isso, agora, somente posso lhe deixar outro pensamento, este busco de um político inglês e suas Reflexões da Revolução Francesa, E. Burke quando disse:
- “... Aqueles que não têm respeito pelos seus antepassados não podem ter respeito pelos pósteros...!”
Pensar... Ainda não dói já o respeito está com você... Ou não!
 

 

Dos Entendimentos & Compreensões do cotidiano

Inspirado em Lady Reny Martins