sexta-feira, 29 de abril de 2016

#Humanidade:

Mulheres Elevam-se Sofrendo!
“ Eu entendo-me sempre melhor com uma mulher 
do que com um homem A conversa é sempre mais 
solta, mais descontraída. Eu acho que a relação com 
as mulheres é mais direta...!

José Saramago. Escritor Português.

                                     Durante alguns anos, professei para professores e executivos nos 4 estados do sul do Brasil, nas regiões oeste. Subindo sempre ao lado dos países andinos.
                            Geralmente as turmas eram de mulheres. Nada demais. Apenas por que elas se inscreviam mais nas universidades.
Sempre relutei em escrever sobre tudo o que vi, senti e aprendi com elas nestes longos anos. Todas são exemplos de muito sofrimento. Mulheres jovens. Entre os 25 e 30 anos todas já tinham ou especialização ou mestrado em alguma área humana, principalmente. 
Como é feito uma anamnese com cada aluno, conheci através de relatos histórias tristes, que deixaram marcas nestas mulheres, das quais, creiam-me: muitos poucos homens seriam tão fortes.
                                Jovens mulheres que os pais “casaram” aos 15 anos... Outras que tinham perdido filhos por causa de maus tratos dos tais de “maridos”... Sim, violência física contra mulheres grávidas. Outras professoras, que me mostravam marcas físicas de surras de tais “homens” que se diziam maridos, que tinham jurado sobre altares e sobre as leis... Dos homens e de Deus... Pura falácia... Não conseguiam conter seus impulsos primitivos.
                                     Mas o que mais chamava-me a atenção, é que elas tinha como se “esquecido”, dado a “volta por cima”... E só as cicatrizes no corpo... E na alma... Denunciavam o quanto sofreram por ter um tal de “parceiro”, que lhes dizia amar.
                                     Confesso-lhes que como gaúcho (por mais que nos rotulem de toscos e grossos) nascemos com princípios rígidos de educação e respeito pelos mais velhos e, mais ainda, pelas mulheres.
Pais gaúchos dizem: Como gostaria que tratassem tua irmã? Então cuida-te como vai tratar as mulheres...
                           Não é demagogia, fomos literalmente “feitos” educacionalmente, para respeitar a mulher que pode fazer o que nós não podemos fazer... Gerar um filho!
O escritor Miguel Esteves Cardoso já disse:
“ A minha mãe ensinou-me que, para uma mulher, os homens são um pouco simplórios e que, para mantê-los interessados, basta como uma torneira, de onde ora sai a a água quente ou a água fia. Oscila-se entre as duas temperaturas do modo mais aleatório possível, para que eles jamais possam prever como vai correr o feitio das mulheres. O segredo das mulheres nunca contou. Era leal a causa.!”
                                Conheço histórias de mulheres que perderam 4 filhos, seguidos, e conseguiram lutar e levar avante mais duas maternidades, e hoje se orgulham de seus príncipes e princesas. Mesmo depois do marido ter sido canalha, gigolô (sustentado pelas mesmas) e muitas que até o sogro ajudou vendo a canalhice do filho.
E mesmo sofrendo tanto... Algumas dizendo que nunca mais “um homem as tocaria”... Tocaram suas vidas e hoje são mães, esposas, executivas, profissionais, autossuficientes e não dependem de nada.
Mas a pergunta que fica: 
                                Será que a essência de uma mulher princesa, de tantos sonhos desfeitos, continuou a mesma depois de tanto sofrimento impingido pelos ditos “homens”?
Fiz esta pergunta muitas vezes... Algumas respostas eram somente um sorrisinho de “canto de boca”. Outras diziam: Não profe. Jamais fui a mesma pessoa. Outras diziam ser uma “missão” e ter filhos, ter descendentes era mais importante que tudo.
Outras respostas, confesso: não tenho coragem de mencionar aqui. Elas foram fortíssimas e continuam até hoje.
Lembro-me de uma professora que já tinha uma filha formada na academia, continuava dando aulas... E continuava o sofrimento. Perguntei-lhe:
- O que te faz aguentar, suportar.... As respostas eram sempre evasivas....
Para todos da região oeste do Brasil, o mar é um sonho que poucos conseguem realizar de conhecer.
Sempre dizia e narrava como era a primeira impressão de chegar na areia e olhar aquela maravilha de Deus, que parecia não ter fim... Vimos o quanto somos pequenos... E ao mesmo tempo o quanto somos fortes... Pois dele tiramos energias
Certo dia, alguns anos depois, desta mesma professora recebo mensagem eletrônica dizendo:
Profe:
Consegui me separar, hoje estou no interior de outro estado (um pouco acima e onde estava) conheci um homem maravilhoso, simples, mas me trata como uma rainha.... 
E já me levou conhecer o mar... E foi exatamente como o senhor descreveu... Foi o melhor presente... E quando toquei a agua para ver o gosto salgado, sorri e te agradeci te mandando bênçãos.
A narrativa me emocionou, assim como recebo até hoje, relatos de mulheres inteligentíssimas, médicas, psicólogas, de profissões bem definidas, autossuficientes e que narram histórias que parecem serem mais do tempo das cavernas.
Fica a pergunta aos ditos homens, aos ditos “machos”:
Em que momento da vida se perderam de tal forma e serem tão diabólicos.... Não diriam animalescos, pois os animais não tratam as fêmeas desta forma... O que houve com suas educações? O que não trouxeram de casa? De seus pais? Nenhum exemplo? E de suas irmãs? Nada.
Sim... Nada
Profe: não se preocupe temos Deus no coração... E superamos e nos tornamos muito mais fortes, talvez, do que jamais fomos.
Quem sabe não seja esta a missão da mulher?
Não acredito. Somente um ser dotado de uma compaixão divina poderia dar uma resposta destas.
Continuo acreditando no ser humano, e que neste século vinte e um possamos aprender com as mulheres... Somos apenas meros reprodutores que ainda não descobriram a “cabeça de cima”... Muito triste.
Pensar não dói.... Já ser cafajeste e primitivo...



