#SerieCidadania:
E Daí e Daí...?
Proibiram que eu te amasse
Proibiram que eu te visse
Proibiram que eu saísse
E perguntasse a alguém por ti.
Proíbam muito mais, preguem avisos
Fechem portas, ponham guizos
Nosso amor perguntará:
E daí? E daí?
E daí, por mais cruel perseguição
Eu continuo a te adorar
Ninguém pode parar meu coração
Que é teu.
Que é todo teu.
E Daí... – Miguel Gustavo
Bem,
amigos. Vou chamar em testemunho: meus longos/breves 70 anos de vida para
constatar, que "nuncadantesnahistóriadestepais"
o nosso Brasil necessitou tanto de uma “declaração
de amor” deste tamanho. Há pouco tempo atrás escrevi a crônica MINHA UNDÉCIMA CRISE na qual obviamente a
atual não se incluía. Esta é décima segunda e a mais grave das que me lembro.
Na
realidade o Brasil é uma “crise política
permanente” há 193 anos desde a sua independência, que na verdade nada mais
foi mais que a passagem do “bastão de
mando” do monarca português ao seu “filho
português”, numa óbvia aplicação do princípio do “vão-se os anéis, mas ficam os dedos”. Só se esqueceram de combinar
com um Oceano Atlântico de distância e seus lentos barcos a vela para manter um
esquema de comunicação eficiente para manutenção de esse poder.
O “gigante” sempre se mostrou generoso em
doar suas riquezas, de modo a fazer, que todo e qualquer tipo de estupidez
política, impedisse seu crescimento e mantivesse a promessa permanente de uma “potência em gestação”, como uma
esperança futura de igualdade social. Os “filhos do gigante” apenas se esqueceram
de que esse objetivo se alcança com luta e não com esperanças infundadas em
promessas idem de “espertalhões
políticos”.
Eis-nos,
pois em 2015 repetindo a “lição
histórica” de 1930, 1960, 1964, repetindo-a de novo em 2002. A grande
questão sempre foi a de que essa “justiça
social” tem que ser para toda a nacionalidade e não exclusivamente para
resgatar a “classe dos excluídos”. Não
há como fazer as classes mais pobres crescerem, sem que cresçam as classes
sociais imediatamente acima diz o ensinamento econômico. É a Economia,
estúpido!
Entretanto,
para essa “roda da fortuna” gire é
essencial que exista um componente básico e que não é o dinheiro. É a confiança
de que os agentes políticos estabeleçam regras claras, quanto a estabilidade e
segurança jurídica para todos os componentes dessa “cadeia produtiva”, que é a sociedade como um todo. Patrões,
empregados e, sobretudo agentes políticos unidos em confiança e respeito mútuo
de deveres e obrigações. Da confiança nasce o respeito, inclusive do mundo lá
fora.
E
qual o termômetro dessa confiança? É evidente que é a interação dos agentes
econômicos, quando respaldados por essas “regras
críticas”.
O que
enxergo de benéfico na crise atual é que pela primeira vez se questionam todos
os valores sociais a partir da Operação Lava Jato, da arguição da atuação do STF,
STJ, TSE, TCU, da própria instituição da Presidência da República e do
Congresso Nacional. Nunca uma “crise
política” reuniu no mesmo pote todas as instituições da República e por
isso as questionam e contestam.
Nossos
políticos ainda viajam nas mesmas caravelas em que partiu Dom João VI e por
isso estão a um “Oceano Atlântico” de
distância na escuta dos reclamos da sociedade, que descobriu nas redes sociais
o “megafone” dos seus “justos reclamos”.
Não
sei se teremos o impeachment da
Presidente, mas sei com toda a certeza, que um Novo Brasil emerge, ainda que
lavado com lama. Quem diria que a lama purifica?
E daí
e daí, SOCIEDADE...?
Dos
Entendimentos, Percepções & Compreensões
Antônio
Figueiredo
Cronista
& Escritor
São
Paulo – SP
Exclusivo
para a Sala de Protheus
Obs.: Todas as obras publicadas
na Sala de Protheus
são de inteira responsabilidade de
seus autores.
O Editor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário