segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

#SOSBrasil

 “Atavismo Patriótico!”


  
“...Olho mas não vejo..
Porque o meu ver está cercado de passividade
E o meu olhar deve ser ativo
Tornando-se vivo a cada reflexão
De observar o mundo
Para viver o mundo...!”

Laura Noéli



Por que estamos tão inertes? Por que estamos tão indiferentes?
Em quê?
Eu tudo. Parece que não entendemos quando Manoel Osório Duque Estrada tentou definir nosso país e, consequentemente, nosso povo, como um paraíso, um lugar abençoado por Ele e que pudéssemos estar TERNAMENTE, (e não eternamente) deitados em berço esplêndido...

Parece que esse atavismo se perpetuou entre gerações. Chegou a nossos dias e simplesmente se tornou inerte, frugal, hostil e ao mesmo tempo passivo.

Jean-Paul Sartre costumava afirmar: “... Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação...”.
Mas não está acontecendo conosco.

Peritos do INSS tratam os segurados (aqueles que pagara a seguridade) como se fossem idiotizados (animais em pet-shops são melhores tratados que por peritos e pelo SUS).

Políticos se transformaram em sinônimo de ladrões, gatunos, larápios, verdadeiras aves de rapina, vigaristas da pior espécie e, ainda por cima “legalizados” pelo nosso voto. Se é que se pode confiar nesta dita “contagem eletrônica”.

Sindicatos que antes faziam greve contra empresas privadas e que elegeram tudo o que está aí, hoje fazem greve contra aqueles que eles mesmos colocaram lá.

Empresas, em nível mundial, como a Petrobrás estão em estado lastimável de quase insolvência em uma área multimilionária.
Má gestão? Ou mau caratismo
.
Homens que se diziam líderes populares se transformaram em reles marginais e estão sendo presos (ou melhor, estão sendo acomodados em prisões de luxo, no lago sul de Brasília, como se estivessem presos).

Os ditos três poderes, que nada tem de independentes, fora da forma da lei, são todos subjugados pelo dinheiro do executivo, que é o nosso dinheiro pago na maior quantidade mundial de impostos. Apenas aproximadamente 1 trilhão e 700 bilhões em 2013. E onde está?

E nós estamos aqui, esperando uma “fada madrinha” que resolva todos os nossos problemas.
Parece que esse atavismo, próprio da escravidão, (até ela se revoltou e se libertou) além de uma hereditariedade tem também uma compulsão da espécie:

“.. ah, alguém vai fazer alguma coisa, mais dia, menos dia...” e ficamos assim inertes, passivos, idiotizados.

A famosa “grande imprensa” hoje, com raríssimas exceções ofende a profissão de jornalismo, sendo comprada e divulgando somente o que, aqueles que lhes pagam, querem. As opiniões hoje de fundamento, de caráter, de justiça, de retidão, estão vindas das chamadas “mídias alternativas”. Aqueles que têm compromisso com sua consciência e com seus filhos.

Atavismo é algo que não se desenvolve. Ele é hereditário. É uma reaparição, em um descendente, de certos caracteres vindos de um antepassado, e que não se haviam manifestado nas gerações intermediárias.

Esquecemos que estamos em uma democracia? Bem isso que aí está é tudo menos democracia.
Democracia é o estado em que o povo é soberano. Não estamos sendo soberanos. Estamos sendo soberanizados
.
Como na velha Roma, estamos felizes com pão e circo.
O “pão” das bolsas tudo", que nós pagamos. O circo dos estádios para a copa, que nós pagamos, enquanto obras tão necessárias como a transposição do velho Chico, transformaria o sertão nordestino em um novo eldorado.

O que estamos fazendo? Nada.
O que vamos fazer neste ano?



Isso vai depender ou ficar na consciência de cada um. SE você for uma espécie de egoísta autômato, ao menos pense nos seus filhos, SE não os tiver, pense nos seus irmãos brasileses. Mas SE não puder pensar, nem nisso. Por favor, não merece estar entre nós.

Pensar e ser patriota não dói... é um dever cívico, de berço, de cidadão consciente. De ser humano evoluído.

Pense e ajude-se nos ajudando... Por favor!

Poderá não haver depois...



Entendimentos & Compreensões de um
Brasil Sofrido e muito mal gerido
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sábado, 25 de janeiro de 2014

    #SOSAmizade!               

  
Amizade Ultra Dimensional!




“... Amizade é quando duas pessoas
se unem em busca de alguma
verdade mais elevada..!".

