“Corru(p)tos & Corru(p)tores!”
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A Doença do Brasil –
Alexandre Herculano
Achou engraçado?
Errado?
O primeiro
talvez. O segundo, lamento, está certíssimo. Pelo novo Acordo Ortográfico, Decreto
nº 6583 da Presidência da República, de 29.09.2008
todas as consoantes ditas “mudas”
desaparecem da nossa língua. Como ainda vale a Lei 5.765, você ainda tem a
opção de utilizar uma das duas. Porem não pode utilizar as duas juntas.
A Língua Portuguesa Brasilesa é lei?
Sim. Como diz Aldo
Bizzocchi:
“Se um comerciante
afixar um cartaz com erros ortográficos na fachada de sua loja (existem muitos casos assim, alguns até
hilários), estará ele sujeito a multa? (Só
para lembrar: uma lei que previa multas para placas e cartazes com erros de
português, inclusive de gramática, entrou em vigor em São Paulo há alguns anos,
mas nunca "pegou", provavelmente por falta de fiscais qualificados.)
Sim pode. Mas como os
julgadores (juízes) em sua grande
maioria também desconhecem. É uma ação ganha. Acredite.
Mas voltemos a “corrupção” ou “corrução”.
Ela existe junto com o homem. Teve projeção
registrada na Grécia antiga, mas foi muito utilizada no Senado Romano. Alguma
coincidência com nosso Congresso?
Não. Nenhuma. Só o nome da moeda de troca.
Nos Estados
Unidos o Lobby - Lobby (do inglês lobby, antessala, corredor) ou lobbying é o nome que se dá à atividade de
pressão, ostensiva ou velada, de um grupo organizado. O objetivo é de interferir diretamente nas decisões
do público, em especial dos legislativos, em favor de causas
ou objetivo defendido pelo grupo -, é atividade
legal, assim como “doações para campanhas
políticas”.
No Brasil não.
O lobby é
proibido por lei e as doações somente podem ser feitas através dos partidos
políticos que concorrem a uma eleição. E registrados. Não podem ser oferecidos
diretamente a candidatos.
Bem aqui já temos três transgressões legais:
Falar
errado, lobby político
e doações ilegais a candidatos.
O que estamos vendo,
a partir da ultima eleição é o numero avassalador, gigantesco de corrupção
política, a candidatos, a partidos, as empresas estatais e aos próprios
governos. Estes, em níveis estaduais e Federais. Municipais sempre houve. Nunca
ligamos. Parece que agora os brasileses, já acordados, não estão gostando muito
desta “farra romana” em pleno século
vinte um em nosso Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas.
Só no meu estado, o Rio Grande do Sul, aparecem dezenas de Deputados
Federais e Estaduais que “receberam”
alguns através de partidos e outros particularmente, em mãos, em dinheiro vivo,
altas somas para suas campanhas eleiçoeiras. Sim, pois eleitor somos nós e não
o candidato. Nós participamos da campanha e nós somos os eleitoreiros. Outra pegadinha da nossa amada Língua Portuguesa
Brasilesa.
Mas que diacho? De onde surgiu isso? Do homem. Desde
que ele existe.
A palavra vem de nosso pai, o Latim “corruptus”, que é um particípio passado
de “corrumpere”, ou seja: “destruir, estragar”. De “COMP”- intensificativo, mais “Rumpere”, “quebrar, arrebentar”.
Nicolló
Maquiavelli, filósofo e conselheiro de Príncipes na Alta Idade Média, na mesma
época de nosso Tratado de Tordesilhas
e é claro antes de nosso pseudo descobrimento já afirmava:
“Todos os Estados bem governados e todos os príncipes
inteligentes tiveram cuidado de não reduzir a nobreza ao desespero, nem o povo
ao descontentamento.”
Como podem ver, de lá
para cá usando a Língua Portuguesa pela lei ou pelo Novo Acordo Ortográfico,
esta “ação” não é novidade. Mesmo que
nossos costumes e valores, estes também antiguíssimos, tenham passado ao lado
de tais, digamos, atos não muito respeitosos da conduta humana.
Quanto ao que
vai acontecer tudo depende da “dita”
justiça brasilesa. Parece que estou desdenhando de nossa justiça? Não estou
incrédulo mesmo, pois parece, com exceção de alguns heróis, (juízes) o resto parece não servir a
justiça e sim aos seus próprios interesses.
Os escândalos de
corrupção nestes últimos tempos são de deixar de “boca aberta” o mundo todo. Este que parecia já ter visto tudo.
Bem
agora conheceu novas formas.
Os
resultados?
Estes
dependerão exclusivamente de como o povo brasilês vai agir, cobrar, reclamar,
manifestar-se, exigir de seus “representantes”
– mesmo que muitos deles foram eleitos pelo “dinheiro de corruptores” e não pelo seu voto.
Mas quem sabe agora, um pouco mais acordados (ainda sonolentos) façam valer seu papel de cidadão e exercer um civismo civilizado. Sim são duas palavras e significados diferentes.
Afinal,
ler e conhecer a própria língua são obrigação. Assim, depois, poderá fazer seus
discursos e manifestar-se... Ao menos corretamente.
Pensar
não dói... Já falar errado... Aiiiiiiiiii...
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Publicado: Konvenios – Vitória – ES-
Pintores Famosos – São Paulo SP -
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