segunda-feira, 8 de junho de 2015


#PensarNaoDoi:

 

“Como Entender a Língua Portuguesa...!”


“.....Reprovei em língua portuguesa, por não saber dizer se o amor é simples ou composto...!”

 

A. Dias

Tudo bem que sofremos para aprender outra língua...

Tudo bem nada! Quer aprender outra língua tem que saber muito bem a língua nativa para saber as diferenças. Caso contrário você não conseguirá se comunicar mesmo com alguém que fale a Língua Portuguesa, mas tenha vindo de outro país. De outra forma, eles não entenderão nunca. Pois além das palavras que “eles” encontrarão em dicionários, as acepções, regionalismos, gírias não estarão em dicionários nenhum.


Se eu perguntar a você qual a língua mais difícil do mundo, certamente e automaticamente você dirá: - O chinês (Mandarim). Errado? Uma das línguas mais difíceis de serem assimiladas pelos ocidentais é a língua Germânica por ter outra raiz linguística muito diferente da nossa que é latina, e em seguidinha a nossa amada “Língua Portuguesa Brasilesa”. Sim Senhor. Mas devido a toda esta “tramoia” de palavras que a língua portuguesa brasilesa permite ela também se torna uma das línguas mais difíceis de serem entendidas no mundo. E não se preocupe às vezes a Língua Portuguesa Brasilesa é difícil até para nós. Tenha certeza disso. O diálogo que narro abaixo, foi recebido de minha amiga (crédito no final) que acompanhou durante um congresso com uma recepcionista:

Tentem acompanhar:


Meia, Meia, Meia, Meia ou Meia?

O Português Praticado no Brasil...

Na recepção dum salão de convenções, em   Fortaleza:               

 - Por favor, gostaria de fazer minha inscrição para o

   Congresso.

 - Pelo seu sotaque vejo que o senhor não é

   brasileiro. O senhor é de onde? 

 - Sou de Maputo, Moçambique.

 - Da África, né? (ainda bem que não tem outro

    Maputo, não é mesmo?)  

 - Sim, sim, da África.

- Aqui está cheio de africanos, vindos de todas as

   partes do mundo. O  mundo está cheio de africanos.  

   (aiiiii, comentáriozinho imbecil)

- É verdade.

- Mas se pensar bem, veremos que todos somos

  africanos, pois a África é o berço antropológico da

  humanidade... (socorro quem contratou esta   

  recepcionista).

- Pronto, tem uma palestra agora na sala meia oito.

- Desculpe qual sala?

 - Meia oito.

 - Podes escrever?

 - Não sabe o que é meia oito? Sessenta e oito

   assim...Veja: 68.


- Ah, entendi, *meia* é *seis*.

- Isso mesmo, meia é seis. Mas não vá embora, só    

  mais uma informação: A organização do Congresso

  está cobrando uma pequena taxa para quem quiser

  ficar com o material: DVD,  apostilas, etc., gostaria

  de encomendar?

- Quanto tenho que pagar?

- Dez reais. Mas estrangeiros e estudantes pagam  

   *meia*.

- Hummm! que bom. Ai está: *seis* reais.

- Não, o senhor paga meia. Só cinco, entende?

- Pago meia? Só cinco? *Meia* é *cinco*?


- Isso, meia é cinco.

- Tá bom, *meia* é *cinco*.

- Cuidado para não se atrasar, a palestra começa às

   nove e meia.

- Então já começou há quinze minutos são nove e  

   vinte.

- Não, ainda faltam dez minutos. Como falei, só

  começa às nove e meia.

- Pensei que fosse as 9h e 05min, pois *meia* não é

  *cinco*? Você pode  escrever aqui a hora que

  começa?

- Nove e m­eia, assim, veja: 9h e 30min.

- Ah, entendi, *meia* é *trinta*.

- Isso, mesmo, nove e trinta. Mais uma coisa senhor,

  tenho aqui um  folder de um hotel que está fazendo

  um preço especial para os congressistas, o senhor já

  está hospedado?

- Sim, já estou na casa de um amigo.

- Em que bairro?

- No Trinta Bocas.

- Trinta bocas? Não existe esse bairro em Fortaleza, não seria no  Seis Bocas?

- Isso mesmo, no bairro *Meia* Boca.

- Não é meia boca, é um bairro nobre.

- Então deve ser *cinco* bocas.

- Não, Seis Bocas, entende, Seis Bocas.

- Chamam assim porque há  um encontro de seis

  ruas, por isso seis bocas. Entendeu?


 - Acabou?

 - Não. Senhor é proibido entrar no evento de  

   sandálias.  

   Coloque  uma meia e um sapato...

- O africano enfartou!

Pensar não dói... Já falar e entender nossa amada Língua...

 

As armadilhas de nossa amada Língua

Colaboração da ilustríssima amiga

Prof. Dra. jane Glasman

Doutora em Hebraico na UERJ

Rio de Janeiro – RJ -

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