Nem Só de Pão...
Palavras, palavras, palavras
Eu já não aguento mais
Eu já não aguento mais
Palavras, palavras, palavras
Você só fala, promete e nada faz
Você só fala, promete e nada faz
Palavras, palavras, palavras
Desde quando sorrir é ser feliz?
Desde quando sorrir é ser feliz?
Cantar nunca foi só de alegria
Com tempo ruim
Todo mundo também dá bom dia!
Com tempo ruim
Todo mundo também dá bom dia!
Gonzaguinha - PALAVRAS
Nem só com palavras se faz uma andança.
É da ação, que sai da palavra
Da palavra, que marcha e faz da luta
Uma luta que se transforma em “esperanças”.
...
Assim se escreve a História ...
O Autor
Para nós amantes da palavra por seu conteúdo de
expressão machuca muito a forma como ela é usada nos dias de hoje e por uma
única e exclusiva razão. O seu desenvolvimento deve ter tomado alguns milhares
de anos até se consolidar, quer através da fala ou da escrita e todo esse
esforço em torna-la uma forma pura de transmissão precisa de significados e
conteúdos se perde, porque a “qualidade humana” se degrada dia após dia.
O que o tempo nos ensina é a riqueza e o poder da
síntese, que tira o foco do escritor e o concentra na “riqueza da palavra” o
que infelizmente perde-se diariamente. Hoje as palavras são gritadas e cuspidas
sobre a multidão para incendiá-la, em vez de ditas pausada e vagarosamente para
que os ouvidos a captem e o cérebro as absorvam.
É a provocação através da emoção, que via de regra
se faz despertando os demônios do fígado e não aos anjos da razão. É assim, que
se faz política. É o mau superando o pior como meta de poder. Eu sou ruim, mas
com “eles” pode ser muito pior, mas que ao final implica no ruim tornando-se péssimo,
superando o “esperado pior”.
Entretanto, “palavras unidas, jamais serão
vencidas”, se ditas com as “verdades permitidas”, sim porque política também se
faz com elas, mas jamais com mentiras ou verdades inteiras.
Muitos dizem que o Bolsa Família tem sido o maior
eleitor dos últimos governos, o que não é verdade. Na realidade a maioria dos
eleitores, a dita “classe esclarecida”, assim o permite, pois ainda não ouviu o
“chamado” com as “palavras adequadas” para o processo de mudança. O grande
mantenedor desses governos tem sido os que anulam seu voto e se abstém de pelo
voto dizer uma palavra muito simples: BASTA !!!
Palavras e pregadores são irmãos siameses. Bons
pregadores, boas palavras e seguidores. Maus pregadores, más palavras e maus
seguidores. É assim que se divide hoje a Nação, entre os muitos que falam do
“eu” e muito poucos que falam dos “nós”.
Uma nação não se identifica pelos “eu” do
personalismo egoísta e sim pelo “nós” da coletividade irmanada na busca de paz,
justiça e igualdade.
"Libertas quae sera tamen"...
Exclusivo para a Sala de Protheus
Das Percepções e Histórias de Vida
De Antônio Figueiredo
Escritor e Cronista
São Paulo – SP -
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