Entendimentos & Compreensões
Pensamentos da Madrugada,
Homenagem a alunas, agora amigas de alma
Guerreiras que levo na lembrança.
Publicado originalmente no grupo Kasal – Vitória – ES.
http://konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=27714#.VyP8NfkrK00
Arquivos da Sala de Protheus.
www.epensarnaodoi.blogspot.com.br

terça-feira, 26 de abril de 2016

#SerieCidadania

Movimento E Mudanças!
“A política no Brasil só se movimenta,
mas não muda...”

                                 O Brasil cumpriu no último 21 de abril 30 anos de prática de regime democrático, sem a ocorrência de golpes ou intervenções militares. Neste período, “como nunca dantes na história deste país”, a caserna entregou integralmente nas mãos civis a condução política da nação sem aplicar-lhes “corretivos políticos” e a partir de então o Brasil assistiu à uma intensa movimentação política entre correntes, quer ao centro e à esquerda, pois à direita nunca nenhum partido político teve coragem suficiente para assumir suas diretrizes e é dessa “direita de ofício”, que o país sempre se ressentiu a ausência. A Direita Conservadora.
                            Bem, a rigor a sociedade brasileira nunca se posicionou nem como conservadora e nem tampouco como progressista, ou ainda liberal. Nos falta tempo de história para que isso ocorra e isso se reflete principalmente na formação ideológica de nossos partidos políticos, na expressão da nossa cultura popular comum e no comportamento cidadão de convivência. A “colcha de retalhos” étnica da nossa formação ainda levará algum tempo para se tornar um tecido harmônico e comum.
                                 Muito se tem falado sobre a importância da Educação para a formação da cidadania, pois é através dela que conceitos são aprendidos para a correta compreensão dos aspectos políticos, culturais, comportamentais e dos próprios direitos fundamentais do cidadão. Se este mesmo cidadão não consegue se encontrar dentro desses parâmetros básicos, como poderá se atrever a fazer política? Essa é a razão principal do atual estado de coisas no Brasil de hoje. Cidadãos desinformados ou formados de forma deturpada ditam regras e normas de atuação política.
                              Mistura-se “direita” com conservadorismo e “esquerda” com progressismo, esquecendo-se que o perfil individual de qualquer cidadão pode ostentar uma parte conservadora, outra progressista e ainda outra liberal. Nada impede que um cidadão, que defenda a tradição e os bons costumes, (conservador), seja favorável à ampliação dos direitos sociais dos mais necessitados, (progressista) e seja de “mente aberta”, (liberal), no tocante ao comportamento social moderno. Um progressista, ou conservador, ou liberal 100% seria uma “aberração social”.
                                        Na realidade no atual momento político brasileiro o nivelamento pelo “mínimo classificador comum” corresponde a um emburrecimento proposital com a finalidade de criar seitas e falanges e com isso fazer com que periodicamente ocorra uma “movimentação” em uma ou outra direção com encastelamentos radicais, que é o componente mais forte a impedir um consenso social e com isso as “mudanças necessárias”.
                                           
A história de uma pessoa ou de um país é a cronologia dos seus erros e acertos e dos seus avanços e retrocessos e como desses fatos se construiu uma vivência e desta se elaborou um leque de escolhas para o futuro. O “conto da carochinha” representado pela História Oficial ensinada nas escolas compreendendo a Inconfidência Mineira, a Independência e a República e mais recentemente a divinização de Getúlio Vargas e a demonização dos Governos Militares nos privam da matéria prima mais importante, que é o aprendizado histórico.
                                           
Infelizmente as últimas grandes mudanças ocorridas no Brasil foram de 1940 a 1985 sob a ótica desenvolvimentista industrial e geopolítica e com isso nos colocamos entre as 10 maiores economias do mundo. Algum aprimoramento de gestão pública ocorreu entre os anos 1994 e 2000, mas depois disso o Brasil se deixou envolver numa polarização burra e alienante e com isso perdemos muito da influência internacional tão arduamente construída ao longo do sec. XX.
                                                       Um dos meus propósitos ao escrever o livro VOTO DISTRITAL – ESTE ME REPRESENTA foi o de resgatar a importância da organização política a partir da base da sua pirâmide, que é o distrito. É ele por suas características étnicas, culturais, econômicas e sociais, que determina pela média dos seus habitantes sua personalidade cidadã e comportamental, além da influência que exerce ou sofre no seu eixo gravitacional regional. É assim que se organiza e exerce influência ou é influenciada toda e qualquer sociedade definida pelos seus matizes, quer políticos, sociais, culturais e econômicos.
                                                      Será muito difícil, que pelo amalgamamento de todas as características específicas dos vários distritos, municipalidades, estados e federação como um todo se tenha uma representação de qualquer natureza, que não expresse os valores básicos tanto políticos, como sociais, econômicos e culturais, que venham a discrepar do todo nacional. É assim que se constrói a nacionalidade e a cidadania, onde todos os cidadãos nela se veem representados.

