sexta-feira, 26 de maio de 2017

Quando Acaba o Encanto!


 #SOSEducacao:

Quando Acaba o Encanto...!
                                                 
“Tudo que é desconhecido é desejado...
Até o momento que perde o encanto,
e é desprezado...!”
C. Mazzolli Jeske

Certa vez, há muitos anos, em uma viagem a capital, junto com dois amigos, um deles médico cardiologista, entre um papo e outro para encurtar a viagem, o assunto volta-se às relações. Principalmente ao casamento.
O médico enfatiza uma “pérola”: ”Quando acaba o encanto, acaba a relação...! ”
Surpreendeu-me por vários motivos a frase do amigo; primeiro por ser médico cardiologista e cirurgião vascular – nada desmerecendo-os –porem nesta profissão não são muito “dados” a filosofar, principalmente no sentido romantizado das frases proferidas.
A frase gravou-se em minha memória até os dias de hoje, por isso introduzo no assunto para o título em epígrafe.
Encanto?
Sim! A palavra tem uma origem complicada ou diferençada do que sabemos dela. Vem do latim INCANTARE, “lançar um feitiço contra alguém”, formado por IN-, “em”, mais CANTARE, “cantar”, aqui mais com o sentido de “emitir palavras mágicas”. Acabou mudando um pouco de sentido e passando a significar “maravilhar, seduzir”. Gerou o substantivo “encantamento”.
Fica mais fácil agora entender o porquê de tantas relações iniciadas com paixões febris terem finalizadas por motivos absortos, na maioria das vezes até sem sentido.
                                           
Mas aí entra a frase do meu amigo médico: Acabou o encantamento.
Acabou o maravilhar, o seduzir, o dizer palavras bonitas, o acordar sorrindo, o enaltecer cada gesto, cada ato.... Aquele cumprimento lotado de tantas gentilezas e elogios que deixa o outro com os olhos brilhando. Acabaram-se às percepções à detalhes importantíssimos.
O cardiologista, especialista no coração físico, acabou com sua frase encontrando explicação para o coração metafórico. O não físico. O sentido, exclusivamente, por quem ama, por quem tem realmente sentimentos.
Mas e o fascínio do início da relação aonde foi?
Bem eis outra palavrinha que herdamos do Latim - FASCINARE, também “lançar um encantamento, um feitiço”, originalmente “usar o poder de Fascinus”; deriva do deus FASCINUS, abundantemente representado por um falo na cultura romana.
Mas porque nesse assunto busco tanto o Latim?
Nunca esquecendo que nossa língua mãe tem origem em 75% do romano e 25% do grego. Daí a formação do Latim, e nossa última flor do lácio a Língua Portuguesa.
Sabendo a origem das palavras e seus significados puros, fica mais fácil a compreensão em qualquer assunto.
Mas coloquei o assunto em pauta pelo completo “desencanto” do Brasilês com o nosso amado país.
Tudo virou “fofoquinha”, (mexerico, boato) “falatório” de redes sociais, de “escrevinhadores” (Escrever sem arte, nem gosto, coisas sem grande importância; rabiscar). Metidos a exímios analistas políticos.
Se não ofendesse tanto nossa inteligência diria que seria brincadeira. Mas não é.
Todos sabem, agora, de um momento para outro tudo o que está havendo. 
                                                     
Como se tivessem acordado de um sono letárgico de mais de 13 anos e vendo o céu pela primeira vez agora apenas com algumas nuvens de todo o “temporal” que vivemos e acompanhamos, no cenário político, na última década e meia.
Ler mais o que realmente aconteceu desde, principalmente 1960, é o mínimo que se espera das pessoas que estão “soltas”, literalmente, nas redes, pararem de falar tanta asnice (Ação própria do indivíduo estúpido.)
E se concentrar mais nos verdadeiros problemas que começam com a Educação.
Eis o que tanto buscamos com o professor e escritor catarinense Nelson Valente com nossa hashtags #SOSEducacao.
Afinal, pensar, ainda, não dói...



Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Leitura do Brasil atual
Publicado originalmente no grupo Kasal –
Konvenios – Vitória – ES.
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=28839
Arquivos da Sala de Protheus

sexta-feira, 19 de maio de 2017

"A Língua... Uma Força Biológica!

#SOSEducacao:

A língua.... Uma Força Biológica! 
                                                  
"...A língua uma força biológica!
Não se pode modificá-la com
uma decisão política...!"

O autor

Agora, a unificação ortográfica (só em teoria -*nota do editor) tornou-se viável, de certa forma respeitando-se ainda o critério fonético (ou da pronúncia) em que se baseia na ortografia portuguesa. Mas desde logo um fato que nos tranquiliza: morreu o trema em palavras portuguesas ou aportuguesadas. (exceção para os nomes próprios de origem estrangeira) Era um sinalzinho que não servia mesmo para nada.

Cabe-nos denunciar os maus usos da língua nessas formas de comunicação, para que seus erros não venham a ser motivo de vergonha para nós. Entre as incorreções que destoam no uso da língua, são frequentes pequenos descuidos, até perdoáveis, mas há casos de barbarismo contra a pureza da língua nos aspectos sintáticos, regenciais, ortográficos, sem falarmos de troca tão comum de tratamento, como também de organização ilógica de ideias, o que acarreta, frequentemente, ambiguidades e interpretações errôneas de pensamento. A língua é uma força biológica: não se pode modificá-la com uma decisão política. Pode-se, quando muito, influenciar o uso. É uma função dos jornalistas, escritores, professores e da mídia.
                                
Um bom uso mostra-se pela flexibilidade com que as palavras são aceitas. Todas as línguas estão repletas de palavras estrangeiras que foram naturalizadas. (Também chamadas de estrangeirização – *Nota do Editor -). Os editores, os donos de televisão, jornais e os críticos literários não entenderam que houve uma revolução espiritual, que o nível geral subiu. Comunidade Linguística da Língua Portuguesa: em que se luta para que o português seja reconhecido também como língua oficial da ONU; em que o português vai alcançando o 4º lugar entre as línguas mais faladas no planeta. Não podemos deixar que ela se desfigure e se deturpe de maneira tão galopante, como está acontecendo nos meios de comunicação. Em geral, o erro linguístico depõe contra quem o cometeu.

Convivemos neste século (desde 1911) com duas ortografias oficiais da língua portuguesa, o que sempre foi prejudicial. Aí pode estar à razão de não ter sido o português acolhido, na família ONU, como língua oficial. Em 1931 estabeleceu-se o primeiro acordo ortográfico em ter Brasil e Portugal, sem efeitos práticos. A convenção de 1943 e depois as de 45, 71 e 75 mantiveram sérias divergências. Portugal rejeitou o acordo de 86, com a participação de toda a comunidade lusófona, mostrando que a imposição de uma unificação ortográfica absoluta jamais seria aceita.

                                

Cada língua propõe um modelo de mundo diferente. Por isso não é possível tentar instituir uma língua universal. É preciso, portanto, tentar passar de uma língua para outra. Eu sou a favor do polilinguismo. A diversidade das línguas é uma riqueza. Esse é um fato indiscutível, ligado, provavelmente à natureza humana. Durante séculos, não desfrutamos desse tesouro, porque sempre houve uma língua que predominava sobre as demais: o grego, o latim, o francês, o inglês. Creio que, dentro de uma geração, teremos uma classe dirigente bilíngue. Desconhecer as línguas sempre produz a intolerância. Conhecê-las, porém, não é garantia de tolerância. Nos Bálcãs, os sérvios e os croatas entendem-se, e, contudo... No passado, os que se revoltavam mais ferozmente contra o colonizador haviam estudado na metrópole. Pode-se massacrar uma população conhecendo-se perfeitamente sua língua e sua cultura.

O conhecimento torna-se, então, um elemento de irritação ou de rejeição, do mesmo modo que um marido e sua mulher podem acabar brigando cada vez mais a medida que vão convivendo. A língua tem razões que a própria razão desconhece. Minha filha, que é bilíngue, pediu à sua mãe uma noite dessas: “Mamãe, conte-me uma Geschichte.” Para ela, Geschichte é o conto, a história de Chapeuzinho Vermelho. Para nós, é História em 12 volumes.

Os franceses fazem de conta que brigam com o inglês, mas têm medo mesmo é do alemão. Desde a queda de Berlim, a Europa do Leste transformou-se num bolsão de poliglotismo alemão e há muita probabilidade de que o alemão se imponha na Europa! Nunca, no mundo, alguém conseguiu impor a língua estrangeira dominante.

                                 
Os romanos foram mestres do mundo, mas seus eruditos conversavam em grego entre si. O latim se tornou a língua europeia quando o império romano desmoronou. No tempo de Montaigne, o italiano era o vetor da cultura. Depois, durante três séculos, o francês foi a língua da diplomacia. Por que o inglês, hoje? Porque os Estados Unidos ganharam a guerra e porque é mais fácil falar mal o inglês do que falar mal o francês ou o alemão. O que não impede que os franceses falem de uma "colonização" de sua língua pelo inglês.

O filólogo Antônio Houaiss costuma dizer que “a língua portuguesa tem enorme vitalidade e cresce toda noite”. Quando dirigiu os trabalhos de montagem e edição do Vocabulário Ortográfico, uma obrigação da Academia Brasileira de Letras totalizou cerca de 350 mil verbetes, mas hoje desconfia que o número possa ter subido para 400 mil.

Nota do Editor:

A Língua Portuguesa Brasilesa conta hoje com 228.500 verbetes, 376.500 acepções, 415.500 sinônimos, 26.400 antônimos e 57.000 palavras arcaicas. 

O acordo ortográfico de unificação da nossa língua não passa de 2% desse total, estaremos diante de aproximadamente oito mil vocábulos para serem apreendidos pelos que usam o idioma como ferramenta de trabalho, como é o caso de professores, escritores e jornalistas.

Segundo o acadêmico, Arnaldo Niskier: “É preciso, porém, ainda mais agora com a decadência do ensino e a enormidade de erros veiculados pelos meios de comunicação, distinguir o que pode ser (ou vir a ser) que agride o vernáculo, transfigurando-o, impregnando-o de palavras e expressões alienígenas, absolutamente dispensáveis, tolos modismos e até mesmo erros crassos”. A unificação chegou em boa hora.

Pensar não dói.... Já falar e escrever errado…. É crime!
No Brasil a Língua é instituída por lei!




Das análises do mestre Nelson Valente
Prof. Universitário, Jornalista e Escritor
Santa Catarina – SC – 
No Twitter - @Escritor4
No FaceBook Nelson Valente 
Blumenau – SC
Publicado originalmente no grupo Kasal – 
Konvenios – Vitória – ES – 
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=28815#.WR74ZWgrKyI
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quinta-feira, 11 de maio de 2017

A Cultura de Massas e a Perda das Identidades!

#Cultura:

A Cultura de Massas e 

a Perda das Identidades!
                                              
- Você sabe quem você é.…? -

O Autor!

Vou falar de "gente moderna". Meu objetivo, com esse incômodo e direto texto, não é criticar, mas dar subsídios para que façamos uma profunda reflexão sobre como lidamos com esses novos tempos, como nos relacionamos e o que passamos para as futuras gerações. 
Sempre observo a Sociedade pelo meu prisma de Comunicólogo. 


