“Fragmentos!”
“... Assim,
múltiplo e grande, ou melhor, universal é o poder que em geral tem todo o amor,
mas aquele que em torno do que é bom se consuma com sabedoria e justiça, entre
nós como entre os deuses, é o que tem o máximo poder e toda felicidade nos
prepara, pondo-nos em condições de não só, entre nós, mantermos convívio e
amizade, como também com os que são mais poderosos que nós, os deuses...!”
O Banquete
– Platão – 354 a C.
Segundo Edgar Amorin: “Existe, atualmente, uma grande rede espontânea
de propagação de pensamento complexo”.
Entre nós, também. Pessoas buscam
o inexplicável para “tentar” se
posicionar como gente. Esquecem os sentimentos mais nobres. Porém os mais
fáceis de serem convertidos em ação. Amar é razão. Razão é amar.
Precisamos, em termos de amor,
também descobrir que “pensar não dói...”.
Os pequenos fragmentos do
dia-a-dia, se juntados, constituem-se em valores primordiais deste “bicho- homem” tão carente de ações
essenciais para o seu próprio coração. Com a mania de “juntar”, anotar, guardar, tudo que de bom meus ouvidos percebem,
diariamente, pequenos fragmentos se tornam elucidativos do pensamento das
pessoas que nos rodeiam.
Algumas convivem rapidamente.
Outras estão conosco tanto tempo, no trabalho, na sociedade em geral, que vez
por outra dizem coisas, diferentes. Balbuciam frases, que no fundo, tem sentido
profundo. Senão para nós, para eles mesmos. Talvez seja a forma encontrada de
ir fundo, muito fundo, da busca incansável do próprio “Eu”.
Mas elas vão. Destes acontecimentos
fugazes algumas coisas devem ser divulgadas como forma de inteligência deste
amável “bicho-homem”.
1.
Sonhar é sentir se realizar um sonho. É como
viver coisas que nunca viveu. É sentir o que nunca sentiu. Alegria não é para
todos, uma forma de viver, mas um motivo para a vida. Ter alguém com quem
compartilhar os sentimentos não é para qualquer um, mas sim para todos. Todos
os que querem Ter alguém, com a certeza de nunca perdê-lo.
2.
Existem pessoas sem sentimentos. Sem amor. E por isso são “contados” como frios e desumanos. Mas o ponto em questão não é
isso, mas sim como se encara um assunto. Como se vive com alguém desumano e sem
amor e fazê-lo sentir o amor e a humanidade que existe em nossos corações.
Embora, não seja imediato, mas há tempo para tudo, debaixo do sol. O tempo,
inclusive, de amor.
3.
Homens permanecem fieis a seus caminhos na
medida em que tais caminhos se ajustam às circunstâncias. Pois a sorte é uma
mulher, sendo necessário, para dominá-la, empregar a força. Pode-se ver que ela
se deixa vencer pelos que ousam e não pelos que agem friamente. O ato criativo
traz novos prazeres e culminamos em um processo de realização.
4.
Já que de um modo geral, os homens julgam mais
com os olhos do que com o tato. Todos podem ver, mas poucos são capazes de
sentir. Todos veem a aparência feminina, poucos sentem o que realmente são.
Se pretender conquistar e manter, será
sempre tido como honroso e elogiado por todos, os que se identificam com a vida
e se alguém com o seu esplendor, beleza,
dedicação ousar, conseguirá.
Muitos destes fragmentos,
figurativos, lembram “conselhos” do
grande Maquiavelli, em 1492. Usados com imaginação para a decifração de
sentimentos e de atitudes entre o bicho-homem, torna-se não manipulativo, mas
especulativo. A tendência de explicação sobre as ações, principalmente, entre
homem e mulher, já rendeu páginas e páginas, de romances intrigados, de
tratados psicanalíticos, de dissertação psicológica, mas, sobretudo, é uma
parte da evolução deste ser tão animalmente sofisticado, racional, e ao mesmo
tempo tão instintivo.
As formas prazerosas de
convivência transformam-se conforme as necessidades sociais. Em nosso tempo,
parece, estamos buscando valores mais convincentes na relação do homem com a
mulher. Muito mais de sentimento do que simples instinto de macho e fêmea.
Muito mais de saber que amor é razão. Racionalizamos mais quando amamos.
Pensamos menos quando não amamos. E este “pensar”
não é simplesmente na forma de condução sentimental. Transforma-se em
lubrificante para os neurônios. Talvez precisemos amar mais. Mas, sobretudo, temos que pensar.
Tenham a certeza, não dói... Nada.
Não tem contraindicações. Dá efeitos colaterais. Isto sim. Mas, sobretudo, não
importa como: Ame. Seja gente.
Pode continuar sendo instintivo, mas
racionalmente. Caso contrário terá contraindicações e grandes efeitos
colaterais.
Vamos tentar?
Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Publicado no Grupo Kasal – Vitória – ES –
www.konvenios.com.br/articulistas
Amar é um exercício de convivência. Há de se ter amor bastante para dias de mau humor, congestionamento no trânsito e mental. Amar é ouvir e ser ouvido para que os laços de cumplicidade se fortaleçam a ponto de superar as intempéries. Amar em muitos momentos é olhar olho no olho sem nada dizer e tudo ali, naquela fração de segundos, ser entendido no mais perfeito silêncio. Mostrar-se de corpo e alma ao ser amado... O corpo, banalizado hoje em dia, aparece em qualquer horário, de qualquer jeito, como se fosse uma mercadoria. Não é assim... É sagrado no que tem de instintivo e de sentimento. Desnudar-se diante do outro é fragmentar-se em sentimentos e desejos. Ame a natureza, a vida, os outros, fraternalmente, e cultive o amor em si para florescer "na luz de seus olhos" o GRANDE AMOR!
ResponderExcluir