                                                             É assim que por extensão os partidos políticos e seus candidatos para bem representar deverão espelhar essa sociedade. O problema dos partidos políticos no Brasil é que sempre mostraram um “ideário ideal” e não um “ideário necessário”, que represente as verdadeiras aspirações e necessidades dos eleitores. Sempre se organizaram de “cima para baixo” e desta maneira sempre apresentaram a opinião de algum figurão, que sempre se arrogou em escolher o que é bom para o povo.
Vamos deixar que o povo diga o que quer e necessita ...
Isto é mudança.


Das Percepções de um Brasil Atual do
Escritor e Articulista 
Antônio Figueiredo – São Paulo – SP –

Obs.:
Todas as obras publicadas na Sala de Protheus
São de inteira responsabilidade de seus autores.
O Editor

segunda-feira, 25 de abril de 2016

#SerieVida:

“Sim, Homem Chora!”

“... Sim, eu sou um homem e choro.
Um homem não tem olhos?
Não tem também mãos, sentidos,
inclinações, paixões? Porque é
que um homem não devia chorar?

August Strindberg


Este mês o jornal eletrônico Extra, publicou uma entrevista fabulosa e curiosa em meio aos assuntos.
Clarissa Monteagudo entrevistou a poetisa, escritora e psicóloga carioca Mônica Bayeh, também colunista do jornal, junto com outra blogueira e mãe Monique Ranaouro sobre os preconceitos da Maternidade.
Em meio a este assunto tão complexo – que poucos homens entendem – a depressão pós-parto.
A entrevista completa pode ser vista e ouvida e muito pensada no sitio abaixo, nas fontes.
Em a este super-encontro de três mulheres, três mães, três guerreiras muitos outros se tornaram especiais afinal, no fundo falava-se de família.
Em um deles saiu a frase que desconstruí em epígrafe: Homem Não Chora?
O assunto veio em meio às fases da descoberta da gravidez da mulher até o final quando a mulher volta a ser ela mesma (difícil esta conclusão).

Tenho minhas dúvidas se a mulher volta a ser ela mesmo após a maternidade.
Mas o que um homem está se metendo neste assunto?
Primeiro sou pai. Acompanhei duas gravidezes da mãe de meus filhos.
Na primeira gravidez, do meu campeão, tive o que os psicólogos chamam de “gravidez psicológica”.
Achou estranho? Completamente normal para quem acompanha uma gravidez em cada detalhe.
Explico: Claro que é um efeito psicológico e colateral de nossa impotência masculina.
Engordei os mesmos quilos que a gestante. Tinha dores quando ela também tinha; chegava a me antecipar em alguns alimentos que ela poderia ter vontade e pedir. E isto não é “frescura” de mulher grávida não. Os hormônios entram em uma profusão tão incrível que precisam alimentar, quimicamente, dois seres, um que gera e outro que está, literalmente, sendo construído.
Nos últimos dias da gestação de meu primeiro filho, todas as noites, o carro estava estacionado de ré, na garagem e carregava-o todas as noites com a tal de “mala da gestante” que iria para o hospital.
Fiquei quase uma semana fazendo esta rotina. Somente depois que tudo estava bem eu consegui dormir com um olho só.

Na noite do parto, 23 horas, nas primeiras contrações, foi somente o tempo de vestir-se e lá estava tudo pronto.
Batava sair com o carro já carregado e ir à maternidade.
Acompanhei a gestação e nascimento de meus dois filhos. Chorei mais que a mãe. Fui o primeiro a pegá-los, antes de limpá-los e colocar sobre o peito da mãe... E assim por diante.
Após os partos, meu trabalho permitia, e ficava o máximo de tempo possível em casa. Era a babá dos dois: Da mãe e do bebê.
Cada nova descoberta era acompanhada sim, de muito choro,
Revi a entrevista fantástica destas três mulheres e me inclui em seus assuntos. 
Parecia que estava lá falando e tinha detalhes sobre cada assertiva, sobre cada sofrimento, sobre cada fase de uma gestação e após o que acontece não somente com o corpo da mulher, mas também com os químicos e seus efeitos.
Esta “construção” arraigada de que o homem é somente um mero participante de uma geração de filho é velha, ultrapassada; mas sei que ainda muito continuada em todos os meios.
Como gaúcho, a educação familiar sempre foi um ponto fortíssimo, a valorização do ser a partir dele mesmo e não de seu gênero.
Vendo Mônica Bayeh e Monique discutindo o que passaram em cada gravidez, era como se eu também tivesse passado (sem um decimo das dores que elas passaram, obviamente). Mas cada detalhe não era desconhecimento, era algo bem sentido em cada uma delas e participado.