O mais lamentável é ver como a Comunicação Moderna, ao invés de informar claramente sobre os fatos do mundo, se tornou partícipe de um processo de "formação social". Podem considerar um tipo de lavagem cerebral, anulando a identidade das pessoas que, por não saberem mais quem são e assumem uma persona proposta nas novelas.
O problema, é que não conseguem mais distinguir vida real de ficção, incorporando atitudes, comportamentos, copiados de meros personagens.

É assim que a nossa Sociedade foi produzindo uma geração de pessoas alienadas que desconhecem seu papel na Sociedade a qual pertencem, logo, não se respeitam e não tem discernimento para respeitar o mundo ao seu redor.

Sem Educação, não questionam, porque não tem como compreender a profundidade dos fatos apresentados nos noticiários, cada vez mais tendenciosos e com retóricas viciadas.
Gente educada, tem discernimento, contesta, analisa e vota com clareza. População sem Educação é ignorante, vota sem pensar, e as pessoas, que perderam suas identidades, aceitam uma nova, com um padrão de vida sugerido nas novelas e nos programas de TV. 
                                             
A chave é a Educação. Essa coisa maravilhosa que todos esses governos vêm negando para gerações. Deu nisso. Um povo que não sabe quem é.
A experiência dos mais velhos se torna obsoleta, pois a “sabedoria dos antigos” é absurda e dispensável.

O prolongamento biológico e social da infância e da juventude – com todas as suas marcas, como o caráter lúdico e a criatividade – até idades avançadas e às vezes até o final da vida – diferencia o homem dos outros primatas mais próximos. A oposição das gerações se torna uma oposição da vida social num dado momento.
A imprensa moderna ilustrada, o rádio, cinema, televisão e a Internet estão implantados em todos os cantos do mundo. 

A sociedade está sofrendo mudanças profundas na sua estrutura, as comunicações estão evoluindo de uma forma alucinante e a globalização veio para ficar. A Sociedade de Consumo deu primazia ao homem consumidor e todas as classes sociais foram chamadas a consumir, acreditando adquirir "ascensão social".
Os produtos ficaram mais baratos, pois são feitos em larga escala, atendendo a uma enorme variedade de consumidores com diversos “status” e poder aquisitivo. 

O sistema de comunicação de massa é mundial e os temas culturais que tomaram forma no Brasil invadem os mais diversos tipos de lares.
Apesar das diferenças étnicas, o modelo de beleza sugerido se impõe em todas as camadas sociais, que mudam a cor do cabelo e seu modo de falar e vestir.

                                                                                  
Infelizmente, o que se tornou importante é o aqui e o agora. O agora é definitivamente agora. Nós tentamos viver o que está disponível ali, no momento. Não faz sentido pensar que existe um passado que poderíamos ter agora. Isto é agora, este simples momento. É a diferença entre "Ambição", onde o indivíduo aguarda os resultados de seu esforço, e a "Ganância", onde ele quer tudo já e agora, não importando que o resultado seja menor ou pior. Desde que seja agora.


Nada místico, apenas “agora”, muito simples e direto. E desse “agora”, contudo, emerge sempre um sentido de inteligência de que estamos constantemente em interação com a realidade um por um. Lugar por lugar. Constantemente. Nós na realidade vivemos uma fantástica precisão, constantemente. Uma vida de ilusão.
O que constitui a originalidade, a especifidade da Cultura de Massas é a direção de uma parte do consumo imaginário, pela orientação dos processos de identificação, para as realizações. 

Mas a vida não pode consumir tudo e a Sociedade consumidora não poderá dar tudo. Ela retira mesmo quando dá. Proporciona segurança, mas não retira o risco e torna fictícia uma parte da vida projetando os espíritos dos espectadores em universos figurados ou imaginários, o que faz com sua alma migre para os inúmeros sósias que vivem para ele. 
A Cultura de Massas adapta essa projeção de identidade para se integrar a vida social e tomar partido dos cheios e dos ocos da civilização pela qual foi produzida.