Nietzsche


Tenho amigos que não sabem, exatamente o quanto são meus amigos. Eles quase se tornaram parte de mim. São necessários. É o oxigênio da alma. A leveza do coração. A harmonia dos dias. A coragem para enfrentar as diversidades. A alegria mais incontida que podemos exigir.

Em sua grande maioria meus ditos “alunos”, pois foram mais professores para mim que ao contrário, se manifestam, em sua maioria das vezes de forma que nos deixa desconcertados.

Uma destas amigas, hoje longe, em algum canto deste Brasilzão – que gostaria de saber aonde – chamada Isane Johan foi uma destas personalidades incríveis. Com um poder de utilizar o verbo de forma tão incrível que sempre que recebia algo ficava boquiaberto.

Em uma destas vezes veio como homenagem.
Confesso, fiquei ruborizado. Não me julguei merecedor.
Mas eis o que ela deixou com exclusividade que guardo com carinho e afeto.



As complexas complexidades dessa imensidão
Tão fascinantes pelas suas diversidades são
Elas materialmente nos aproximaram,
Porque assim de nós necessitaram.

Você para mim não era um desconhecido
Já era sabido, um grande amigo.
Enigmaticamente já estivemos presentes
Em diversas situações, em outras dimensões.

Sabemos quais são as nossas missões
A cumplicidade e a serenidade
Nos une e preserva nossa amizade.

Independente da vida material, do tempo e do lugar
Estaremos próximos e amigos
Servindo as complexas complexidades
Por elas fomos escolhidos
Para outros seres dar abrigo.

E a cada chamado, a cada pedido,
nos reencontramos e juntos vamos
Ajudar as dores humanas abrandar
E sincronicamente nos aperfeiçoar.

Sabemos que somos seres especiais
Para além da vida corpórea e material
Vivemos também uma vida imaterial.




Amigo, na vida material, nossos sentimentos,
Atitudes e limitações nos escravizam e impõem
Um misto de sofrimentos e realizações
Amores e dissabores, alegrias e frustrações.

Serenamente sabemos, na vida imaterial
Somos absolutamente livres, completos.
E repletos de confortos, dos mais nobres
Que as complexas complexidades
E sua grandiosa diversidade tem a nos ofertar
E ali próxima de você sempre vou estar.


Poetizar é para poucos gênios.
Já pensar nos amigos não dói... Mas deixa uma saudade...

 


Do carinho e afeto de minha
amada amiga e Professora Isane Johan
Em algum lugar do Brasil.
Manifestação de amigos




quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

#SOSFobias

“Homens Com Medo de Baratas?”


“...Dizem que a sobrevivência; Está em sua vida curta;
Como a barata existe a perseverança; Por mais que tenha vícios;
O exemplo está além de suas visitas; Invasão de privacidade;
É sua façanha de viver; E não sai barato; Aprendermos com alguns;
Que ainda insistem em ser; E ter um caráter; Que até as baratas;
Precisam aprender; Não seja uma barata pela vida;
Abisme em crescer; Pise na barata que insiste em você...!”

Do poeta e amigo do TT Zé Américo


Nestes dias de verão em alguns lugares fazendo temperaturas mais altas que outros, neste nosso Brasil varonil, são o clima ideal para a proliferação de muitos insetos e algumas “ditas” pragas. Entre elas as baratas.

Mas em uma conversa com amigos, um deles (sim, um homem) revelou certo “medinho” de este ser rastejante. Sim, a pequenina barata. Pronto... Foi tudo o que os amigos precisavam para dar boas risadas.

Mas porque este medo de baratas?

A psicologia dá outras explicações. Quando a memória registra um episódio ruim na infância, você não vai necessariamente se lembrar dele na fase adulta, mas um medo irracional pode permanecer. Esse pavor também pode vir de outros - por exemplo, de sua mãe subindo no sofá, gritando para o homem da casa se livrar do bichano. 
As fobias são aversão ou medo psiconeurótico a objetos ou situações particulares. Katsaridafobia ou Catsaridafobia é o medo de baratas.


Não deixa de ser certo preconceito. O habitat de animais influencia no julgamento do ser humano, e, como as baratas vivem em locais como esgotos, ralos e lixos, onde se alimentam de detritos, elas não poderiam deixar de ser odiadas. Cupim e besouro, por exemplo, são insetos como esta criatura repugnante ao lado. Mas não temos medo deles. E ainda tem os fofinhos.

