O
Mundo Precisa de mais
“Dr. House”!
“... É uma verdade básica da condição
humana que todo mundo mente.
A única variável é sobre o quê...!”
Fala do personagem da serie americana Dr. House
A perda de uma Mãe (com “m” maiúsculo) deve ser uma das piores dores que um ser humano
pode vivenciar. Vê-la morrer em próprios braços, então... Impensável!
Tê-la visto sofrer em seus últimos dias e
horas, momentos os quais se tentou de todas as formas, minimizar esse estado de
impotência e fragilidade humana, pedindo, sem
êxito, aos médicos que se sucediam no atendimento, que a sedassem para
diminuição da dor exposta nos olhos da moribunda... Momentaneamente, transforma
o mais fervoroso cristão em um miserável ateu.
Enquanto a morte se aproxima, lentamente, o
filho, já sem forças, não sabe se a chuta (morte)
para longe...
Ou
se a puxa com rispidez, para que findado seja logo aquele momento de terror e,
assim, a mãe, possa ir ter com Deus o mais rápido possível.O desespero mescla as trocas de olhares entre mãe e filho e enquanto ela esmaece, o filho lembra:
Ela é a rainha do
lar
Ela vale mais para
mim
Que o céu, que a
terra, que o mar
Ela é a palavra
mais linda
Que um dia o poeta
escreveu
Ela é o tesouro que
o pobre
Das mãos do Senhor
recebe
Tu és a razão dos
meus dias
Tu és feita de amor
e de esperança
Ai, ai, ai, mamãe
Eu cresci, o
caminho perdi
Volto a ti e me
sinto criança
Mamãe, mamãe, mamãe
Eu te lembro o
chinelo na mão
O avental todo sujo
de ovo
Se eu pudesse
Eu queria, outra
vez, mamãe
Começar tudo, tudo
de novo” – *
Mas ela se vai e com ela, parte do filho também, lembrando, desta feita, Fred Mercury: “how can I go on”?
How can I go on ..., how... can... I... go... on ...?*
Nesse momento o filho não consegue sequer se sentir, que dizer sentir a mensagem que Deus lhe enviou durante aquele tempo de imensurável dor e sofrimento.
Para os cristãos, a morte não é o fim senão o começo!
Para
os cristãos somos todos irmãos, daqueles que lutam pelo melhor para o outro.
Mas a morte de uma “Mãe” terá
sido o começo do que, se com ela o filho já não mais está na mesma dimensão?
Ouso opinar: o começo para uma vida de
atitude proativa! Um novo começo para o filho que ficou nessa
dimensão e que, quando recuperado desse nefasto transtorno emocional, poderá
honrar toda a vida de sua amada mãe que, mesmo estando sob os cuidados de “n”
médicos altamente capacitados, não teve sua dor minorada. Porque entre eles,
profissionais de escol, não houve as
sensibilidade e humildade necessárias para, ao invés de divergirem entre si
sobre a medicação a ser ministrada, terem posto de lado as vaidades subjetivas
e ponderado sobre o tratamento indicado pelo outro.
Albert Einstein sabia da potencialidade das
correções das noções sobre física quântica às quais teve acesso, no entanto, às
mesmas resistiu, preservando as da física clássica! Nesse caso ninguém perdeu,
nem Einstein deixou de ser Einstein, mas no tema que estamos tratando, a morte
poderia ter chegado com menos sofrimento para aquela que não teve sua dor
minorada em razão da vaidade dos cientistas que se revezaram entre si.
Quem nunca assistiu o seriado “dr. House”? Quem nunca percebeu que
esse SER HUMANO, privilegiado em sua capacidade intelectual, era, constante e
continuamente, contestado em seus diagnósticos, propostas de tratamento e
prognósticos, que, ao final, ERAM SEMPRE CERTOS?
Dr. House era um gênio da
medicina, mas contestado pelos presunçosos que não conseguiram ver ANTES a
solução clínica eficiente, nem se dispõem a aprender no dia a dia.
O juramento de Hipócrates, afinal, virou
mera retórica?
Para o Professor e pesquisador de História
Marlon Adami, axiologicamente o Juramento de Hipócrates é um juramento
solene efetuado pelos médicos, tradicionalmente, por ocasião de sua formatura,
no qual juram praticar a medicina honestamente.
De forma geral,
acredita-se que o juramento tenha sido escrito por Hipócrates — amplamente considerado como o pai da medicina ocidental —
ou por um dos seus alunos. O juramento original foi escrito em grego Jónico (século V a C.).
Existem duas versões do
Juramento de Hipócrates:
a original, escrita em Lausana em 1771 e outra,
ratificada em 1948 pela Declaração de
Genebra e posteriormente atualizada em 1968 e 1983, a qual vem sendo
utilizada em vários países por se mostrar social e cientificamente mais próxima
da atual realidade.
Diante deste momento solene,
onde pessoas se tornam aptas a praticar a medicina, as mudanças que ocorrem no
mundo, não só da Ciência, mas da mentalidade humana através da
multiculturalidade, ideologias, fazem com que um "juramento" se torne apenas uma pró-forma social e não um
comprometimento com a ciência humana e com a luta pela manutenção da vida.
Não precisamos de “mais
médicos”, antes sim de mais “médicos sem
fronteiras”, aqueles cujos corações não servem tão somente para as
oxigenações do sangue que corre nas veias porque, afinal ... “la vie c'est un
grand voyage qu'on doit faire du premiére class”!*
Das percepções e transpirações da Jurista Regilene do Nascimento
– Brasília – DF – Outubro/2014
*Dr. House – Personagem de Sir Hugh
Laurie,
série Americana de
sucesso nos últimos 7 anos
*Letra
da música em forma de poema de autoria de Toquinho
*Da
música de Fred Mercury ("Como eu posso ir?"
Como
posso continuar.. Como... Pode... Eu... Ir... Em...?)
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