Minha filha tomou banho comigo até chegar sua menstruação... A partir disso recolheu-se em seu pudico reconhecimento de mulher... E foi respeitado.
O único detalhe que me chamou a atenção e tento desconstruir é que o tal de homem não chora. Muito pelo contrário. A maioria ainda é apenas covarde para admitir. Chora sim e muito. Mas esconde-se em seu porão do inconsciente para não ter seu “macho” destruído.
Home chora por tudo o que vem de sentimentos, de coração, de compaixão.
Choro ao ouvir o choro continuado de uma criança sofrendo... Choro vendo o amor emocionado e incondicional de um simples encostar de lábios de um casal, juntos há mais de 60 anos – raridade hoje -.
Choro ao ver o sofrimento de um pai/mãe tentando dar o melhor que pode em termos de estrutura ao filho.
Choro vendo um filho casando... Chorei emocionadamente no nascimento de meu neto. Afinal agora eu era pai do pai. Nada descreve esta sensação. É ser pai duas vezes e agora através de seu filho... É ser pai novamente com mais doçura, com mais sorrisos, sem tantas preocupações que agora cabem ao seu pai e não ao avô.

Meninas Clarissa, Monica e Monique; Sim homem que é homem chora... Homem participa da gravidez de sua mulher em todos os momentos que pode, homem se torna o divã da mulher para ouvir suas queixas, lamúrias ou as satisfações do que esta acontecendo. Homem chora ao ver a primeira “mexida” do que se tornará seu filho na barriga. Homem chora muito ao ver o primeiro ultrassom com as batidas de aquele pequeno ser em formação.
Na década de oitenta, ainda pós-adolescente quando fui pai aos 21 anos, após o parto, na sala com parentes deixei dito:
“ O homem pode ter ido a lua, mas duvido que a emoção seja superior ao ato de ver seu filho nascendo...!”.
Entre seus vários escritos, Nietzsche criou o termo super-homem para designar um ser superior aos demais que, segundo Nietzsche era o modelo ideal para elevar a humanidade. Para ele, a meta do esforço humano não deveria ser a elevação de todos, mas o desenvolvimento de indivíduos mais dotados e mais fortes.
A meta, segundo Nietzsche, seria o super-homem e não a humanidade, que para ele era mera abstração, não existindo em realidade, sendo apenas um imenso formigueiro de indivíduos.

Pego emprestado do filósofo o termo e afirmo. Tornei-me super-homem ao acompanhar e ver o nascimento de meu primeiro filho. Não só ajudei a gera-lo como participei de cada ato ate seu nascimento. Apenas ele estava na outra barriga... Mas o coração era um só.
Para um pai pensar não dói... Já chorar é bom e deixa a alma leve.



Entendimentos & Compreensões
Transpirado da entrevista do Jornal Extra 
Com Clarissa Monteagudo, Monica Bayeh e Monique Rendauro
https://www.facebook.com/jornalextra/videos/vb.190833037616321/1202435816456033/?type=2&theater 
Abril/2016
Arquivos da Sala de Protheus
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sexta-feira, 22 de abril de 2016

#PensarNaoDoi:

Controle!

“... Quando uma criatura humana desperta
para um grande sonho e sobre ele lança toda
a força de sua alma, todo o universo
conspira a seu favor...!”

Johann Goethe

O que se passa na sua cabeça, quando a coloca, a noite, sobre o travesseiro?
Você faz uma espécie de “balanço” de como foi o seu dia; de como se comportou no trabalho, com seus amigos...
Como foi tolerante com aquele colega nervosinho e cheio de manias de querer controlar tudo.... Como tratou bem à senhora idosa que te encontra sempre.... Como foi gentil com o servente.... Que cumprimentou o porteiro.... Que se lembrou de ligar para sua mãe.... Ou algum parente próximo e importante...
Assim você “acha” que tudo correu como “planejou”. Tem certeza?
Você se sente livre podendo fazer exatamente tudo o que quer fazer.... Aonde ir.... Com quem estar... O que fazer nos finais de semana.... Isto é liberdade?

A liberdade não é um sonho construído por suas ilusões.
Não. Ela está apenas ali.... Do outro lado do grande muro construído por outras ilusões; as da hipocrisia... As da mediocridade... As da mesmice...
Afinal você precisa se comportar igualmente, como todos.... Com todos. Você não pode sair da “linha” que a dita “sociedade” criou, não é mesmo?
Será que foi a sociedade ou você se inseriu por comodismo neste tal modo de vida?
Será que você não preferiu seguir o que todo mundo faz e consegue, exatamente para estar na pretensa “liberdade” que eles falam?
Mas e a sua liberdade... Como ela é...
Ela está logo ali... Atrás deste grande muro que sua própria hipocrisia construiu na tentativa vã de se igualar a todos.... Mesmo você sendo, assim, tão diferente.
Não! Calma! Não estou me referindo a nenhum preconceito de raça, cor, religião.... Do tipo certinho... Bonitinho... Padrão.... Não!
Você apenas se transformou com muito afinco, estudo, dedicação, esforço contínuo em mais um ser que “conseguiu”...
Esta bem! Vamos continuar no seu “jogo”. Este você aprendeu a jogar direitinho. Você joga o mesmo jogo que todos jogam. Sabe todas as regras, nunca as ultrapassa.... Está sempre bem e esta crescendo.
Mesmo? Para onde? Para cima.... Ou para dentro?
Como era sua consciência antes de você entrar neste “jogo” da hipocrisia... Onde você tinha o controle até de suas ilusões... De todos os sonhos. Ah, e como eram gigantescos... Belos.... Diferentes.
Mas de repente, não mais que de repente tudo desapareceu. Você aprendeu as regras, direitinho, e começou a jogar o jogo “deles”... Sim, deles... De todos. Do todo. E você se transformou rapidinho, em um deles.... Eis o modelo atual de sucesso.
O certinho “dentro da caixinha”... Bela embalagem... Conteúdo mais ou menos interessante... Certo conhecimento adquirido... Você até se julga um pouco culto... Diz que lê bastante... Conhece muitos lugares... Centenas de milhares de tipos de pessoas... Você se tornou mais um especialista em generalidades! Ótimo. Eis a visão perfeita do sucesso!
Todos gostam de você.... Em certos lugares você até é considerado um modelo.... É sua mãe ficaria impressionadíssima em ver quão longe foi sua cria...