"Algumas espécies de borboletas têm cores similares às das baratas, porém moram em árvores e em flores. Logo, nós as consideramos ‘graciosas’", diz José Albertino Rafael, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Vale a mesma coisa para os ratos de esgoto e os hamsters. São roedores, mas um é odiado e o outro é bicho de estimação. 

Agora vamos para um pouco da história entre o homem e as ditas “baratinhas”:

Elas vivem cinco meses. São divididas em quatro mil espécies espalhadas pelo mundo. Botam ovos oito vezes na vida, com 40 filhotes por vez. Aguentam uma semana sem cabeça ou sem beber e até um mês sem comer. Têm 300 milhões de anos. 200 mil anos - Surgimento do Homo sapiens. 60 milhões de anos - Primeiros primatas e 65 milhões de anos - Meteoro que eliminou os dinossauros.

Minha amiga cientista Laís Martins, do Caderno de Educação, teria certamente outra explicação para isso. Mais cientifico é claro. Meu amigo Zé Américo fez um poema, reproduzido acima e certamente a poetisa Mônica Bayef faria uma poesia mais doce para nosso amigo. Mas...

As mulheres, por serem muito mais delicadas e sensíveis do que nós, os ditos “machos” tem nojo, asco e outras coisas e realmente não gostam de baratas. Mas ver um “homem” subir em uma cadeira por causa de uma barata deve ser algo muito interessante de ser visto. Para não dizer hilário.



Mas é claro, cada um com seus medinhos, fantasminhas, monstrinhos que os afrontam de todas as maneiras de enfrentar suas vidas.

Quanto ao meu amigo que tem um medo terrível de baratas, vamos fazer assim: Você convida os amigos, deixa um bom vinho na temperatura ideal e nós nos livramos das baratas para você ficar feliz.

Pensar não dói... Mas baratas... Bem, estas poderão incomodar um pouquinho.
Mas só um pouquinho. É claro que este assunto vai render muito ainda...


Transpirado de meu amigo Amex Gamboa.
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terça-feira, 21 de janeiro de 2014


“Amizade!”
- A Partilha do Melhor de Nosso Ser –





“... A amizade, às vezes, tem um valor incalculável
para umas pessoas, mas para outras, tem apenas um valor.
 Valor este que só existe quando se precisa desse amigo...!

Eça de Queiroz



No século IV a C, em Siracusa, na Sicília, havia dois amigos inseparáveis. Nada havia que um não fizesse pelo outro. Certo dia o rei de Siracusa, Dionísio, aborreceu-se ao tomar conhecimento de certos discursos que Pítias vinha fazendo.

O jovem pensador andava dizendo ao público que nenhum homem devia ter poder ilimitado sobre outro. E que os tiranos absolutos eram reis injustos. Presos ambos os amigos, Pítias reafirmou perante a autoridade real as suas ideias. O que dizia ao povo era a verdade e, portanto a sustentaria, custasse o que custasse.

Acusado de traição, Pítias foi condenado à morte. Como seu último desejo, pediu ao rei que o deixasse dizer adeus à sua mulher e filhos e por os assuntos domésticos em ordem. Dionísio riu do desejo do condenado.

"Vejo que além de injusto e tirano, você também me considera um tolo. Se sair de Siracusa, tenho certeza que nunca mais voltará", disse o rei.

Foi nesse momento que Damon adiantou-se e ofereceu-se como garantia.
Ficaria em Siracusa como prisioneiro, até o retorno do amigo. "Pode ter certeza de que Pítias voltará. Nossa amizade é bem conhecida. Eu ficarei aqui."

Ainda um tanto desconfiado, Dionísio examinou os dois amigos. Alertando Damon que, se Pítias não voltasse, ele morreria em seu lugar, aceitou a oferta. Pítias partiu e Damon foi atirado na prisão.

 Muitos dias se passaram. Pítias não voltava e o rei foi verificar como estava o ânimo do prisioneiro. Estaria arrependido de ter feito o acordo?
"Seu tempo está chegando ao fim", sentenciou o rei de Siracusa. “será inútil implorar misericórdia”. Você foi um tolo em confiar em seu amigo.
Achou mesmo que ele voltaria para morrer?".

Com firmeza, Damon respondeu: "É um mero atraso. Talvez os ventos não lhe tenham permitido navegar. Talvez tenha tido um imprevisto na estrada. Guardo a certeza que, se for humanamente possível, ele chegará a tempo." Dionísio admirou-se da confiança do prisioneiro.
Chegou o dia fatal. Damon foi retirado da prisão e levado à presença do carrasco.