Tudo o que vem de dentro da mídia controlada são coisas que levam todos os incautos e influenciáveis a caminhos errados e pouco morais.
Veja o que ocorre com nossa juventude que, na sua ânsia de ser aceita socialmente, abre mão da própria personalidade num período tão importante para sua formação, surgindo então, um tipo de "individualismo coletivo", ou seja, para você ser aceito num grupo, você pode ter sua personalidade, desde que seja igual aos outros do grupo, caso contrário, será traumaticamente excluído. 

Os jovens tornam-se disformes e inexpressivos, como rabiscos que não foram passados a limpo. Comunicam-se por monossílabos, sem interação profunda, de preferência através do celular. Isso é terrível.
Não há um esforço para garantir a unidade, apenas a individualidade importa. A moral é cínica, o egoísmo é legal, faz mais sentido ser racional, pois o temperamental será banido para o nada. A filantropia, praticada como “pilantropia” reforça o consenso de que não existe altruísmo.
Certamente, técnica, indústria, capitalismo levam em si uma civilização pouco realista, que inscreve os grandes ímpetos subjetivos na busca por aceitação social. Mas esse realismo orienta o afluxo subjetivo sobre o indivíduo vivo e mortal.

Curioso que uma sociedade que prega o individualismo, promova a perda de identidade como um meio de controle. Então como todo mundo, o indivíduo comete tantos clichês que acaba repetindo tudo o que já disseram, acaba escrevendo em blogs, não consegue passar um dia sem acessar seu e-mail e não imagina ficar sem celular.
Podemos presenciar uma nova classe de pessoas, com novos traumas e outros tantos vícios, que foram criados para massificar, para tornar o mundo um comercial e assim, devorar qualquer indicio de individualidade cultural.
Nós não nos damos conta de que vamos a algum lado e consideramos isso um incômodo.

Desde que Lacan cunhou o termo "sintoma social", vinculando sua leitura ao trabalho empreendido por Marx, as interpretações psicanalíticas do mal-estar na Cultura têm tomado preferencialmente a via do "destino trágico". 
Por um lado, encontram-se análises dirigidas pela crítica, de cunho "sociológico", ao "individualismo narcisista" dos tempos modernos.
As pessoas se tornaram previsíveis, à cada dia que passa, menos qualidade, menos caráter, apenas egoísmo, mesquinhez, ego, vaidade e poder!
                                             
Efeito Pigmalião (também efeito Rosenthal), é nome dado em psicologia ao efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.

Em apenas duas décadas depois tudo ficou muito pior. Primeiro por que nosso ávido mercado de consumo transformou a ideia de identidade em produto rotativo. Você facilmente adquire uma nova identidade pagando seu design em 24 prestações em seu cartão de crédito. Técnicas de condicionamento, figurino, e manuais de autoajuda podem auxiliar na busca de tentativa de sucesso na adequação para a perda de sua identidade o ajustando ao ideal do mercado de consumo.


Esse efeito, chamado também de profecia autorrealizável, porque quem faz a profecia é na verdade quem a faz acontecer, afeta as relações em todos os campos da vida, e quando se espera coisas positivas das pessoas, essas tendem a vir; quando espera coisas negativas, elas provavelmente serão confirmadas.

Gente que pensa pequeno, faz pequeno e colhe resultados pequenos. E, por pensar pequeno, sempre busca um culpado pela sua pequenez.
Espero que, nesse pequeno ensaio, desperte algum alerta que faça os leitores refletirem sobre suas atitudes. Precisamos de uma Sociedade mais saudável e consciente.
A vida pode ser muito mais simples. 

A busca por ter tudo, trocar o velho pelo novo, traz desconforto. Mas a Sociedade nunca está satisfeita.
Uma vida com simplicidade é um dos valores que ainda serão percebidos como essenciais. 
Para o Professor Doutor Sergio Avellar.... Pensar não dói... 



Entendimentos & Compreensões

Sérgio AVELLAR - profissional multimídia.

