#PensarNaoDoi:
A Ciência em Números!
- Sim, sustentou Kant: a matemática era
independente das sensações, era verdadeira a priori antes da experiência. O
quadrado de 5 seja lá qual for à opinião
dos sentidos.
- Não, respondeu Mill (J. Stuart Mill);
Cremos que 2 mais 2 são 4 unicamente porque através da experiência individual
nos fomos convencendo de que 2+2=4.
- Todo conhecimento, diz Locke, se deriva dos
sentidos e ainda as mais altas deduções matemáticas se mostram precariamente
incertas enquanto a experiência dos sentidos não lhes apõe o selo da aprovação.
Will Durant
Há
quem afirme que não seria feliz sem os números e isto é bem verdade,
principalmente para os amantes da Matemática. Os números estão presentes em
todas as situações de nossas vidas e muitos deles até nos soam engraçados,
supersticiosos. Dizem
que gato tem sete vidas; que se quebrar um espelho serão sete anos de azar; que
o sete é conta de mentiroso, mas para os ensinos cristãos trata-se de um número
que simboliza a perfeição, ou seja, as três Pessoas
da Trindade somadas aos quatro cantos da Terra. O ‘666’
por todo tempo vem assustando e a muitos deixando cabreiros até ao se pronunciar,
mesmo em se tratando de numero humano. O primeiro seis significa o maior poder
da Terra que é a Política; O segundo seis o segundo poder que é a Religião e o
terceiro significa a ganância, a cobiça, a ostentação humana. Deus fez o homem
um pouco abaixo que a Trindade e ainda criou o mundo em seis dias, descansando
no sétimo. Já a sexta-feira treze é o mais clássico caso típico de ‘azar’ e não tem mais explicações. E
pelo jeito, por este Brasil afora o treze continuará no folclore brasileiro,
desta feita de uma forma bem marcante e nada lendária.
Pelé
usava a camisa “13”. Um problema com
ela e usou a de número ”10”, imortalizando
mundialmente o “10 é a camisa dele”,
chutou o Brasil mais alto... É goolll! A plateia aplaude e pede bis... Depois,
Zico... Hoje o Brasil joga muito mal para ter um verdadeiro “camisa 10”. Contudo, rumemos para os
portais da filosofia da Matemática, Aritmética, Geometria e como o Número
importa-nos, devido ao afinco de estudioso como Kogre, Euclides, Tales,
Galileu, Riemam e Bobatchevski, Newton e remanescentes enfim. Pois, desde a
casa em que moramos ao sapato que calçamos, tem sua consistência e sua
construção calculadas matematicamente. Toda ciência é escrita em linguagem
matemática, numérica. De tal maneira, as leis naturais se adaptam ao cálculo e
ao tratamento matemático criado pelo “O
Grande Matemático”.
Como
todas as ciências a Matemática tem suas raízes na experiência sensível e nas
necessidades diárias das comunidades humanas. O homem primitivo evoluiu
deixando sua vida de economia coletora a uma economia de produção controlada e
forçada, necessitando assim, aumentar sua numeração em dezenas, centenas,
milhares e frações. A necessidade do comércio gerou a contabilidade, a compra e
venda; as operações de somar, subtrair, dividir, multiplicar. O tempo deveria
ser medido. Os tributos, impostos e as demais exigências de cálculos para construção
de casas; de prestação de serviços; de plantio, colheita, compra e venda, foram
exigindo cada vez mais o aperfeiçoamento das técnicas matemáticas.
Das
ciências Matemáticas, as mais antigas foram a Aritmética e a Geometria. A
geometria é filha direta da agricultura às margens do Rio Nilo. As inundações
periódicas deste rio nas terras cultiváveis traziam uma dificuldade séria – as
linhas de separação entre as terras eram destruídas todos os anos e deviam ser
traçadas com frequência. Por isto, inventaram a arte de medida da terra, isto é
a geometria (Geo+Terra); (Metria=Medida).
Os egípcios por experiência sabiam que quando se construía um triângulo cujos
lados eram 3, 4, 5 obtinha-se um triângulo retângulo. Essas proporções levam os
gregos a uma construção teórica de onde nasce a Matemática. De fato, os gregos
separam pela primeira vez a geometria das preocupações perramente empíricas
tornando-se uma ciência nacional. Outras contribuições teóricas foram feitas
por Tales de Mileto (Sec. VI aC.), matemático
e filósofo considerado o primeiro “Lousada”
grego, “O Pai da Filosofia”,
demonstrando na área da geometria, por exemplo, que todos os ângulos inscritos
no meio círculo são retos e que, em todos os triângulos, a soma de seus ângulos
internos é igual a 180° - 623 a 546 a.C.
“A
filosofia se encontra escrita neste grande livro que continuamente se abre
perante nossos olhos (...) ele está escrito em língua matemática (...)”. Sem estes meios é impossível entender humanamente as
palavras. “Sem eles nós vagamos perdidos
dentro de um obscuro labirinto” Galileu. Posteriormente, a Teoria de Pitágoras considera o número
de todas as coisas derivando a harmonia da natureza (...). Nossa vida está
cunhada à imagem de números. A numerologia de Pitágoras, os números de CPF,
RG., senhas, contas e agências bancárias, sem contar quando apreciamos alguém
dizendo-nos: “Você é mesmo um número
ímpar”! E assim, com perplexidade, assombros,
superstição pelo número, dia ou qualquer outro motivo, cá estamos, nós brasileiros
vivendo mais um marco da História, sobre o suplício de incontáveis cifras
numerárias, que não se comportam em nossos bolsos, mas sim, a devassidão
costumeira que enchem as bocas insaciáveis pela ganância, deixando o País,
numa retomada não só econômica de difícil
norte acertado, mas sim, também através de impetuosas ondas ouvimos o grito não mais calado e nunca
desencontrado – Valha-nos Deus!
Marilene Marques, Mineira, Aposentada,
Trabalhando com Voluntariado Social
Região do Vale do Aço – MG.
Fonte:
Fundamentos da Filosofia, Ser, Saber e Fazer. Cotrim, Gilberto.
Filosofando – Introdução à Filosofia. Aranha, Maria Lúcia de Arruda e Martins, Maria Helena Pires.
Novo Curso de Filosofia. Tales, Antônio Xavier.
Obs.: Todas as obras publicadas na Sala de Protheus
são de inteira responsabilidade de seus autores.
O Editor!
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