#RealidadeBrasilesa:
É sua
própria natureza de um animal político;
Bestas Políticas...
Vida em
sociedade é ter reciprocidade;
Política
não é só corrupção. Política é organização;
Política
não é para enganar. Política é para ajudar;
Política
não é só individualidade. Política também é coletividade
Política
não é só pra parlamentar. Política é se manifestar (v2)
Animal
Político vive de política;
Onde
estão os ideais dessa nova geração
Que se
encontra entorpecida de sua realidade
Animal Racional
ou Irracional?
Delatores – Animal Político
“Em tempos de política, (eleições), nunca
sabíamos, se papai entraria andando porta adentro, ou se carregado pelos
amigos, baleado”, assim dizia uma amiga, nascida e criada lá pelo Vale do
Rio Doce nos anos 40, quando todo o Leste Mineiro, assim como a Área do
Contestado, divisa de Minas e Espírito Santo, era dominada pelos “coronéis” e pelos “pistoleiros”.
O avô
dela era um daqueles “coronéis
latifundiários”, que receberam um revólver com o brasão de armas da
República e por isso “senhor da vida e da
morte” naquelas paragens, além da franquia de “ocupação das terras devolutas” da União, garantida pelo mesmo “revólver federal”.
“Eu nunca matei ninguém”, afirmava o
velho. “Mandava matar”, retrucava,
rebeldemente, minha amiga.
Quis o
destino que seu pai (genro) se tornasse “desafeto
político” do seu avô e daí o medo constante, até que, como vingança por uma
derrota política, o “coronel” encomendou
um incêndio na serraria do seu pai e com isso toda a família foi levada à
miséria. Essa foi a demonstração de poder do “coronel”, não poupando nem mesmo sua família.
Jogo
bruto e brutal, pois o “velho coronel”
mantinha um “exército de afilhados
vigilantes” de todas as suas cercas atuais e futuras, que compunham o seu “curral”.
Quem
conhece a história da ocupação das melhores terras do Brasil no Norte do Paraná
nos anos 40 e 50 sabe que o comportamento do “amigo do Ditador”, Assis Chateaubriand não foi “mais amoroso” do que o narrado e
tornou-se um “modelo padrão” até os
dias atuais para as contendas nos Estados do Pará e Mato Grosso. A “pistolagem” faz a lei.
Hoje,
contudo, gozamos de mais Democracia e por isso mudaram-se as regras, mas o jogo
continua o mesmo. A violência à Democracia faz-se através do aparelhamento,
instrumentalização e até o “armamento”
dos movimentos sociais, da ocupação política por quadros partidários de cargos
técnicos da administração pública e dos fundos de pensões, do cooptação da
imprensa regular mediante verbas publicitárias oficiais despropositadas, das
redes sociais com o financiamento de barreiras de apoio e desinformação e de
organizações não governamentais nebulosas em seus objetivos.
De
outro lado sindicatos e confederações, que na maioria dos países mais
fortemente democratizados mantem uma linha ideológica tanto à Esquerda, como à
Direita, não se misturam com partidos políticos, porque legalmente são
impedidos de fazê-lo, posto que sua missão restrita é se dedicar exclusivamente
à política sindical trabalhista, ainda que por vezes se manifestem em apoio às
iniciativas partidárias.
Essa distorção pode fazer refém uma
nação de uma classe específica e foi o que se conseguiu no Brasil, fazendo-os uma “linha auxiliar” de sustentação
política, chegando-se ao absurdo de sindicalistas acumularem mandatos políticos
e sindicais. Não aprendemos com o exemplo vizinho de como uma Nação pode ser
destruída por esse método levado ao extremo, como o fez o Peronismo na
Argentina.
Essa
desmontagem será cruenta, pois nada mais violento, que a quebra de privilégios
de organizações estruturadas na defesa de interesses corporativos
antidemocráticos e nesse contexto podemos incluir o “crime organizado” do século passado nos USA, posto que fosse uma “organização acima” da lei e da ordem
dos princípios constitucionais americanos. Nessa mesma categoria inclui-se o
nosso “atual” crime organizado, que
representa um “poder real dominante”
onde o Estado não dá “o ar da sua graça”.
Outro
ponto perigoso da nossa Democracia é que muitas “instituições referência”, tais como OAB, Maçonaria, Fundações
Religiosas, Cabeças Pensantes ou foram atraídas ao centro do poder ou tiveram
sua atuação degradada pela lateralização partidária, que deixaram de
representar um “contraponto da razão”
no pensamento político e apresentação de alternativas futuras.
Entretanto,
o ponto mais grave é a extremização das posições da sociedade e que são
demonstradas no dia a dia das redes sociais. Muito antes de representar uma “central de consciência política”,
demonstram uma ferocidade partidária, que provoca a ruptura do “pensamento político mediano” e
transforma tudo em “briga de torcidas”.
Mostra
a experiência mundial, que partidos no poder representam soluções pontuais ao
desejo momentâneo da sociedade, fruto de impasses na perseguição dos objetivos
maiores de qualquer sociedade e o grande paradoxo é que a sociedade brasileira
não tem consciência de “aonde quer
chegar”.
Tirar
um partido do poder e substituí-lo por outro, ou provocar o impeachment de um governante é meramente
uma “solução de um impasse momentâneo”
e jamais um “projeto de futuro” para
uma Nação e nesse o ponto todos os “extremistas”
em ambos os polos não ajudam no que é o mais importante no momento: a união da
sociedade na busca de um objetivo nacional permanente.
“Dividere per vincere”, já ensinavam os romanos.
Somos bons alunos...
Dos Entendimentos & Percepções
Do Escritor & Cronista
Antônio Figueiredo
São Paulo – SP -
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