Lá estava o rei, sarcástico, gozando sua vitória.
"Parece que seu amigo não apareceu. Que acha dele agora?" Perguntou.

"É meu amigo. Confio nele", foi à resposta de Damon. Nem terminara de falar e as portas se abriram, deixando entrar Pítias cambaleante. Estava pálido, ferido e a exaustão lhe tirava o fôlego. Atirou-se nos braços do amigo.

"Graças aos céus, você está vivo!" - falou soluçando. "... parece que tudo conspirava contra nós. Meu navio naufragou numa tempestade. Depois, bandidos me atacaram na estrada. Recusei-me, contudo, a perder a esperança e aqui estou. Estou pronto para cumprir a minha sentença de morte."

Dionísio ouviu com espanto as palavras. Era-lhe impossível resistir ao poder de tal lealdade. Emocionado, declarou: "a sentença está revogada”.




“Jamais acreditei que pudessem existir tamanha fé e lealdade na amizade.
Vocês mostraram como eu estava errado. É justo que ganhem a liberdade.
Em troca, porém, peço um grande auxílio."

"Que auxílio?" Perguntaram os amigos.
"Ensinem-me a ter parte em tão sólida amizade."

Pensar não dói... A amizade também não...




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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014


Acostumando-se a Migalhas!


  
“...E porque eu sei quais são os meus limites,
é que quero ultrapassá-los.
Não quero migalhas de mim.
Quero o meu melhor...!
Monalisa Macedo

A questão do acostumar-se com o pouco ou quase nada acaba com nossa autoestima. Acaba com qualquer possibilidade de relacionamento. Primeiro porque a relação em si começa doente. Um que não pode ou não quer dar quase nada e, outro – carente – que aceita o pouco, ou melhor, as migalhas.

Parece normal? Sabe aquele ditado: “ruim com ele pior sem ele”? Pois é, tem muita gente vivendo assim. Com essa dinâmica, essa tônica. Imagine que se perderem. Essa sua única fonte de “restos” vai ficar à deriva. Famintos, impotentes, sem poder…

Receber migalha afeta nossa autoestima e com o tempo vamos achando que é isso o que merecemos. Que não nascemos para ser totalmente felizes. Que ok, podemos viver dessa maneira – mendigos ambulantes – à espreita do outro.
De uma distração sua, ou ainda quem sabe de um “raio” de consideração que esse apresenta vez ou outra. Você deve conhecer dezenas de pessoas que vivem exatamente como esta colocando. Infelizmente, caímos nessa armadilha.

Começamos a relação para investir, achamos que tudo bem – se o outro não estiver totalmente inteiro, tocamos, deixamos o tempo passar e, quando acordamos, foi-se meses, anos, uma vida – num relacionamento infundado que nunca, nunca vai sair desse marasmo – até porque foi concebido dessa forma.

Bem, então, qual o nosso papel nessa relação? Encolher? Não cobrar, não atormentar o outro com nossos desejos, nossas inquietações, nossos sonhos? Deixar a vida passar? Não sorrir? Não incomodar?

Enfim, numa situação que beira o masoquismo – nosso papel se limita a acabar com nossa felicidade e, o pior, vivermos esfomeados com base na benevolência do outro – que pode ou não acontecer…

Qual o papel do outro nessa história além de ser complementar à nossa neurose? Continuar exatamente como sempre foi – ou seja, mesquinho, inseguro, indefinido, inconstante. Aquele que dá pouco, muito pouco, tão pouco que a relação pode se arrastar indefinidamente…

Preste atenção nisso. Ouvi esse comentário de um mestre: aquele que se preserva para viver relações paralelas ou que não tem condições de se abrir e viver uma história por inteiro não vive e não deixa viver.

Pode viver assim distribuindo afagos poucos indefinidamente – afinal, nada muda em suas vidas…  Aquele que não está presente, não pode atender ao telefone, não pode te ver, não está nem aí para suas necessidades. Não comparece e – perdoe-me – não são forcas ocultas que o impedem. Não são problemas ligados ao trabalho, à família, à vida, à frustração etc. e etc.…

Apenas entenda que este que não pode – NÃO QUER, NÃO TE ESCOLHEU, NÃO VAI ESCOLHER, NÃO VAI MUDAR… Vai manter tudo como uma história mais ou menos de amor… Ele pode mudar? Talvez. Quem sabe se um raio cair na sua cabeça e então – BINGO – lá estará ele, pelo menos por um período, cheio de amor para dar…

O que pode ser esse raio? Um enfarto fulminante, um acidente, uma perda, um acordo daqueles do tipo – a companheira ou companheiro entram com o pé e ele…
Bem, você sabe…

Parece duro, mas não! Não acontece. E então, o que fazer? Nesses casos podemos deixar tudo como está e parar de reclamar ou pensar em algumas alternativas para fazer o outro acordar e entrar de vez ou sair da relação. A questão é: estamos prontos para sair fora? Estamos prontos para começar de novo?



