domingo, 28 de setembro de 2014


“Brasília”...
Outro Símbolo do Brasil Puro!

 “... Costumo fazer algo de forma inesperada.
Coisas planejadas tem tudo pra não darem certo.
Brasília é um exemplo disso...!”.
Pedro Vinicius de O. Câmara
                     Você por um motivo ou outro já parou para pensar: como é fácil falar de nossa capital federal, Brasília? Basta olhar a beleza do planejado... Do bem feito...
Mas é só isso? Não, dirão outros, Brasília é a capital da corrupção, dos políticos desonestos e por ai vai?
Mas, afinal, Brasília é isso mesmo? Aliás, é só isso?
                      Não! Por certo não é somente a beleza plástica e/ou a sombria aura psicossial, que assombra essa cidade, que a caracterizam. Daí porque, juntamente, com meus admirados irmãos de alma, a jurista Regilene Nascimento e o grande historiador e professor Marlon Adami, chegamos à conclusão de que está na hora de o brasilês olhar, sentir e aprender que Brasília tem outra dimensão. Diga-se muito superior a meros e simples “toques arquitetônicos” soltos no espaço e/ou sede do mal. Brasília é muito superior a tudo isso!
                   Não somente por ser nossa capital federal, Brasília no centro de nosso amado Brasil, tem significados que nos tornam significantes como brasileses.
                   Com a permissão do grande professor e meu amado amigo Nelson Valente, hoje vamos conclamar você, leitor, a externar outro olhar sobre nossa capital, para o que utilizaremos os símbolos, os signos, todos eles integrados à semiótica. Façamos uma semiose.
Acompanhe-nos, por favor...
                    Em sua origem, ao chegar em Brasília... Não pelo ar, mas por terra, chegávamos na Rodoviária. Nos dias de hoje, quem vem de outros estados, já não mais lá desembarca, antes sim tão somente quem se movimenta dentro de nossa capital federal. Porém, seja como antes, seja como nos dias de hoje, a Rodoviária, por central, equivale à representação da chegada do Povo – podem ir acompanhando pelas fotos.
                    Da rodoviária seguimos pela direita. Por quê pela direita? Pois somos ocidentais, não usamos e não andamos pela esquerda (vejam como isso tem uma significação profunda em nosso Brasil, não tem como sermos “esquerdistas”- nosso próprio sistema natural não permite) e o que encontraremos imediatamente, caminhando por aquela belíssima avenida, que compõe o Eixo Monumental? Primeiro: a Biblioteca Nacional que leva o nome de Leonel de Moura Brizola, monumento que é o símbolo do conhecimento, não somente nacional como da humanidade. Ou seja, ao chegarmos em Brasília já nos deparamos com o conhecimento. Afinal, pensar não dói...
Continuamos nossa caminhada, ainda pela direita, e encontramos o Museu Nacional Honestino Guimarães, ali estão guardados os grandes acontecimentos do Brasil e da humanidade.
Mais um pouquinho de caminhada e chegamos à belíssima Catedral de Brasília que leva o nome da padroeira do Brasil – Nossa Senhora Aparecida -, o símbolo, a representatividade da fé do Brasilês, não somente a religiosa mas também a fé no nosso próprio país e no nosso sistema construído por grandes homens.
Adiantamo-nos mais um pouco entre os edifícios que representam as pastas ministeriais e chegaremos ao Grande Edifício do Congresso Nacional.
Esse então é um significante monumento que encerra a ode ao real Poder. Se olharmos com bastante atenção veremos que ladeando as duas torres estão duas esferas ou lentes, como preferirem... A maior é a Câmara dos Deputados. Um grande “prato” aberto aos céus... Eis outro grande símbolo com grande significação... Ali descem, entram todas as aspirações do Povo Brasilês... Ali estão concentrados nossos representantes. Um dos locais mais importantes do PAÍS porque é onde todas as decisões, ali tomadas, nos representam. Sejam as boas, sejam as ruins....
A sua direita, um pouco mais a frente, mas ainda no mesmo sentido sempre, você encontra o Palácio do Itamaraty, ou, - o Palácio dos Arcos – Sede do Ministério das Relações Exteriores. Em outras palavras ali está o lugar em que o Brasilês recebe com cordialidade e hospitalidade todos os povos do  mundo, mantendo as relações de amizade e cooperação pela paz e progresso dos povos.