Mas resta uma derradeira pergunta: Você conseguiu mesmo tudo o que desejava? Você é feliz? Você ama?
Ah, já sei estou sendo jocoso e esta maneira e pensar pode soar até uma espécie de transferência, com o objetivo de te levar para algum lugar...
Se pensou, algo parecido com isso.... Errou redondamente.
Minha experiência de meio século com quase tudo o que foi dito acima é que acabamos construindo uma espécie de prisão ultra segura e nela temos o controle absoluto. Aprisionamos todos os pensamentos negativos, todos os erros, todos os defeitos até as feiuras da alma.... Tudo está preso e controlado por esta suposta construção hipócrita do jogo da vida.
Nada mais errôneo que isso.... Aos poucos você irá perceber que você apenas jogou o jogo deles.... Uma vida toda. Você, no fundo, não viveu.... Não amou.... Não sofreu nada.... Tudo foi conforme seu planejamento. Tudo era controlado. Você sempre teve o controle.... Mesmo? Tem certeza disso...
Jung o discípulo de Freud deixou escrito: “Perguntei a mim mesmo: ‘Que mito você esta vivendo? E descobri que não sabia. Por isso... decidi conhecer o meu mito, e considerei esta como a maior das tarefas.”.

Você viveu em torno de um “mito” criado pelos outros e se adequou certinho ao modelo proposto. Fez tudo certo. Era este teu sonho?
Considera-se um ser livre? 
Como é a “contabilidade” de sua mente, à noite, hoje, ao encostar a cabeça no “divã da consciência” o travesseiro – à noite?
Um – para mim um dos únicos – filósofos realmente brasilês, Mathias Ayres, deixou escrito em sua única obra um pouco conhecida de pesquisadores (professores de filosofia o desconhecem) - Reflexões sobre a Vaidade dos Homens, 1778:
“De todas as paixões, a que mais se esconde é a vaidade: e se esconde de tal forma, que a si mesma se oculta, e ignora: ainda as ações mais pias nascem muitas vezes de uma vaidade mística, que quem a tem, não a conhece nem a distingue: a satisfação própria que a alma recebe é como um espelho em que nos vemos superiores aos mais homens pelo bem que obramos, e nisso consiste a vaidade obrar o bem.”.
Agora que você pensou um pouquinho “fora da caixinha”, ainda acha que tem o controle de sua vida? E se tiver este controle é sobre quem ou o quê?

A propósito você é feliz? Ainda sonha? Ou permanece nesta liberdade dentro dos muros de uma “Prisão” pseudo-segura onde só cabe você?
Pode pensar.... Não dói!
Os sonhos tornam a vida vívida, sem eles não somos...
O poetinha gaúcho Mario Quintana gostava de dizer:
“Sonhar é acordar-se para dentro...! ”
Que tal acordar.... Bem, tente enquanto ainda está vivo!



Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Postado originalmente no Grupo Kasal – Vitória – ES.
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terça-feira, 19 de abril de 2016

#PensarNaoDoi:

“A Influência do Bem!”
“... Em todo o mundo,
todos têm em suas vidas,
a proteção de um anjo...!”.

