“Enquanto Renunciamos...!”
“... Às vezes penso que somente
há um lugar para estar,
nesta vida. Acredito que somente
Branwen, a Rainha das Águas, sabe,
exatamente, que lugar é este.
Talvez já esteja lá, esperando...!”.
Protheus
Será que tudo o que somos, todo e
qualquer movimento em nossas vidas, foram construídos dentro de nós? Antes de
darmos o primeiro “choro”, ou quando
nascemos?
Se isto realmente aconteceu, isto
nos faz responsáveis pelas coisas, todas, que fazemos.
Ou então, já que é um exercício
de pensamento: Esta “responsabilidade
toda” foi colocada, construída em nós? Da mesma maneira?
Todas nossas brincadeiras? Tudo
aquilo que aprendemos? Desde nossas
“cantigas de roda”?
Depois que nos tornamos
maiorzinhos, os ditos “adultos”, seguidor
de normas, parece, que esquecemos. Ou então, jogamos em algum lugar o que nos
foi dito, por alguém, em algum lugar, em todo o tempo.
Criamos certa rebeldia. Sim, nos
rebelamos, contra o mundo que encontramos. Para alguns isto seria sacrilégio,
pois foi à dura “batalha” daqueles
que nos antecederam, que deram o máximo de si, para, quem sabe, termos um pouco
“disso”. Ou deixar para nós, agora,
esta outra partezinha, que em nós cresce, e nos dizem que jogamos fora, no
lixo, todas as experiências acumuladas.
Mas temos que pensar por nós. Não
por eles.
Acredito que não façamos isso com
tudo. Renunciamos sim, apenas em parte, aquilo que não nos agrada. Não está em
nós. De outra forma, também acredito que se jogamos fora quando, por algum
motivo, descobrimos que aqueles que nos antecederam, não sabiam muito mais do
que nós, sobre este mesmo mundo.
Só que não é o mesmo mundo deles.
Mas eles não tinham todas as respostas, muito menos as que procuramos.
Rebelemo-nos, renunciamos quando
descobrimos que houve mais mentiras, para nós desde que nos lembramos.
Ficamos tristes, pois acabamos
descobrindo que não existe “coelhinho-da-páscoa”,
nem “papai-noel”. Por que tantas
mentiras, que continuam crescendo, do mesmo modo que nos crescíamos?
Nossas escolhas não se tratam de voltar
para o mundo de “como as coisas eram”.
Muitas vezes estas escolhas são
como podemos esconder ou ir direto ao coração daquilo que nos assusta. Mas nada
fica igual como você supunha, não é esta vida que queríamos.
Mas voltando aos nossos primeiros
passos, talvez, e apenas talvez, a melhor maneira para irmos, caminhando, em
direção aquilo que desconhecemos é dar pequenos passos, igual a um neném,
quando começa a aprender a andar. Pequeninos passos.
Quem sabe assim não
conseguiríamos fazer aquelas coisas mais comuns, como lidar com alguma coisa,
que de nenhuma maneira é comum.
Todo o tempo, sempre, estamos
indo a algum novo local. O tempo inteiro. Aquelas maneiras ditas que herdamos, “de família”, servem apenas para dar um
fingimento de que, no fundo, estamos indo a um lugar um tanto quanto novo, ou
totalmente desconhecido.
Assim você direciona-se, através
daqueles pequeninos passos “de família”: Você
se esforça, ao máximo, para ser honesto e não continuar sua vida como se nada
tivesse se modificado, mas apenas continuando a tocar sua vida.
Porem haverá tempos em que você
vai precisar de que as coisas se tornem como costumavam ser.
Tenho medo de altura. Fobia
mesmo. Mas só posso imaginar. Porem você que já andou de montanha-russa, no
fundo, nossa vida é exatamente igual.
Tomamos grandes sustos. Por
outras vezes tudo se move lentamente, e é claro, um lugar onde para, onde
termina. Onde tudo acaba mesmo.
Uma diferença entre esta “montanha-russa” e nossa vida, é que
toda vez que você tem uma “parada”, você
está em um lugar totalmente diferente, de quando começou.
Enquanto... Não descobrimos
nossos próprios enigmas...
Continuamos pensando... Não dói!
Das significações & Pensamentos com
Heloísa Gambin – Toledo – PR –
Publicado no grupo Kasal – Vitória – ES –
www.konvenios.com.br/articulistas
Publicado em
www.pintoresfamosos.com.br/colunista
São Paulo – SP
Arquivos da Sala de Protheus
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