Se sim, podemos agir de diferentes formas para ver qual a reação do outro – o que acontece com a relação se mudar… - Primeiro, podemos escolher esfriar para ver se o outro se liga que existimos de fato. E, então, quem sabe, possamos investir em resgatar sonhos, desejos, ou seja, mudar o foco…  A vida agradece.
Segundo, podemos pressionar o outro de vez e dar um prazo, algo do tipo “basta”… E, por último, podemos ainda ROMPER. Por um ponto. Acabar. Terminar. Escolher viver outra historia. Outra vida, outra relação…

Fácil? Não. Não e nada fácil. E possível mesmo que seja necessária ajuda psicológica. Para sair de determinadas relações, precisamos recuperar a autoestima. E isso nem sempre é tão simples como parece…

De todo modo, todo passo demanda uma decisão, uma escolha. Depois, no nosso tempo, e só caminhar… Escolhas, sempre escolhas.
Pensar não dói... Já as consequências de amar...

 
Dos diálogos com a Prof.ª Andréa Weffort
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014


“A Imortalidade da Alma!”
-       Conhece-te a ti próprio e serás imortal –





“... Matar o sonho é matarmo-nos.
É mutilar a nossa alma.
O sonho é o que temos de realmente nosso,
de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso...!”.

Fernando Pessoa





Alguns séculos antes de Cristo vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates.
A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.

Entre os anos 470 a 400 antes de Cristo, época em que viveu Sócrates, os habitantes da cidade de Atenas, na Grécia, diferente dos de Esparta, que mais se preocupavam em se preparar para a guerra, tiveram uma cultura bem desenvolvida e diversificada. Por volta do ano 450 a C., um governante de Atenas chamado Péricles, além de fortalecer a democracia (participação do povo nas discussões e decisões políticas), incentivou a cultura atraindo para a cidade filósofos, poetas, artistas diversos. Sócrates viveu nesse período especial de Atenas, mas também conheceu a decadência de Atenas com a guerra e a peste.

               Sócrates foi aluno dos chamados “sofistas”, que eram mestres ambulantes, ensinavam de casa em casa para os que podiam pagar pelas aulas. Não havia escolas. Durante muito tempo Sócrates foi aluno desses mestres até o dia em que se voltou contra eles e se tornou um novo mestre.

Nada foi deixado escrito por Sócrates. Tudo o que sabemos foi repassado por seus discípulos a Platão, mais tarde e também ou outro Sócrates que foi aluno da Escola Platonina.

Suas tiradas eram fantásticas. Mas o mais espetacular foi quando o condenaram a morte.
Até nesta hora este grego espetacular, depois de 2500 anos passados nos deixa boquiabertos.

Aos setenta e tantos anos foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.
Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para preservá-lo da morte.

O filósofo, porém não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranquilidade e paz de espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.
Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde daquela época já existia essa prática...), que abriu a porta da prisão.

Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:
- Foge depressa, Sócrates!
- Fugir, por quê?
Perguntou o preso.

- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.
- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!

- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu!
Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim...

Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou:
- Críton, achas que isto aqui é Sócrates?

E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou:
- Achas que isto aqui é Sócrates?

Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim.
EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates!

E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.

No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços:

- Sócrates, onde queres que te enterremos?

Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou:

- Já te disse amigo, ninguém pode enterrar Sócrates...
Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu...
EU SOU MINHA ALMA...




E assim expirou esse homem, que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar.

Conhecia-se a sí mesmo, o seu verdadeiro eu divino. Eterno... Imortal...

Assim somos todos nós seres IMORTAIS, pois somos ALMA, LUZ, DIVINOS, ETERNOS...

Nós só morremos, quando somos simplesmente ESQUECIDOS...

Pode pensar sobre isso... Não Dói!





 Adaptado dos fragmentos de Sócrates,
por Platão  – A Imortalidade da Alma
Tradução de UBERTO RHODES
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