“Os Bórgias e o Governo
Brasileiro!”
“(...) não queremos apenas ser compreendidos [...], mas igualmente não ser compreendidos. De forma alguma constitui objeção a um livro o fato de alguma pessoa achá-lo incompreensível: talvez isso estivesse justamente na intenção do autor – ele não queria ser compreendido por “uma pessoa”. Todo espírito e gosto mais nobre, quando deseja comunicar-se, escolhe também os seus ouvintes; ao escolhê-los traça de igual modo a sua barreira contra “os outros...!”
Friedrich Nietzsche em A Gaia Ciência. Af. 381.
O
assunto seria muitíssimo melhor elaborado pelo meu amigo, escritor e grande
pesquisador histórico Antônio Figueiredo, ou como o grande sensei Sakamori, mas aventuro-me, com sua permissão, a fazer um
paralelo entre o famoso governo (papado)
dos Bórgias (Nobres de origem espanhola
que dominaram Roma e o Vaticano no século quatorze) e o atual governo
brasileiro.
A
diferença, já inserida acima, está na origem de ambos. Lá nobres espanhóis ou
plebeus que conquistaram seus títulos e acabaram por conquistar Roma e o que
conhecemos hoje como Vaticano. Aqui bagunceiros que se tornaram políticos (origem nos pseudos movimentos sindicais e
invasores de terras)
Não
estou aqui fazendo nenhuma apologia a Religião e sim aos estilos parecidíssimos
de política pública e, obviamente, privada. Quando saliento privada refiro-me,
exclusivamente, aos que estão no dito “principado”
ou no que costumamos chamar erroneamente de Governo “democrático”.
Os
Bórgias conquistaram reinos. Há época a Itália era dividida por principados. O
que não hesitou em tentar outros países próximos. Foram mal sucedidos.
Quando
não conseguia seus intentos o famoso Papa Alexandre VI, ou Rodrigo Bórgia,
simplesmente, aumentava seu colégio cardinalício. Ou seja, com novos e um
numero maior de cardeais, todos comprados, tinha assim mais poderes sobre os
principados.
Desta
forma seu poder crescia, sua ambição em nome de Deus era permitida em qualquer
espécie e circunstância e “apoderou-se”
do maior banco da Europa naquela época, dos Medicis. Este era aconselhado pelo
inteligentíssimo Nicolló Maquiavelli. Uma espécie de artista intelectual na arte
da interpretação da política e dos interesses desses.
Nossas
semelhanças? Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Chegou
até nós uma ideia errônea de Nicolló Maquiavelli. Seria ofensivo, a ele,
compará-lo a José Dirceu. Até porque Maquiavelli nunca precisou ser processado (tentaram, mas não conseguiram) ou
condenado. Até agora outra “coincidência”?
Mas
outros fatores são muito parecido com a história dos Bórgias e do Governo do
PT. Quando se sentem fracos, “constroem”
mais ministério, O governo atual conta com trinta e nove ministros.
Nunca
os vemos ou o ouvimos, salvo raras exceções: Do esporte para a construção dos
estádios para a Copa (pão e circo),
ou do Ministério que distribui “bolsas
tudo”. Uma espécie de compra de “cadeiras
no céu”. Em nosso caso, voto mesmo.
Algumas
contradições também nos remetem e não é coincidência a relação dentre as duas
ditas “famílias” Bórgias e PT. O que
não se consegue com inteligência se compram.
Por
exemplo, as últimas pesquisas dão como preferência a presidente cerca de 30% de
popularidade. Engraçado: Qual é o numero de bolsas famílias mesmo?
Há
uma coincidência de números? Não creio em coincidências.
Após
os ditos estádios que depois não servirão
para mais nada, apenas para peladas em lugares de luxo, não vimos mais
nada.
Saúde
vai de mal a pior e pouca gente sabe quem é o Ministro da Saúde. A educação, bem está quase inexistente
e quem é o ministro da Educação mesmo?
A
transposição do Rio São Francisco, grande “engodo”
da campanha do Lula, já consumiu cerca de 10 vezes o necessário e não está nem
na metade.
O
que se é gasto em propaganda politica e eleitoral nos últimos dois governos é
aviltante. Apenas vinte e cinco por cento disso sanearia todo o problema de
saúde do país.
Cerca
de trinta por centro nos remeteria a educação mais próxima de primeiro mundo.
Novas
estratégias educacionais estão fazendo mais alfabetizados funcionais do que pensadores
para chegarem a um terceiro grau e dependerem de profissionais de outros
países,
Mais
uma cortina de fumaça em ano pré-eleitoral.
Não
esquecendo que os filhos dos Bórgias, Juan, Cesar e Lucrécia casaram com
riquíssimas famílias ou ficarão mais abastados ainda do que quando surgiram no
mundo.
Os
filhos de lula estão milionários. Os de Dilma, bem nem se sabe se tem ou se tem
estão escondidos. Nem a dignidade de um marido foi apresentada para o país. Uma
solteirona. Nada contra seu estado civil. Mas parece que não tem vida
particular.
Quando
vem a Porto Alegre, uma fotinho com um netinho é tudo o que lhe resta de
carinho de mulher, de mãe, de avó. Fria, gélida, como tudo o que faz.
Um
ser frio que parece ter saído de alguma geleira para incrementar um poder dos
tempos em que era apenas uma “bagunceira
ou baderneira” contra o poder existente. Exatamente igual aos que hoje ela
manda suas policias prender.
Não
entendo como os iguais de repente se tornam diferentes.
José
Dirceu, considerado um dos “grandes
capitães” intelectuais do governo do PT, hoje é julgado como criminoso
comum pela Alta Corte.
A
diferença:
Maquiavel não era idealista. Era realista.
Propunha estudar a sociedade pela análise da verdade efetiva dos fatos humanos,
sem perder-se em vãs especulações. O objeto de suas reflexões é a realidade
política, pensada em termos de prática humana concreta. Seu maior interesse é o
fenômeno do poder formalizado na instituição do Estado, procurando compreender
como as organizações políticas se fundam, se desenvolvem, persistem e decaem.
Conclui, através do estudo dos antigos e da
intimidade com os poderosos da época, que os homens são todos egoístas e
ambiciosos, só recuando da prática do mal quando coagidos pela força da lei.
Os
desejos e as paixões seriam os mesmos em todas as cidades e em todos os povos.
Quem observa os fatos do passado pode prever o futuro em qualquer república e
usar os métodos aplicados desde a Antiguidade ou, na ausência deles, imaginar
novos, de acordo com a semelhança entre as circunstâncias entre o passado e o
presente.
Portanto qual é a diferença de hoje mesmo?
Muito pouca. Um povo passivo. Ou paciente
demais e esperando, não de esperançar, mas de aguardar que algo lhe venha de
bom grado em troca de um simples voto. Mesmo que obrigatório.
Assim, no próximo ano poderemos ter a chance de
uma evolução política ou, literalmente, mais uma involução como sociedade e
principalmente como conceito político.
Já descobrimos que pensar não dói... Porém
parece que temos certa dificuldade em colocar em prática estes ditos
pensamentos.
Parafraseando o escritor inicial: (...)
Todo espírito e gosto mais nobre, quando deseja comunicar-se, escolhe também os
seus ouvintes; ao escolhê-los traça de igual modo a sua barreira contra “os
outros...!”.
Bons
pensamentos Brasileses.
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