“A
Imortalidade da Alma!”
-
Conhece-te a ti próprio e serás imortal –
“... Matar o sonho é matarmo-nos.
É mutilar a nossa alma.
O sonho é o que temos de realmente nosso,
de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso...!”.
Fernando
Pessoa
Alguns séculos antes de
Cristo vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates.
A sua filosofia não era uma
teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.
Entre
os anos 470 a 400 antes de Cristo, época em que viveu Sócrates, os habitantes
da cidade de Atenas, na Grécia, diferente dos de Esparta, que mais se
preocupavam em se preparar para a guerra, tiveram uma cultura bem desenvolvida
e diversificada. Por volta do ano 450 a C., um governante de Atenas chamado
Péricles, além de fortalecer a democracia (participação
do povo nas discussões e decisões políticas), incentivou a cultura atraindo
para a cidade filósofos, poetas, artistas diversos. Sócrates viveu nesse
período especial de Atenas, mas também conheceu a decadência de Atenas com a
guerra e a peste.
Sócrates
foi aluno dos chamados “sofistas”,
que eram mestres ambulantes, ensinavam de casa em casa para os que podiam pagar
pelas aulas. Não havia escolas. Durante muito tempo Sócrates foi aluno desses
mestres até o dia em que se voltou contra eles e se tornou um novo mestre.
Nada foi
deixado escrito por Sócrates. Tudo o que sabemos foi repassado por seus
discípulos a Platão, mais tarde e também ou outro Sócrates que foi aluno da
Escola Platonina.
Suas tiradas
eram fantásticas. Mas o mais espetacular foi quando o condenaram a morte.
Até nesta hora este grego
espetacular, depois de 2500 anos passados nos deixa boquiabertos.
Aos setenta e tantos anos
foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.
Enquanto aguardava no
cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para preservá-lo
da morte.
O filósofo, porém não moveu
um dedo para esse fim; com perfeita tranquilidade e paz de espírito aguardou o
dia em que ia beber o veneno mortífero.
Na véspera da execução,
conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde daquela época já existia essa prática...), que abriu a porta
da prisão.
Críton, o mais ardente dos
discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:
- Foge depressa, Sócrates!
- Fugir, por quê?
Perguntou o preso.
- Ora, não sabes que amanhã
te vão matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém
me pode matar!
- Sim, amanhã terás de
beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.
- Vamos, mestre, foge depressa
para escapares à morte!
- Meu caro
amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu!
Pensar que um pouco de
veneno possa dar cabo de mim...
Depois puxando com os dedos
a pele da mão, Sócrates perguntou:
- Críton, achas que isto
aqui é Sócrates?
E, batendo com o punho no
osso do crânio, acrescentou:
- Achas que isto aqui é
Sócrates?
Pois é isto que eles vão
matar, este invólucro material; mas não a mim.
EU SOU A MINHA ALMA.
Ninguém pode matar Sócrates!
E ficou sentado na cadeia aberta,
enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava
teimosia ou estranho idealismo do mestre.
No dia seguinte, quando o
sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a
sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços:
- Sócrates, onde queres que
te enterremos?
Ao que o filósofo,
semiconsciente, murmurou:
- Já te disse amigo,
ninguém pode enterrar Sócrates...
Quanto a esse invólucro,
enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu...
EU SOU MINHA ALMA...
E assim expirou esse homem,
que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar.
Conhecia-se a sí mesmo, o
seu verdadeiro eu divino. Eterno... Imortal...
Assim somos todos nós seres
IMORTAIS, pois somos ALMA, LUZ, DIVINOS, ETERNOS...
Nós só morremos, quando
somos simplesmente ESQUECIDOS...
Pode pensar sobre isso...
Não Dói!
Adaptado dos fragmentos de Sócrates,
por Platão – A Imortalidade da Alma
Tradução de UBERTO
RHODES
Publicado no
site da kasal – Vitória – Es
www.konvenios.com.br/aticulistas
Em São Paulo – SP
www.pintoresfamosos.com.br/colunistas
Em jornais do RS, SC ePR
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