Comunicólogo com doutorado em "Master en Publicidad" 
pela Universidad de Barcelona, onde se aprofundou sua tese 
sobre a "Cultura de Massas e a Perda das Identidades". 

Autor e mantenedor da Rádio RockPuro, um formato exclusivo.

No Twitter - @RadioRockPuro 
avellar@rockpuro.net
Release: http://rockpuro.net/sergioavellar.html 
Publicado originalmente no Grupo Kasal
Konvenios – Vitória – ES.
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=28813
Arquivos da Sala de Protheus




Obs.: 
Todas as obras publicadas na Sala de Protheus
são de inteira responsabilidade de seus autores.

O Editor!

sexta-feira, 5 de maio de 2017

De Que Lado Você Está, Afinal?

 #Cidadania:

De Que Lado Você Está, Afinal?
                                              
"...Quis custodiet ipsos custodes?"

Juvenal – Poeta Romano Satire 6. 346–348 aC


A frase, em epigrafe e em latim é do poeta romano Juvenal. Já foi traduzido de muitas formas. Como por exemplo:
Quem vigia os vigilantes? Ou ainda, Quem guardará os guardas?
Em nosso tempo poderemos ainda acrescentar: Quem fiscalizará os fiscalizadores?
O problema essencial foi proposto por Platão em A República, sua obra sobre governo e moralidade. A sociedade perfeita como descrita por Sócrates, o personagem principal da obra depende de trabalhadores, escravos e comerciantes. A classe guardiã para proteger a cidade. A pergunta é feita a Sócrates:
"Quem guardará os guardiões?" ou, "Quem irá nos proteger dos protetores?" A resposta de Platão para esta pergunta é que os guardiões irão se proteger deles mesmos. Nós devemos contar a eles uma "mentira carinhosa." A mentira carinhosa lhes dirá que eles são melhores do que os que eles servem e é então, responsabilidades deles guardar e proteger aqueles que são menos do que eles mesmos. Nós instigaremos neles um desgosto por poder ou privilégio; eles irão mandar porque eles acham ser corretos, não porque eles desejam.
                                           
Depois de tê-lo colocado no contexto histórico, desta importante frase, lanço a mesma pergunta, em nossos tempos, em que querem o impedimento de Ministros de nossa Suprema Corte.
A mesma, constitucionalissimamente, responsável por ser a guardiã maior, abaixo apenas de Deus, de toda a nossa dita “sociedade”! Longe de falsas ideologias, ou egocêntricos conceitos jurídicos e sociais, aos quais, estamos sob a égide hoje.
Confesso-lhes sou à favor e mantenedor de nossa Constituição Federal e de todas as suas Instituições. Acredito nelas piamente.
O que devemos, neste momento, crucial para nosso país, é separar as instituições, dos homens, “meros mortais”, abaixo do estado, que somos nós, e muito abaixo da Pátria que é o nosso Brasil.
Devemos ir às ruas, atirar pedras, andarmos armados, ter cassetetes atrás da porta, ou facões, como dizem os gaúchos?
Não! Certamente que não.
                                       
O que precisamos é de algo mais autêntico, mais profundo, mais dotado de uma humanidade, sim do “humos” - mesma origem de humanidade e de humildade – Terra, esterco -.
Devemos ser terrenos, como realmente o somos. Terráqueos. Mas, sobretudo, brasileses de alma e coração.
Senão não justifica que, no mínimo quem pense diferente, seja considerado cidadão deste amado país que nossos pais nos deixaram, e que Deus em Sua Infinita Misericórdia, abençoou como uma terra linda e promissora.
Se não separarmos, em nossas opiniões diárias, nas ditas ”redes nada sociais” o que desconhecemos e emitimos como opinião e desconhecemos como é o funcionamento, então não seremos diferentes daqueles a quem estamos julgando diariamente. Em todos os momentos.
Estas palavras foram usadas por muitas pessoas para ponderar a insolúvel questão acerca da separação de poderes, durante séculos, que define onde o poder deve ficar. O modo como as chamadas democracias modernas tentam resolver este problema é com a separação de poderes. A ideia é nunca dar poder absoluto para nenhum grupo, mas sim deixar os interesses de cada um (como executivo, legislativo, ou judiciário) competir e conflitar com o outro. Cada grupo irá então procurar devido a seus interesses, impedir o funcionamento do resto e isto irá manter o poder absoluto em uma luta constante, logo, longe das mãos de qualquer grupo.
O que ninguém, repito: NINGUÉM deve esquecer, é que quem elege os membros destas instituições que regem nosso amado Brasil somos nós, os eleitores, os habitantes deste pais, agora a partir dos 16 anos, e em sua grande maioria homens e mulheres com filhos e netos.
                                         
