#PensarNaoDoi:
Reforme Seu Político...!”
Eu amo esse homem
Deus sabe como o que.
Me deu casa e comida
E uma estrela do PT
Eu gostei tanto dele
Ter me dado a estrelinha
Não sei pra quê que serve
Mas achei tão bonitinha
Eu amo ele tanto
Nem posso acreditar
Ele me quer tanto bem
Nem me deixa trabalhar
Me dá tantos perfumes
E roupa decotada
Que eu só posso usar
Dentro da casa fechada
Deus sabe como o que.
Me deu casa e comida
E uma estrela do PT
Eu gostei tanto dele
Ter me dado a estrelinha
Não sei pra quê que serve
Mas achei tão bonitinha
Eu amo ele tanto
Nem posso acreditar
Ele me quer tanto bem
Nem me deixa trabalhar
Me dá tantos perfumes
E roupa decotada
Que eu só posso usar
Dentro da casa fechada
Eu amo
esse homem – Língua de Trapo
Sempre
ouvi dizer, que o homem um dia inexoravelmente ultrapassará a “idade da vaidade” e como dizia uma
canção dos anos 60, “não confie em
ninguém com mais de trinta anos” e talvez por isso eu tenha vivido a minha durante
meus anos “renta”, “quenta” ou “senta”. Porém, estou seguro, que a
mudança acontecerá nos próximos 30 anos, todos terminados em “tenta”. Afinal, esta é a fase da vida
em que a gente “tentará” de tudo para
ficar por aqui.
Como
posso afirmar isto? Bem, uma coisa, que tenho notado, é que agora entrando nos
setenta anos, tenho me tornado mais
“ouvinte”, “observador” e “comparador”,
que “falante”, pois a memória sempre
puxa pelo passado, para olhar o presente.
Muitos
dizem que à “idade da vaidade” se
sucede a “idade da sabedoria” para
alguns, mas que para uma grande maioria sobrevém a da chatice e implicância, que
entendo depender de como as memórias individuais são usadas: se para olhar a “evolução do mundo” com “sabedoria”, ou se for para achar tudo
que é novo ruim com “intolerância”.
Optei pela sabedoria de aprender a ler nas “entrelinhas
dos acontecimentos”.
Nesta
semana passada e apenas por “aprender a
ler nas entrelinhas dos acontecimentos”, em uma manobra audaciosa o
Presidente da Câmara, Dep. Eduardo Cunha - PMDB resolveu pela primeira vez na
história do Legislativo colocar em votação as “reais intenções” dos deputados federais quanto a uma Reforma
Política.
Como
sabemos ela vem sendo “empurrada com a
barriga” pelas “propostas unilaterais
partidárias” colocadas e rejeitadas há pelo menos 60 anos. É muito fácil na
realidade discordar de uma “ideia de um
partido” e dizer “não”, continuando
“sem dar a cara a tapas” e sem
revelar qual é a sua reforma em “benefício
do povo”.
Pois
bem. O Presidente colocou em votação “todos
os pontos possíveis” dentro de uma Reforma, para que os deputados
escolhessem dentro de cada quesito uma opção dentre as várias. Moral da
história: escolheram ficar onde sempre esteve, relembrando Magalhães Pinto,
governador mineiro em 1964. Pressionado a se definir com quem estariam os
mineiros na Revolução, respondeu: “Minas
está, onde sempre esteve”. Só que no dia seguinte o General Mourão Filho “derrubou o muro” e lá estavam no
entulho da demolição Magalhães Pinto e Minas, “enrolados” no Golpe, assim como os atuais deputados demonstraram
de que “em time, que está vencendo, não
se muda”, (no caso o time deles). Ou seja, “o Congresso Nacional está onde sempre esteve”. De costas para o
povo.
O que
a maioria dos brasileiros talvez não se dê conta é que os “diversos parlamentos” contam com 57.950 legisladores, (56.810
vereadores, 1.059 deputados estaduais 513 deputados federais e 81 senadores).
Segundo um levantamento da Transparência Brasil o Senado custa anualmente aos
cofres públicos R$ 2,7 bi, a Câmara Federal custa anualmente R$ 3,4 bi e
estima-se que todos os Legislativos Estaduais e Municipais do Brasil custem adicionais
R$ 6,1 bi, o que perfaz um total de R$ 12,2 bilhões anuais. (Dados de 2007).
Se
contarmos o Fundo Partidário para 2015, (R$ 886 mi) e o custo médio anual da
Propaganda Eleitoral Gratuita, (R$ 4,0 bi nos últimos 10 anos), em uma
estimativa grosseira só os
“parlamentares” custam aos Cofres Públicos, (nosso bolso), R$ 13,5 bi por ano. Uma média de R$ 65,53 para cada
um dos 206 milhões de brasileiros. E cá para nós, uma imensa massa de dinheiro
jogada ao lixo.
Tem
sido da tradição republicana, que todos os projetos de reforma sejam da
iniciativa do Executivo, que tem inclusive sido criticado por não ter tomado a
iniciativa de fazê-las. Isto se criticou nos Governos FHC, Lula e Dilma mais
recentemente, com respeito às Reformas Política e Tributária. Isto só vem
comprovar a distorção das “atribuições
políticas” dos Poderes. Ao Legislativo sempre competiu “legislar com faróis altos” olhando para o futuro, enquanto ao
Executivo compete “legislar com farol
baixo” apontando para soluções pontuais de temas de governabilidade.
Bastou
ao Legislativo “tomar as rédeas”
quanto às Reformas Essenciais mais recentemente, como a Lei de Terceirização,
Reforma Política e mais proximamente sobre a Maioridade Penal para se acusar o
Congresso Nacional de tomar “ares
parlamentaristas”. Na realidade esse negócio de se “chamar para o voto” as diferentes propostas e se aprovar pela
maioria uma delas é uma coisa muito perigosa para a “Democracia Brasileira”.
Nas
redes sociais já está declarada a guerra a essa “audácia” do Parlamento. Como pode o Legislativo ter o atrevimento
de querer cumprir plenamente a sua “função
constitucional” de legislar? O Executivo já avisou que é contra a Redução
da Maioridade Penal. Entenderam?
Não
estou emitindo juízo de valor quanto a minha preferência, mas sinceramente
quero ver ser o Congresso votará como “base
do governo” ou como “representante da
sociedade”. A palavra “reforma”
tem dois sentidos distintos. O primeiro é o de “formar novamente” o que não foi bem feito e o segundo é o de “aposentar por definitivo” algo que já
cumpriu à exaustão sua finalidade.
Quanto
à Sociedade só podemos “formá-la
novamente”, mas quanto aos políticos sempre poderemos “aposentá-los definitivamente”.
Gracias a la vida, que me ha dado tanto...
Das Percepções
& Histórias Vivenciadas
Antônio
Figueiredo –
Cronista –
Escritor –
São Paulo – SP
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