“Brasília”...
Outro Símbolo do Brasil Puro!
Coisas planejadas tem tudo pra não darem certo.
Brasília é um exemplo disso...!”.
Pedro Vinicius de O. Câmara
Você por um motivo ou outro já parou
para pensar: como é fácil falar de nossa capital federal, Brasília? Basta olhar
a beleza do planejado... Do bem feito...
Mas é só
isso? Não, dirão outros, Brasília é a capital da corrupção, dos políticos
desonestos e por ai vai?
Mas, afinal, Brasília é isso mesmo? Aliás, é
só isso?
Não! Por certo não é somente a
beleza plástica e/ou a sombria aura psicossial, que assombra
essa cidade, que a caracterizam. Daí porque, juntamente, com meus
admirados irmãos de alma, a jurista Regilene Nascimento
e o
grande historiador e professor Marlon Adami, chegamos
à conclusão de que está na hora de o brasilês olhar, sentir e aprender que Brasília tem outra dimensão. Diga-se
muito superior a meros e simples “toques
arquitetônicos” soltos no espaço e/ou sede do mal. Brasília é muito
superior a tudo isso!
Não somente por ser nossa capital
federal, Brasília no centro de nosso amado Brasil, tem significados que
nos tornam significantes como brasileses.
Com a permissão do grande
professor e meu amado amigo Nelson Valente, hoje vamos conclamar você, leitor, a externar outro
olhar sobre nossa capital, para o que utilizaremos os
símbolos, os signos, todos eles integrados
à
semiótica. Façamos uma semiose.
Acompanhe-nos, por
favor...
Em sua origem, ao chegar
em Brasília... Não pelo ar, mas por
terra, chegávamos na Rodoviária. Nos dias de hoje, quem vem
de outros estados, já não mais lá desembarca, antes sim tão somente quem se
movimenta dentro de nossa capital federal. Porém, seja como antes, seja como
nos dias de hoje, a Rodoviária, por central, equivale à representação
da chegada do Povo – podem ir acompanhando pelas fotos.
Da rodoviária seguimos pela
direita. Por quê pela direita? Pois somos ocidentais, não usamos e não andamos
pela esquerda (vejam como isso tem uma
significação profunda em nosso Brasil, não tem como sermos “esquerdistas”-
nosso próprio sistema natural não permite) e o que encontraremos
imediatamente, caminhando por aquela belíssima avenida, que
compõe o Eixo Monumental? Primeiro: a Biblioteca Nacional que leva o nome de
Leonel de Moura Brizola, monumento que é o símbolo do
conhecimento, não somente nacional como da humanidade. Ou seja, ao
chegarmos em Brasília já nos deparamos com o conhecimento. Afinal, pensar
não dói...
Continuamos
nossa caminhada, ainda pela direita, e encontramos o Museu Nacional Honestino Guimarães, ali estão
guardados os grandes acontecimentos do Brasil e da humanidade.
Mais um
pouquinho de caminhada e chegamos à belíssima Catedral de Brasília que
leva o nome da padroeira do Brasil –
Nossa Senhora Aparecida -, o símbolo, a
representatividade da fé do Brasilês, não somente a religiosa mas também a fé no nosso próprio país e no
nosso sistema construído por grandes homens.
Adiantamo-nos mais um
pouco entre os edifícios que representam as pastas ministeriais e
chegaremos ao Grande Edifício do Congresso Nacional.
Esse
então é um significante monumento que encerra a ode ao real Poder. Se olharmos com bastante atenção veremos
que ladeando as duas torres estão duas
esferas ou lentes, como preferirem... A maior é a Câmara dos
Deputados. Um grande “prato” aberto
aos céus... Eis outro grande símbolo com grande significação...
Ali “descem”, “entram” todas as
aspirações do Povo Brasilês... Ali estão concentrados nossos
representantes. Um dos locais mais
importantes do PAÍS porque é onde todas as decisões, ali tomadas, nos
representam. Sejam as boas, sejam as ruins....
A sua
direita, um pouco mais a frente, mas ainda no mesmo sentido sempre, você
encontra o Palácio do Itamaraty, ou, - o Palácio dos Arcos – Sede do Ministério das Relações Exteriores. Em outras palavras ali
está o lugar em que o Brasilês recebe com cordialidade e hospitalidade todos os
povos do mundo, mantendo as relações de amizade e cooperação
pela paz e progresso dos povos.
Do lado
oposto, próximo do “prato fechado”,
que representa o Senado, o Estado, vemos a estrutura arquitetônica da Justiça.
