Para a Sala de Protheus:
Caraca!
- Poetizando para Adolescentes –
Quero viver liberadamente
Eu quero viver profundamente
E sugar toda essência da vida
Para acabar com tudo que não fosse vida
Para que quando minha morte chegasse
Eu não descobri que não vivi.
Eu quero viver profundamente
E sugar toda essência da vida
Para acabar com tudo que não fosse vida
Para que quando minha morte chegasse
Eu não descobri que não vivi.
Sociedade dos Poetas Mortos
Há certos espíritos, se assim pode-se chama-los,
inferiores e subalternos, que parece ser feitos só para recolher, registrar e
ajuntar todas as produções dos outros gênios; são plagiários, tradutores, compiladores;
não pensam, dizem o que os autores pensaram. Como a escolha de ideias é
invenção, tem um gosto mau, pouco justo, que os leva a tratar de muitas coisas
e não de coisas boas; não têm nada de original e pessoal; não sabem o que aprenderam
e só aprenderam o que todos querem ignorar; uma ciência árida, sem interesse e
utilidade, que não vem a proposito na conversa e que está forma de comércio,
semelhante a uma moeda que deixou de ter valor: fica-se ao mesmo tempo
estupefato e aborrecido com sua conversa ou com suas obras. São esses que os
poderosos e o povo confundem com os sábios e que os sábios os remetem entre os
pedantes.
Perdoem-me se lhes parece, em principio, um pouco
arrogante. Mas tenho visto tantos “escrevinhadores”,
por ai, nas mais variadas questões que não tenho como não iniciar uma crítica,
uma homenagem justa a uma autora da qual tenho admiração pelo caráter que
imprime em suas obras.
Utilizo-me, se me permitirem do fragmento de número
63, da obra Caracteres Ou Costumes Deste
Século, do grande escritor Jean de La
Bruyére quando afirma: “(...) Nem sempre a critica é uma ciência; é
um oficio em que é necessário ter mais saúde que espirito, mais trabalho que
capacidade”. Se é feita por um homem de menos discernimento que leitura e é
exercida sobre certos capítulos, corrompe os leitores e o escritor.”
Faço todo este preâmbulo, pois, conforme já
identificaram pelo título, refiro-me ao mais novo “filho literário” da poetisa e escritora carioca Monica
Raouf El Bayeh – Caraca - uma obra de poesias destinada ao público
adolescente. E mais que isso baseado exatamente neste mesmo público.
Este “público”
é exatamente o mundo que a poetisa Mônica Bayef leva seu conhecimento em
escolas estaduais do Rio de Janeiro. Os adolescentes. E nesta nova obra, aliás,
perfeita, desta autora fenomenal os jovens foram premiados com belíssimos
poemas.
Fomos cobradores na Rede Mundial de Computadores, unanimemente, que Mônica nos
trouxesse exclusivamente um livro de seus poemas. Todos eles diariamente
circulando pelas redes sociais como face
book, Twitter, G+ entre outros. Eu como amigo fã e admirador do trabalho
desta grande autora, sempre fui um dos primeiros a pedir.
Ei-lo aqui, agora: Caraca, lançado em
setembro pela CreateSpace/Amazon, Rio de Janeiro, em nosso amado Brasil.
Como sou quase “suspeito”
ao falar das obras de Mônica, por ser seu incentivador e quase um “cobrador” para que publicasse um estilo
de poesia quase perdido no Brasil – comum
na Europa e Canada -. Explico:
O confessionalismo
nasceu com os poetas do contemporâneo, no inicio do século passado e tivemos
muito poucos no Brasil. Infelizmente nenhum vivo, e baseia-se em poemas que “parecem” que foram escritos “para nós”, pois são identificados pelo
momento de cada estrofe quando nos toca profundamente, ou em nossa rotina,
relações, profissionais ou pessoais. Eis algo que Mônica faz como ninguém.
Esta nova obra, do qual destaco um poema da página
42 chamado: Pode Apostar – Nele Mônica, ao descrever, tranquilamente uma
situação vivida deixa escrita poeticamente:
Adolescente é cruel
Língua cortante e afiada
Não importa como você
seja
Vai ter seu dia de ser
malhada
Porque tudo tem um
motivo
Tudo tem algum defeito
Mesmo que seja lindo
Eles vão falar do
sujeito
Forma grupos e riem
Riem muito, de chorar.
Não sei o que tem tanta
graça
Mas eles sabem. Pode
apostar.
É deste jeito de professora ao estilo “mãezona” que tudo entende, compreende,
e o que não lhe é de fácil “digestão” vira
uma poesia. Que belíssima forma de lidar com o cotidiano dos adolescentes, seus
alunos e não deixar que isso interfira em sua vida.
Mas eis o predicado, o dom, a divindade poética de
Monica Bayef.
Eis mais uma obra da qual tenho o privilégio de
coloca-lo, em destaque, em pé ao lado de seus outros cinco “filhos” literários.
Para não parecer pedante, já que sempre falo de
Mônica e como fã e admirador tornam-me suspeito e suspeitando deixo-lhes a
mensagem que serve para todos os que ainda não encontram seu estilo,
principalmente, de escrever sobre algo quiçá, sobre outros autores e suas obras.
A citação final, retirada do tópico 64, dos
fragmentos, do autor acima citado, deixa como homenagem a Mônica por sua
brilhante obra... E, caraca, que baita livro guria...
Mas, aconselho a qualquer “autor” ou “escrevinhador”
que está lendo esta crônica e... “(...)
Que nasceu com o dom de “copista” e que tenha a extrema modéstia de trabalhar
sobre modelo alheio, que escolha só os exemplares daquelas obras em que haja
espírito, imaginação ou mesmo erudição; se não consegue igualar os originais,
ao menos se aproxime deles e consiga ser lido.”.
Na internet o bate papo
Parece inesgotável
Quando foi que eu virei
Essa figura assim
descartável?
O questionamento final de minha amada amiga,
poetisa e escritora Mônica Bayef em sua obra Caraca, se torna minha homenagem e
um pedido a você leitor: Quando conseguir
sentir arrepios ao ler uma poesia, significa que está aprendendo a seguir os
caminhos mostrados pelo autor. Se não for poesia na contextualização do mesmo.
Quando conseguir será um excelente leitor,
Parabéns Mônica Bayef, poetisa do estilo confessionalismo Brasilês, de caráter
literário impressionante.
Inspirado
na Obra Caraca
Mônica
Bayef – Poetisa, escritora
CreateSpace/Amazon
– Setembro/2014
Rio
de Janeiro – Brasil –
Citações
da obra Caracteres Ou Costumes Deste Século
Jean
de La Bruyére –Título original Les Caractéres Ou Les Moeurs De ce Shècle –
Editora Escala- São Paulo – Tradução de Antônio Geraldo da Silva -1976.
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