#SOSEducacao:
A Gramática do
Ciúme!
- A Insegurança do
Ser -
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“...O ciúme é o pior dos
monstros
criados pela
imaginação....!”
Calderón de la Barca
A etimologia da palavra ciúme é
originária do latim zelúmen ou, ainda, do grego zelosus. As suas origens
remetem ao vocábulo zelos,
o qual significa fervor, calor, ardor ou intenso desejo. No inglês, deu origem
a palavra jealousy; no
francês jalousie; no
italiano geloso e, por último, celoso, no espanhol.
Pelo minidicionário Luft de língua portuguesa,
o ciúme é caracterizado como sendo um sentimento e apreensão provocada pelo
receio de perder o objeto amado ou pode ser denotado como inveja.
Na abordagem
psicanalítica, Freud em seu texto “Alguns
mecanismos neuróticos no ciúme, na paranoia e na homossexualidade” define o ciúme como sendo um estado
emocional, podendo ser descrito ou classificado como normal.
Mas como não sou
especialista (psicanaliticamente falando)
e sim, alguém que já viveu um bocado para poder identificar e até conviver
com alguns tipos digamos... Ciumentos, posso dizer:
Ele, o ciúme, é um sentimento natural do ser humano produzido pela falta de
exclusividade do
sentimento, da dedicação e do cuidado da pessoa de quem se gosta. É uma
dedicação ao amor.
O ciúme pode
adquirir um significado mais amplo, não necessariamente associado ao sentimento
partilhado entre pessoas, pode ser produzido pelo apego exagerado a algum bem
material não querendo partilha-los com outra pessoa. Por exemplo: ciúme dos
livros, dos DVDs, do carro, entre outros.
Os adolescentes nos
anos 70 afirmavam: Mulher e discos (pois
fazer coleção de LPs – long play- era mania) não se emprestavam e não se dava.
Conhece algum “macho” que não tem ciúmes do seu carro?
Mas o que é ciúme?
Simples. É um Substantivo Masculino (na classificação, pois o gênero feminino
tem até em maior grau) e é uma Emulação, inveja; um “tipo” de zelo de amor.
Pesar, despeito por ver alguém possuir um bem que se desejaria ter: o ciúme o
atormenta. Receio de que a pessoa amada se apegue a outrem.
Ciúmes é um
pronome possessivo (sim de posse,
propriedade) geralmente manifestado por um pronome demonstrativo (do ciumento)
Mas e se você
tiver apenas um “ciumezinho”? O elemento “zinho”
funciona como uma espécie de adjetivo preso ao vocábulo, mantendo com ele a
mesma relação de concordância. Ciumento é a ação, o movimento de quem tem
ciúmes.
Geralmente, o “ciumento”, utiliza um advérbio do tipo: ”...Quando você olhou para...”. O que denota
ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse
quando. Numa interrogação.
Claro que o
ciumento está também ligado ao superlativo. Nosso amado idioma fornece seus
superlativos por meio de uma simples operação morfológica: (adjetivo+ issimo) afinal não tem meio ciumento... Mas tem
ciumentíssimo.
Quanto a
classificação do gênero não se preocupe. Este substantivo está em todos os
gêneros. Em maior quantidade nos homossexuais (homo – do grego Igual, o mesmo).
Mas se isso se
tornar “mania” (literalmente loucura do
grego), e agregamos do espanhol, o que geralmente ocorre com os ciumentos
de ficarem maníacos, através de seus hábitos idiossincráticos.
Geralmente o ciúme vem acompanhado
de outros vocábulos em que se empregam sufixos: Doloroso. Dolor é dor em Latim. Porém, apensar dessa faixa gris de
indefinição (ou excesso), podemos
estabelecer significativas distinções, mais ou menos correspondentes entre
causar e sofrer.
Mas se entrarmos
no âmbito da paranoia... Bem ai teríamos que estudar os afixos... E quase entra
no abstratismo, ou seja, o que não podemos ver e muitas vezes definir a partir
de um simples exame etimológico. Isso seria confundir palavras com coisas.