O que deixaremos como conceito moral para esta geração?
Nossa passividade em não lutar? – Entendam aqui luta de ideias e não de armas, por favor-!
Nossa singularidade de somente reclamar nas “redes sociais” da Rede Mundial de Computadores?
Como sempre afirma a paulistana Marisa Cruz, grande guerreira das redes sociais: Devemos fazer um trabalho de “formiguinha”, e começar em nossa própria casa; O que estamos fazendo de errado com nossos filhos ou o que não estamos fazendo por eles?
Vamos a escola para ver como ele está se portando ao adquirir conhecimento? Sim, pois a educação é de casa e não da escola.
Participamos das reuniões dos vereadores de cada cidade para saber como andam os projetos de nossa própria comunidade?
Quando você conseguir respostas positivas para todas estas questões, então sim, poderá cobrar em todos os níveis como cidadão.
Mas antes precisa ser cidadão no sentido completo.
Pensar não dói.... Já ser cidadão requer participação ativa.
Sempre!




Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Leitura das Sátiras, capitulo 6
Registrado na República por Platão
Coleção Os Pensadores –
Nova Editora Cultural – 1990
Publicado originalmente no Grupo Kasal –
Konvenios – Vitória – ES.
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=28798#.WQyFx-UrKyI
Arquivos da Sala de Protheus

terça-feira, 2 de maio de 2017

Totem!


Totem!

O Totem é um símbolo psicanalítico e também da cultura indígena norte-americana, que significa o "animal da alma", em nossa cultura na Umbanda algumas linhas os reconhecem como caboclos (por conta de sua origem indígena americana), outras como um tipo de exu e pomba-gira. Seja como for, desde jovem é um animal com que me identifico, assim como me identifico com cactos.

                                           
Totem!

Transmuto-me no meu Totem
Pantera negra
Esguia,
Espia,
Silenciosa,
Ronda,
Espera, silenciosamente espera,
Entre frestas do mato,
Guiada pelo cheiro da tua pele


Vejo-a: branca como a Lua
E nessa noite de luar
Invado teu sitio
Devoro teus bichos
Besta fera que sou
Cheia da negritude da noite
A íris que reflete minh’alma em cores delirantes
Te fita em fome e desejo luxuriante
Já não sou besta fera
E tu podes me ouvir ronronar
Pantera negra, negra pantera


Destruo as flores
As cores, a casa, a cama
Penetro como um feitiço xamânico
Tua alma desesperada
Com o urro do meu amor
Te destroço em pedaços
Para que nada mais tu encontres
A não ser a negra pantera


Esse único ser, selvagem, transmutado
De pelo negro e íris cor de mel
Que aterrorizado,
Apaixonado,
Enlouquecido,
Dissolvido
Tu acaricias o pelo
E deita ao lado
Para amar 
Enquanto a lua
Ilumina a fera, negra fera
Que vira mulher, negra, fera, pantera.




Entendimentos & Compreensões
Das percepções de 
Candida Maria Ferreira da Silva
Assistente social, teóloga, especialista em Infância e Violência doméstica pela UFF, palestrante.
Rio de Janeiro - RJ
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