Do lado oposto, próximo do “prato fechado”, que representa o Senado, o Estado, vemos a estrutura arquitetônica da Justiça.
Um pouco abaixo, significativamente assentado à direita do Congresso Nacional, que é o lado onde está o “prato da Câmara”, temos o Supremo Tribunal Federalnosso mais alto Pretório-, que define a Justiça que o Brasilês tanto ama e quer (não confundir com os acontecimentos da história recente). JUSTIÇA... O símbolo significante que tudo representa é bem mais forte que esses perfunctórios acontecimentos da atualidade. O STF é, assim, o lado emocional e interpretativo da vontade popular praticado através da constituição e suas leis.
Mais: se olharmos com um pouco mais de atenção, veremos que atrás de nossa representação, a Câmara dos Deputados, está o Panteão da Pátria.
Palavra de origem grega (PANTHEION, no latim PANTHEON) era, na antiga Roma, uma edificação dedicada a todos os deuses. Na Grécia, também, Panteão era o templo erguido em consagração aos deuses. De estrutura circular e imponente, este tipo de construção influenciou e inspirou arquitetos de vários séculos. É, geralmente, iluminado com luz natural ou pouca iluminação, com a finalidade de levar as pessoas a uma atitude respeitosa e de reflexão.
                                        Criado para homenagear os heróis nacionais, ou seja, aqueles brasileiros que possuíram ideais de liberdade e democracia, o Panteão consagra, também, a memória de Tiradentes, que além de ser um dos heróis nacionais é o Patrono Cívico da Nação Brasilesa. Foi construído e doado ao governo do Distrito Federal pela Fundação Bradesco, tem três pavimentos e área total construída de 2.105 m². Sua edificação lembra o formato de uma pomba e foi inaugurado pelo presidente José Sarney, em 07 de setembro de 1986. A ideia de se erguer esse monumento, para homenagear os heróis nacionais, surgiu no Palácio do Planalto, diante do corpo do presidente Tancredo Neves, inspirado nos ideais de liberdade e democracia que, a exemplo dos seus conterrâneos inconfidentes, tão bem soube representar. A Pedra Fundamental do Panteão da Pátria Tancredo Neves foi lançada pelo presidente da República da França, François Miterrand, durante sua visita a Brasília, em 15 de outubro de 1985. Quando o arquiteto Oscar Niemeyer, antes do projeto, começou a estudar o Panteão, seu maior empenho era que ele se integrasse corretamente na praça, que não fosse tão grande, mas também não muito modesto, tivesse, enfim, a escala de importância exigida de um Panteão. Imaginou um monumento severo, sóbrio e requintado, que causasse surpresa e desejo de ser visto de perto.
Eis o símbolo mais importante conquistado por nosso povo: a liberdade que ninguém pode nos tirar... Nós a conquistamos e lá está simbolizada em concreto, para ninguém esquecer.
                                          Logo atrás das duas grandes torres, que integram o Congresso Nacional, está nossa amada, lindíssima Bandeira Nacional, nosso símbolo de nacionalidade que, junto com o Hino Nacional são os signos de maiores importâncias e significados para nós, Povo Brasilês. Vejam e sintam a linguagem arquitetônica: vindo do leste para o oeste, temos nossa bandeira precedendo, de forma “vinculante”, o Poder Nacional que a nós pertence, Povo brasilês. E mais significativamente ainda: tremula, de forma imponente, ao lado do Panteão, signo da nossa liberdade, que está dela também à direita, lado esse que, no corpo humano, equivale ao lado da emoção.
Vemos mais: verificamos que esses símbolos se tornam significantes na prática através do funcionamento de todo este aparato de prédios.
                                         Da Câmara dos Deputados – onde estão nossos representantes – e por baixo das duas torres, seguem todas as decisões para o Senado, aquele outro “prato” menor, virado para baixo.
                                         Este “prato” virado para baixo, que integra o Congresso Nacional, significa o Estado. Os senadores externam a posição do Estado frente a tudo o que é importante e lhe foi passado pelo Povo brasilês, por intermédio da Câmara dos Deputados, como em um sistema de “vasos comunicantes”.
                                          Ao lado do Senado temos o Palácio do Planalto, órgão sede de nossa maior representação administrativa, onde atua nosso maior gestor: a Presidência da República, cujo exercente também é por nós eleito. Gostemos, ou não, de quem ocupa esse mister, certo é que, por sermos uma república democrática, esse é o Agente Político que toma as decisões administrativas de interesse do país, PORÉM, sempre pautado nas decisões legais externadas por nós, Povo brasilês, ratificadas pelo Senado. Não esqueçam disso, nunca!