Um pouco
abaixo, significativamente assentado à direita do Congresso Nacional, que é o
lado onde está o “prato da Câmara”,
temos o Supremo Tribunal Federal – nosso mais alto Pretório-, que
define a Justiça que o Brasilês tanto ama e quer (não confundir com os acontecimentos da história
recente). JUSTIÇA... O símbolo significante
que tudo
representa é bem mais forte que esses perfunctórios acontecimentos da atualidade. O STF é, assim, o lado emocional e interpretativo da vontade popular
praticado através da constituição e suas leis.
Mais: se
olharmos com um pouco mais de atenção, veremos que atrás de nossa representação, a Câmara dos
Deputados, está o Panteão da Pátria.
Palavra de origem grega (PANTHEION,
no latim PANTHEON) era, na antiga Roma, uma edificação dedicada a todos os
deuses. Na Grécia, também, Panteão era o templo erguido em consagração aos
deuses. De estrutura circular e imponente, este tipo de construção
influenciou e inspirou arquitetos de vários séculos. É, geralmente, iluminado com luz natural ou pouca iluminação, com a finalidade de levar as pessoas a
uma atitude respeitosa e de reflexão.
Criado
para homenagear os heróis nacionais, ou seja, aqueles brasileiros que possuíram
ideais de liberdade e democracia, o Panteão consagra, também, a memória de Tiradentes,
que além de ser um dos heróis nacionais é o Patrono
Cívico da Nação Brasilesa. Foi construído e doado ao governo do Distrito Federal pela Fundação
Bradesco, tem três pavimentos e área total construída de 2.105 m². Sua edificação lembra o formato de
uma pomba e foi inaugurado pelo presidente José Sarney, em 07 de setembro de 1986. A ideia de se erguer esse monumento,
para homenagear os heróis nacionais,
surgiu no Palácio do Planalto, diante do corpo do presidente Tancredo Neves,
inspirado nos ideais de liberdade e democracia que, a exemplo dos seus
conterrâneos inconfidentes, tão bem soube representar.
A Pedra Fundamental do Panteão da Pátria Tancredo Neves foi
lançada pelo presidente da República da França, François Miterrand, durante sua
visita a Brasília, em 15 de outubro de 1985. Quando o arquiteto Oscar Niemeyer, antes do projeto,
começou a estudar o Panteão,
seu maior empenho era que ele se integrasse corretamente na praça, que não
fosse tão grande, mas também não muito modesto, tivesse, enfim, a escala de
importância exigida de um Panteão. Imaginou um monumento severo, sóbrio e
requintado, que causasse surpresa e desejo de ser visto de perto.
Eis o símbolo
mais importante conquistado por nosso povo: a liberdade que ninguém pode
nos tirar... Nós a conquistamos e lá está simbolizada em concreto, para
ninguém esquecer.
Logo
atrás das duas grandes torres, que integram o Congresso
Nacional, está nossa amada, lindíssima Bandeira
Nacional, nosso símbolo de nacionalidade que, junto
com o Hino Nacional são os signos de maiores importâncias e
significados para nós, Povo Brasilês. Vejam e sintam a
linguagem arquitetônica: vindo do leste para o oeste, temos nossa bandeira
precedendo, de forma “vinculante”, o Poder Nacional que a nós pertence, Povo brasilês. E mais significativamente
ainda: tremula, de forma imponente, ao lado do Panteão, signo da nossa liberdade, que está dela também à direita, lado
esse que, no corpo humano, equivale ao lado da emoção.
Vemos
mais: verificamos que esses
símbolos se tornam significantes na prática através do funcionamento de todo
este aparato de prédios.
Da Câmara dos
Deputados – onde
estão nossos representantes – e por baixo das duas torres, seguem todas as
decisões para o Senado, aquele outro “prato” menor, virado para baixo.
Este “prato” virado para
baixo, que integra o Congresso Nacional, significa o Estado. Os senadores
externam a posição do Estado frente a tudo o
que é importante e lhe foi passado pelo Povo brasilês, por intermédio da Câmara dos
Deputados, como em um sistema de “vasos comunicantes”.
Ao lado
do Senado
temos o Palácio do Planalto, órgão
sede de nossa maior representação administrativa, onde
atua nosso maior gestor: a Presidência da República, cujo exercente
também é por nós eleito. Gostemos, ou não, de quem
ocupa esse mister, certo é que, por sermos uma república democrática, esse é
o Agente Político que toma as
decisões administrativas de interesse do país, PORÉM, sempre pautado nas
decisões legais externadas por nós, Povo brasilês, ratificadas pelo Senado. Não
esqueçam disso, nunca!
