Prefácio:
A Sala de Protheus tem recebido visitantes ilustres.
O Emérito Professor de SC Nelson
Valente; a Escritora do Pará Jane Di Lello, a Psicóloga, Professora
e Poetisa Carioca Mônica Raouf El Bayeh e hoje meu sábio amigo e irmão
de alma Patrick René com esta fantástica crônica.
Acomodem-se no sofá para esta leitura.
Quanto vale uma alma?
by Patrick Rene
“... A
alma é essa coisa que nos
pergunta
se a alma existe...!”.
Mario Quintana
Melhor coração partido que alma
vendida!
Gosto de escrever essa frase sempre
com ponto de exclamação.
Ela merece essa pontuação. É
verdadeira, quem a professa, jamais se arrependerá. Acredito nisso.
Problema é que durante nossa
caminhada, por essa vida, nesse caminho que se faz caminhando, sempre aparece
alguém querendo por preço em nossa alma. E pior, com a certeza de que poderá
levá-la. Triste engano. Minha alma, não está nunca esteve, jamais estará à
venda. Algumas coisas na vida, de fato, tem preço. Seria tremenda hipocrisia
afirmar o contrário, mas nossa alma, bem, essa esta sempre acima do valor de
mercado, a minha ao menos, avalio assim. Valiosa alma.
Procurei uma definição de alma, mas
todas, ou levavam a um caminho ortodoxo religioso, ou demasiadamente inclinado
ao ceticismo. Ambas não me servem. Então resolvi descrever à alma como sendo a
essência do ser, aquela que leva nosso caráter, nossa moral, ética, costumes,
dons e aquilo em que acreditamos. Sou feito daquilo que acredito!
Quando falo que o não vender à alma
parte o coração, não estou sendo dramático, ou escrevendo no estilo “eu
lírico”, estou sendo literal. Não colocar nossas almas a venda, é certeza de
coração partido, dilacerado, portador de dor crônica. É o preço cobrado para se
passar por este mundo carregando à alma até o fim. Ou iríamos acreditar que
isso também não teria um preço?
Só quem não vendeu sua alma, sabe o
valor que ela tem, e, justamente por isso, não a consegue vender. Sabe que
ninguém poderia pagar seu real valor. Outro fator importante, é que àqueles que
insistem em comprar almas, já venderam as suas. Isso é demasiadamente
importante!
Quem já vendeu sua alma, tentará
comprar a de outras pessoas, a final, deve ser depois que se vende à alma, que
se passa a sentir falta dela. Dói carregar nossa alma e não coloca-la a venda?
Sim! Mas vale a pena. Como diria o dito popular: Vale a pena, se à alma não é
pequena!
Pode ser que o ditado não seja bem
assim, mas, me veio a mente dessa forma, então... Voltando ao assunto, descobri
nos últimos meses algumas coisas novas sobre ela, à alma. Acabei virando um
curioso sobre o assunto, descobri muitas coisas, dentre elas, que sempre que
dizemos a alguém que nossa alma não esta a venda, este alguém, passar a nos
odiar. Isso porque o aspirante a comprador já não possui mais a sua, e tem
inveja profunda de quem ainda a tem.
A segunda coisa que descobri sobre a
alma é que ela carrega de forma intrínseca o caráter, a dignidade e nossa
moral. Quero abrir um parêntese aqui, e falar rapidamente sobre o que me refiro
neste texto, quando falo em moral. Não estou falando de moralismo barato. Estou
falando do conjunto. “Moral” vem do latim e significa “costumes”, gosto desta
definição literal, pois a moral nada mais é do que o conjunto de costumes de
uma determinada sociedade. Os romanos, buscando atribuir um significado mais
amplo a palavra “ética”, tentaram atribuir a palavra “moral”, como significado
de “ética”, e se procurarem no dicionário etimológico, encontrarão essa
definição, mas aqui, fico com a primeira. De costumes.
Compreendida a questão moral,
seguimos discorrendo sobre as descobertas relacionadas à alma – Quando estamos
com o coração partido por carregar à alma, abrimos nossa mente para uma
reflexão mais profunda sobre sua existência, sua importância, e seus significados.
Isso é importante, não apenas carregar à alma durante toda nossa existência,
mas sabermos exatamente do que somos feitos. Somos feito daquilo em que
acreditamos! (repetição de frase).
Alguns que tentam comprar almas, já
não acreditam mais em nada, e isso já os matou. Sim! Quem não consegue mais
acreditar, já esta morto e não sabe. Só estamos verdadeiramente mortos quando
nos furtam a esperança, não do verbo esperar, mas do verbo esperançar, como
diria Paulo Freire. Fica a lição de que àqueles que tentam comprar almas, são
dignos de pena e não de ódio, pois estão mortos e não sabem. Portanto com estes
devemos usar de resignação, ouvi a palavra nessa semana, da boca de alguém
sábio, e ao aprofundar sobre seu significado, achei valiosa palavra.
Portanto, aos vivos, de coração
dolorido e que são donos de suas almas, um brinde a vida! Aos demais, nossos
mais sinceros votos de pesar pelo infausto ocorrido.
Para esta alma evoluida chamada Patrick René, Pensar Não Dói...!
Obrigado Amigo!
Dos entendimentos & Compreensões de Patrick
René
Diretor de Criação - Grupo Correio Regional
patrickrene@terra.com.br
www.oblognalata.blogspot.com
www.correioregionalrs.com.br
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