Em uma de suas ultimas poesias recebidas à escritora e poetisa carioca Monica Bayeh, divinamente começa assim:
“Quanto tempo é para sempre
Em medida de grandeza?
Como se mede a saudade
E essa vaga incerteza?”“.
Aproveito a poesia de minha admirada amiga carioca para lhe enviar um questionamento:
Que parte da vida você esta agora... Neste exato momento?
O que você espera, realmente, da vida?
Quer realmente saber a sua posição nesta vida?
Esta bem! Siga as instruções, por favor!
Imagine... Sim, imagine-se com o todo o dinheiro que desejaria em suas mãos.
Fácil até aqui! Ótimo.
Agora se pergunte:
Se o dinheiro era o seu objetivo, o que realmente você quer da vida?
Ao responder esta pergunta, cada um de nós encontra o seu lugar.
Creia-me. É assim.
Desejamos, quase sempre, o objeto do desejo e não o desejo em si.
O pensador Nietzsche em sua obra, Para Além do Bem e do Mal, deixou registrado:
“O homem precisa daquilo que em si há de pior se pretende alcançar o que nele existe de melhor”.
Neste Brasil, atual, conturbadíssimo, em todos os aspectos, perdido entre ausência de valores e atribuindo-se valoração como preço de vida, esquece que esta geração precisa tanto da nova para corrigir todos os erros... Que precisa lhe enviar orações e energias do coração.
Precisamos ter muito mais fé. Em nós e na geração, à qual somos os verdadeiros responsáveis.
Precisamos tocar as pessoas de formas diferentes das atuais...
Precisamos mostrar que a importância do trabalho unido, requer que cada um continue ajudando o outro.
A palavra Universo deriva do francês antigo Univers que por sua vez deriva do latim universum. A palavra latina foi usada por Cícero e posteriormente por outros autores com o mesmo sentido que é usada atualmente. A palavra latina é derivada da contração poética Unvorsum — usada primeiramente por Lucrécio no Livro IV de seu De rerum natura (Sobre a Natureza das coisas) — que conecta un, uni (a forma combinada de unus, ou "one") com vorsum, versum (um substantivo derivado do particípio passivo perfeito devertere, que significa "algo rodado, rolado ou mudado"). . Lucrécio usou a palavra com o sentido "tudo em um só, tudo combinado em um".
Uma interpretação alternativa de unvorsum é "tudo girando como um" ou "tudo girando através de um". 
Uma versão mais poética diz que Universo é igual a União das adversidades.
Bonitas definições. Mas e nós? Como iremos deixar nossa participação, neste pontículo do universo para nossos filhos? A próxima geração que vai viver e dirigir nosso amado país?
Creio que primeiro de tudo é muita fé!
Sim poder na fé e ajudar os outros pode ser a salvação de toda a humanidade. A influência que temos sobre a outra pessoa nunca morre ou morrerá... Ela permanece numa espécie de imortalidade.
E o anjo que nos acompanha, durante toda uma vida, é nossa melhor essência compartilhada com o outro. Mesmo em tempos tão turbulentos. Que sabe aqui não está à razão dos entendimentos que ainda não possuímos?
E nós no universo?
O universo encontra-se em expansão. Observações feitas nas últimas décadas indicam que o universo não só está se expandindo, como essa expansão está acelerando. Cientistas chamam essa energia misteriosa que acelera o universo de energia escura. Ao longo de bilhões de anos, as galáxias mais distantes de nós estarão cada vez mais afastadas a ponto de se tornarem invisíveis.
E nós estaremos onde? E todo o dinheiro que desejamos ter?
Ele simplesmente não terá mais nenhuma significação. Poderá deixar fortunas aqui... E ela simplesmente passará a outras mãos.
Você se lembra do bilionário mundial do início do século passado? Claro que não. Já está morto. E onde está não tem diferença nenhuma seus bilhões que ficaram aqui.
Mas as influências que sua essência mais pura, suas ações do bem para o bem, certamente estão sendo lembradas por muitas pessoas... Ou não!
E agora que você já pensou um pouco diferente... Já sabe o que será com todo o dinheiro desejado?
Continuará a ser exatamente o mesmo ser que é hoje... Creia-me! Não mudará. As pessoas não mudam. Não importa se está em um carro de alto valor e muito elegante, com roupas caríssimas de etiquetas famosas... Nada disso importa se não houver conteúdo nesta embalagem, neste continente todo criado pelo teu desejo de muito dinheiro.
Estamos assistindo, diariamente, no Brasil, pessoas que eram extremamente pobres e se tornaram milionárias em pouco tempo. Não importa se com roubos, extorsões, corrupção.... Nada disso muda. E eles também não mudaram... Continuam as mesmas pessoas mesquinhas, hipócritas com uma quantidade de mediocridade indiscutível... Alguns fizeram plásticas... Por fora... E nada mudou o que tinham dentro. Pois dentro não tinham nada.
Esta é a influência que precisamos deixar para nossos filhos e a próxima geração do Brasil: O bem é superior a tudo. O mal continuará existindo sempre.
O bem também. E você escolhe sempre!
Creia-me... A escolha é tua... Por toda uma vida... Ou várias.
Pense bem, no bem... Faz muito bem!
Coloquei a poetisa em epígrafe. Finalizo com suas divinas palavras:
“Descanse aqui comigo
Sem pressa, nem tanta brabeza
Diga que até me quer bem
Me mostre sua beleza.

Que passar é coisa do tempo
Seu jeito, sua natureza
Que viver com a mudança é da vida
A sabedoria e riqueza!.”
A propósito: Não estrague tudo na tua vida só porque você não tem certeza de quem realmente é...
Pensar não dói...



Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Inspirado nas poesias da escritora e poetisa 
Carioca Monica Bayeh.
Da poesia: Quanto tempo é para sempre!
Publicado em 
http://poesiatodaprosa.blogspot.com.br/2016/04/quanto-tempo-e-para-sempre.html
Publicado originalmente no grupo Kasal – Vitória – ES.
http://konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=27663#.VxZTS_krLNM
Arquivos da Sala de Protheus
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sábado, 16 de abril de 2016

#SOSEducacao:

“Ah, Nossos Pseudos Entendimentos...!”
“... A leitura de todos os bons livros
é uma conversação com as mais
honestas pessoas dos séculos passados...!”