Dentro
desse cenário vejam que, quase que ao lado imediato da Câmara do Deputados, que é quem representa a vontade do Povo, está
o Supremo Tribunal Federal que por
sua vez, está à frente do Palácio do
Planalto, fiscalizando-o em prol da preservação da vontade legal imposta
pelo povo.
Já em
direção de volta à Rodoviária, um
pouco mais acima do Congresso Nacional,
imediatamente ao lado do Palácio do Planalto
temos o Palácio da
Justiça, que congrega as chefias de
órgãos vitais à segurança nacional.
Esse é um
breve vol des oiseaux (voo de pássaro) da Praça dos
Três Poderes, sob um enfoque um pouco mais ampliado, em frente à qual, virando-nos em retorno à
Rodoviária - onde
deambula o Povo Brasilês – temos, de cada um dos
lados, uma fileira de prédios. Cada um deles representando uma pasta ministerial, que
cuida de um assunto relevante para nosso Brasil:
Economia, Trabalho e Emprego, Exército, Marinha, Aeronáutica, Saúde,
Transportes e outros...
Eis as edificações que importam aos
Brasileses... E que
integram o famoso “eixo
monumental”. Como se
vê, também o termo “monumental” não é denominação a esmo,
senão a informação de ali se concentrarem as construções essenciais à Nação,
edificadas dentro da escala monumental idealizada por Niemayer.
Quando um
estrangeiro visita Brasília ele vê e percebe estes
detalhes e, geralmente, não aqueles que
estamos acostumados a “ver” ou nos “disseram” para enxergar.
Como se vê
esta
grande cidade e símbolo do Brasil, planejada por um militar, “riscada” pelo Engenheiro Lucio Costa e desenhada pelo
comunista Oscar Niemeyer, tem muito mais do que prédios
bonitos no coração do Brasil.
O Marechal José Pessoa Cavalcanti de
Albuquerque foi convidado pelo Presidente Café Filho, em 1954, para ocupar a
presidência da Comissão de Localização da Nova
Capital Federal,
encarregada de examinar as condições gerais de instalação da cidade a ser
construída. Em seguida, Café Filho homologou a escolha do sítio da nova capital
e delimitou a área do futuro Distrito
Federal. A Comissão de Planejamento e Localização da nova Capital, sob a
Presidência de José Pessoa, foi, assim, o órgão responsável pela escolha do local exato onde hoje se
ergue Brasília.
A idealização do plano piloto
também foi obra da mesma comissão que, em relatório redigido pelo Marechal José
Pessoa, intitulado "Nova Metrópole
do Brasil", entregue ao Presidente Café Filho, detalhou os pormenores do
arrojado planejamento que se realizou.
Brasília,
onde está
tudo o que somos e representamos, tem
significação muito mais profunda do que aquilo que estamos acostumados a ver através de más ações de alguns indivíduos que lá
estão e dizem “nos representar”.
Esta
cidade que é orgulho de todo Brasilês deve continuar a ter este simbolismo,
este significado... Sem eles não teremos significação cívica e
política alguma.
Agora
quem vamos colocar lá para nos gerenciar e gerir nosso erário... Para nos
representar, depende exclusivamente de nós. E mais
que isso, lembramos a todos os leitores que toda
essa estrutura política e administrativa de Brasília, para os Brasileses, o
mais importante e que realmente faz a diferença é a Câmara dos Deputados. Lá
deve congregar nossos legítimos representantes e que realmente atuam para e pelo Povo através das formulações
legislativas, seguindo-se o Senado, que com aquele outro deve manter estreita
harmonia e responsabilidade.
Se
colocarmos as pessoas certas, Brasília será
mais linda ainda.
Caso
contrário seremos nós os responsáveis por esta maravilha de cidade, deixar
de ser
linda e boa e continuar sendo feia e má!
Depende
de nós....
Preste
atenção que “tipo” você vai colocar
lá... E assim o mundo nos verá.
Pensar
não dói... Já votar e escolher pessoas certas para os lugares certos dependerá
de nós... Caso contrário as dores serão todas nossas.
Apenas
pense nisso e feliz eleição.... Ou não!
Transpirado com o auxílio imprescindível dos meus
amigos da Capital Federal: Regilene do Nascimento, Mestra em Direito
e do
Historiador e Pesquisador Marlon Adami, ambos Brasilienses.
Fotos originais – Regilene do Nascimento
Demais fotos Google.
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