                                        Dentro desse cenário vejam que, quase que ao lado imediato da Câmara do Deputados, que é quem representa a vontade do Povo, está o Supremo Tribunal Federal que por sua vez, está à frente do Palácio do Planalto, fiscalizando-o em prol da preservação da vontade legal imposta pelo povo.
                                        Já em direção de volta à Rodoviária, um pouco mais acima do Congresso Nacional, imediatamente ao lado do Palácio do Planalto temos o Palácio da Justiça, que congrega as chefias de órgãos vitais à segurança nacional.
                                         Esse é um breve vol des oiseaux (voo de pássaro) da Praça dos Três Poderes, sob um enfoque um pouco mais ampliado, em frente à qual, virando-nos em retorno à Rodoviária - onde deambula o Povo Brasilês temos, de cada um dos lados, uma fileira de prédios. Cada um deles representando uma pasta ministerial, que cuida de um assunto relevante para nosso Brasil: Economia, Trabalho e Emprego, Exército, Marinha, Aeronáutica, Saúde, Transportes e outros...
                                     Eis as edificações que importam aos Brasileses... E que integram o famoso “eixo monumental”. Como se vê, também o termo “monumental” não é denominação a esmo, senão a informação de ali se concentrarem as construções essenciais à Nação, edificadas dentro da escala monumental idealizada por Niemayer.
                                        Quando um estrangeiro visita Brasília ele vê e percebe estes detalhes e, geralmente, não aqueles que estamos acostumados a “ver” ou nos “disseram” para enxergar.
                                         Como se vê esta grande cidade e símbolo do Brasil, planejada por um militar, riscada pelo Engenheiro Lucio Costa e desenhada pelo comunista Oscar Niemeyer, tem muito mais do que prédios bonitos no coração do Brasil.
                                         O Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque foi convidado pelo Presidente Café Filho, em 1954, para ocupar a presidência da Comissão de Localização da Nova Capital Federal, encarregada de examinar as condições gerais de instalação da cidade a ser construída. Em seguida, Café Filho homologou a escolha do sítio da nova capital e delimitou a área do futuro Distrito Federal. A Comissão de Planejamento e Localização da nova Capital, sob a Presidência de José Pessoa, foi, assim, o órgão responsável pela escolha do local exato onde hoje se ergue Brasília.
                                          A idealização do plano piloto também foi obra da mesma comissão que, em relatório redigido pelo Marechal José Pessoa, intitulado "Nova Metrópole do Brasil", entregue ao Presidente Café Filho, detalhou os pormenores do arrojado planejamento que se realizou.
                                            Brasília, onde está tudo o que somos e representamos, tem significação muito mais profunda do que aquilo que estamos acostumados a ver através de más ações de alguns indivíduos que lá estão e dizem “nos representar”.
                                            Esta cidade que é orgulho de todo Brasilês deve continuar a ter este simbolismo, este significado... Sem eles não teremos significação cívica e política alguma.
                                              Agora quem vamos colocar lá para nos gerenciar e gerir nosso erário... Para nos representar, depende exclusivamente de nós. E mais que isso, lembramos a todos os leitores que toda essa estrutura política e administrativa de Brasília, para os Brasileses, o mais importante e que realmente faz a diferença é a Câmara dos Deputados. Lá deve congregar nossos legítimos representantes e que realmente atuam para e pelo Povo através das formulações legislativas, seguindo-se o Senado, que com aquele outro deve manter estreita harmonia e responsabilidade.
Se colocarmos as pessoas certas, Brasília será mais linda ainda.
Caso contrário seremos nós os responsáveis por esta maravilha de cidade, deixar de ser linda e boa e continuar sendo feia e má!
Depende de nós....
Preste atenção que “tipo” você vai colocar lá... E assim o mundo nos verá.
Pensar não dói... Já votar e escolher pessoas certas para os lugares certos dependerá de nós... Caso contrário as dores serão todas nossas.
Apenas pense nisso e  feliz eleição.... Ou não!

 
 
              Transpirado com o auxílio imprescindível dos meus amigos da Capital  Federal: Regilene do Nascimento, Mestra em Direito
e do Historiador e Pesquisador Marlon Adami, ambos Brasilienses.
Fotos originais – Regilene do Nascimento
Demais fotos Google.