Renée Descartes

Conversando com uma amabilíssima e admirada amiga do Nordeste, em meio a nossos diálogos, vem sempre o convite gentilíssimo: “... você precisar vir para experimentar as delícias da comida nordestina...!”.
Ah, amados amigos.
Mas em um destes diálogos, falando sobre receitas, disse-me ela:
- Você já comeu Paella? Pedi que ela soletrasse como estava escrito, pois poderia ter muitos significados. Ela escreveu exatamente como o acima e emendou:
- Ô gaúcho, não fica de ovo virado não... Para compensar vou te levar em um pagode que até oxalá vai dançar junto contigo...!
Terminada a ligação, fiquei alguns minutos entre os termos utilizados por minha amiga, e meu entendimento e a dúvida: O que vinha da minha amiga (emissor) era exatamente o que o (receptor) eu estava entendendo?
Claro que não e sim ao mesmo tempo.
Explico:
Nosso riquíssimo regionalismo é a valoração mais intrínseca de nossa amada língua portuguesa brasilesa.
Todos, podemos utilizar uma mesma terminologia porem com significado diferente. Isto pode?
Claro que sim.
Mas pensa comigo. Vamos analisar o sentido dito e o que realmente significa cada expressão utilizada por minha amiga.
Estar de Ovo Virado... Não! Tenha certeza, não é nada disso que você está pensando. A origem é outra:
Imagine, por favor, só imagine: o sofrimento de uma galinha ao por um ovo, que não esta com parte pontuda virada na direção... Da saída natural.
Desagradável, não? Pois é, estar de ovo virado (ranzinza, mal-humorado sem motivo) veio dai... Das galinhas e não dos homens.
Paelha: 
Veio do espanhol, Paella.
No latim patina, tigela, ganhou o diminutivo de patela, prato que originou o francês antigo paele (hoje, poêle, frigideira) e no catalão, paella, frigideira. Paella ficou sendo especificamente o nome do utensilio de metal (pouco profundo, com duas asas) onde é cozido o arroz à valenciana, que ficou mundialmente conhecido pelo nome do recipiente de seu preparo.
Andou circulando pela internet uma versão falsa (o que não é nenhuma novidade) para a origem de paelha. Veja que mimo: “aos domingos os espanhóis iam caçar e cozinhavam para as mulheres. Faziam arroz misturado com frutos da caça ou da pesca. O prato era feita para elas, isto é Paella...!”.
Bem, igual caderno, a internet aceita tudo.
Mas minha amiga deve ter se esquecido de minha condição física e me convidou para “dançar” pagode. Acredito que tenha querido dizer; Ouvir, curtir, assistir...
Pagode vem do dravídico (família linguística do sul da ìndia) pagôdi – templo para culto de ídolos - que veio do sânscrito bbagavati, deusa.
Quando os navegantes portugueses em suas viagens ao Oriente, descobriram os festivais budistas, em que havia muita gritaria, musica e instrumentos de percussão, levaram para a santa terrinha a palavra pagôdi (que designava o templo budista), com o sentido de divertimento, farra. Dai a palavra passou para outras línguas neolatinas e, no Brasil, veio a designar alguns tipos de músicas com dança e percussão, entre elas um gênero de samba batizado de pagode; Quer dizer, pagodeiros e budistas não estão tão distantes assim.
Quanto a companhia de Oxalá que minha amiga se referiu:
Oxalá vem do Árabe, wa xa Allam, Assim queira Deus.
No Brasil, oxalá é uma referência da aumbhandã (literalmente Salve tua banda – uma espécie de mantra dos pretos velhos) uma espécie de vibração energética utilizada pela Umbanda no Brasil, e que dentro do sincretismo (visto ser completamente cristã) e é referente a Jesus Cristo. Não esquecer que temos duas Umbandas no Brasil: Umbanda Nação e Umbanda Branca. Tem muita diferença. Cuidado. Respeito, fé e Salve tua Banda irmão...
Assim de uma conversa entre um gaúcho e uma nordestina, aproximadamente 3.930 km de distância (quase de um continente ao outro) tem-se diálogos compreensíveis, mas com uma significância ricamente adornada por estes regionalismos amadíssimos de nossa Amada Pátria e Mãe gentil. Brasil.
Que Oxalá queira sempre entendimentos entre nós!
Paz e luz!
Pensar não dói... 


Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Transpirado dos diálogos de Cida Lemos – Recife. PE.
Fontes diversas:
Alain Rey e Sophie chantreau, Dictionnaire des expressines et lcutions, 
Paris, Dictionnairess Le Roberto, 1997.
Dionisio da Silva. De onde vêm as palavras e curiosidades da língua portuguesa, 
São Paulo, Mandarim, 1997
Publicado Originalmente no Grupo Kasal – Vitória – ES.
http://konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=27653
Arquivos da Sala de Protheus
www.epensarnaodoi.blogspot.com.br

quarta-feira, 13 de abril de 2016


#PensarNaoDoi:


 Valores Arraigados &
Novos Paradigmas!





 “... Apesar da vida humana não ter preço,
agimos sempre como se certas coisas
superassem o valor da vida humana...!”

  Antoine de Saint-Exupéry


                              Em qualquer e simplório dicionário de nossa amada Língua Pátria esta escrito: Valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como a pessoa ou organização se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente. A palavra valor pode significar merecimento, talento, reputação, coragem e valentia.
Simples, claro, objetivo... Mas pobre!
Valores estão para a vida humana acima da própria sobrevivência. Afinal sobrevive-se somente com valores muito arraigados.
Em meu tempo de criança valores eram quase que uma forma inconsciente de educação (educação é em casa, em família; Ensino é para conhecimentos que são ou serão adquiridos), em que bastava o “tipo de olhar” de um pai, para que a criança soubesse, exatamente, o que estava acontecendo: De certo ou errado, na visão do pai.
Mas o que quero com toda esta “lengalenga” ou papo furado, como diriam alguns hoje?
Muito. Tudo.