Como nosso idioma deriva do
latim que por sua vez deriva: 85% do românico e 15% do grego e estes todos
formaram a “... última flor do Lácio...”
a nossa amada língua portuguesa e a brasilesa também. (sim o gentílico corretíssimo de quem nasceu ou tem cidadania no Brasil
é Brasilês e não trabalhador ou aquele que é operário cortando pau-brasil,
aquela árvore lindíssima, que, aliás, tem no Jardim Botânico do RJ), as
definições precisam ser buscadas de várias formas sem ferir o léxico.
Até que alguém me diz: “ah, mas eu li no manual de redação e estilo
da... Que ciúmes é ....”.
Besteira. Primeiro os que se dizem “jornalistas” não são autoridades na
Língua Portuguesa Brasilesa, tenham certeza disso cada vez mais... Pode-se
classificar apenas como um usuário, um pouco mais atento, com alguma
experiência. Esses manuais de estilo para jornal obedecem a uma utilidade bem
específica: fixa o uso dentro de uma determinada empresa. Só isso.
Então se você
ouvir o Bonner (sim aquele do JN) dar
uma escorregadinha, não o maltrate, ele segue o Manual de Estilo e Redação da Globo. Só isso. Mais nada. E até
acredito que ele nem sente ciúmes, pois sua mulher já está em outro “programa”.
(viram? Dei denotação para que você pense
conotações)
Mas de todas as
classificações possíveis para colocar “ciúmes”
na gramática da minha amada Língua Portuguesa Brasilesa, procure deixar longe
dos aumentativos. Pois um “ciumentão”
é algo feio até de ver... Quiçá de conviver.
Só deixaria uma
sugestão aos “ciumentinhos” de
plantão: Procurem não utilizar muito algumas variações com verbos ou adjetivos
de nossa amada língua, pois se poderiam utilizar sufixos como o vel. Pois na maioria das vezes o “ciumento” é inteligível, descartável. Portanto, preste atenção mais no seu
coração (manifestação metafórica do seu
grande aparelho bombeador da vida no peito) com o sentimento (este abstrato) que poderá dele advir.
Agora
por favor, nem tente entrar na morfologia e flexão de nossa amada Língua
pátria: O sistema de flexões é muito simples se compararmos com o da nossa
língua-mãe, o Latim. Nossos substantivos, em sua grande maioria, pertencem a um
único gênero, distribuindo-se pacificamente entre o Feminino e o Masculino. Os
que têm dois gêneros (podem colocar os Homossexuais,
mas este ainda será masculino, como gênero da língua) seguem um padrão
básico que pouco varia como demonstrou o brilhante Mattoso Câmara Jr., o pai da
Linguística no Brasil: O feminino é assinalado pela terminação A, enquanto o masculino se caracteriza
pela ausência desse mesmo. Sim, desse (o
que foi dito) e deste (aquilo que
irei dizer ou fazer agora):
Mesmo com toda nossa evolução como
seres, continuamos, na maioria das vezes ainda com os mesmos sentimentos transmitidos
por memória genética e causam grandes dissabores nos relacionamentos.
Seja apenas você... E aceite o
outro como ele é. Simples assim.
Agora se não for
assim: não haverá o Eu e Tu para formar o Nós. Pois, se haver um Vós,
serão, no fundo Eles... Bem dai não é
uma relação a dois... Tem outro nome. Não necessário explicitar aqui.
Amar é doar...
Tudo. O seu melhor, o que existe em você e não se preocupar com o que poderá
vir do outro lado. Afinal amar é simples assim... Doar-se... Em tudo.
Mas, tudo isso e
os ciúmes?
Bem se você não entendeu e tem este
“probleminha”... Consulte um
especialista.
O resto... Bem.... Daí é resto
Pensar e amar não dói... Já ter
ciúmes.. Ah, isso dói um montão!
Entendimentos & Compreensões
Pensamentos da Madrugada.
Observações
dos Seres
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