                                            Em valores estão, intrinsicamente atribuídos, nossa valoração... Não nosso preço. Nossos conceitos morais mais profundos, nossos sentimentos de verdade, de crenças, de sociabilização, de amizades, de companheirismo e... De amor! Se não aprendemos isso, de casa, desde cedo... Certamente teremos conceitos dos outros... O resto da vida.
                                       Miranda Sá, para mim um sábio, do tempo em que Jornalista era, literalmente, com a consoante, jota, em maiúsculo, escreveu, certa vez sobre a falsidade do “politicamente correto”. Certíssimo estava ele, quando se referiu a isto como: “(...) uma forma velada de pura manipulação social, para conceitos que interessam somente a alguns, por algum motivo, nem sempre honesto...!”.Eis o que surge, dentro de valores arraigados: Honestidade!
Mônica Bayeh, escritora e poetisa carioca, também deixou sua indignação quando titulou uma crônica com: “Ser Honesto Não é Favor. É obrigação!” Publicada em 06 de março.


                                    Se você perguntar, assim, diretamente para alguém quais são os valores: Não se surpreenda se ele colocar um preço. Sim um preço.
Afinal, não esqueçam que temos um ex-presidente (infelizmente) que se auto intitulou como o “Ser mais honesto do Mundo!”. Chega? Ou quer mais?
E o que isso faz na “cabeça” desta nova geração de adolescentes?
Um estrago tão gigantesco que precisaremos de, no mínimo, duas gerações (uma geração, estatisticamente, é de 25 anos) para corrigir o que foi efetuado em termos de ensino professado nos últimos 30 anos.
30 anos? Sim, desde a década de 70 quando o tal de Freyre, (ainda intitulado como grande educador do Brasil) que muitos idolatram, trouxe o tal de “construtivismo” e foi empurrado “goela abaixo”, nos professores, as teorias comunistas de Gramsci. Sim um italiano comunista.
                                          E hoje estamos vendo os resultados de toda esta “desvaloração” de ensino e que atingiu a educação familiar gigantescamente.
                                          Mas o grande paradigma desta segunda década, do século vinte e um é exatamente uma ausência de um modelo, de um padrão para toda uma geração. A atual.
Exatamente o que precisamos: formas vocabulares que sirvam de modelo ou sistema para que os jovens se baseiem na ausência de uma educação mais profunda em casa, para seguirem suas vidas.
                                            Aqui entra a epistemologia (Teoria do Conhecimento) que defina um exemplo ou um padrão, modelo de algo. E toda esta geração precisa, necessita de algo para se basear. O ensino não está propiciando isto. Tema de uma das obras que estão sendo planejadas, junto com o grande professor e escritor Nelson Valente, de Santa Catarina, que junto com este autor criou a “TAG” #SOSEducacao.


                                         Aqui gosto de citar Hoisel, 1998, autor de um ensaio ficcional (será?), que aborda como a ciência de haveria de se encontrar em 2008, chama atenção para o aspecto relativo da definição de paradigma, observando que enquanto uma constelação de pressupostos e crenças, escalas de valores, técnicas e conceitos compartilhados pelos membros de uma determinada comunidade científica num determinado momento histórico, é simultaneamente um conjunto dos procedimentos consagrados, capazes de condenar e excluir indivíduos de suas comunidades de pares. Nos mostra como este pode ser compreendido como um conjunto de "vícios" de pensamento e bloqueios lógico-metafísicos que obrigam os cientistas de uma determinada época a permanecer confinados ao âmbito do que definiram como seu universo de estudo e seu respectivo espectro de conclusões ardentemente admitidas como plausíveis.
                                           Agora vocês entenderam o porquê da citação, em epígrafe do grande jornalista carioca Miranda Sá. Era isto que o mestre se referia. O que é pouco compreensível para a grande maioria dos leitores.




Por quê?
Exatamente por causa desta palavrinha: “leitura”... Ninguém mais lê nada... Exceto o que sai na rede mundial de computadores.
                                      Se eu perguntar na rede Twitter hoje que livro você esta lendo... Eu teria como resposta no final do dia, 10 ou 12 títulos sendo que a grande maioria publicaria para apenas não passar vergonha e como uma forma de autoestima alimentada e necessária. Somente isso.
Eis nossa grande pobreza e que nos fez muito mal, quando o Brasilês se espantou tanto com a frase do ex-presidente.


Por quê?
Porque a grande maioria começou a pensar nisso, em si próprio, nos seus filhos (os que têm) nos seus amigos e nos comportamentos que fazem nas redes sociais, que se torna uma amostra gigantesca do que somos no fundo de nossa essência.
                                    Assim você tem pensamentos suficientes para pensar e profundamente, pra sua vida, seus filhos e o principal: A cidadania de um verdadeiro povo. O Brasilês, que precisamos recuperar. Urgentemente.
Pensar não dói... Já não educar poderá deixar muitas dores como herança.


Entendimentos & Compreensões
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