quinta-feira, 26 de setembro de 2013



 "ADMINISTRADORES DE 2020"





"...A moderna sociedade burguesa, uma sociedade
que desenvolveu gigantescos meios de troca e
produção, é como o feiticeiro incapaz de controlar
os poderes ocultos que desencadeou
com suas fórmulas magicas... "

                     Dostoievski em Londres – 1862 -



Tudo é mudança. Nada permanece estável. É o próprio sentido do Universo, da Mãe Natureza.
É uma espécie de modernismo do subdesenvolvimento, ou como o pensador Judeu-Russo, disse alguns anos antes da data acima, mais precisamente em 1847, em Notícias de Petersburgo, (...) Esses cavalheiros não servem absolutamente para o serviço público, embora alguns tenham emprego (...).

Pensar em nossas cidades, daqui a alguns anos ou pensar em nossos filhos, nestas cidades, daqui a algumas décadas, faz-se ter pensamentos sombrios, a despeito do tipo de administrações a que estamos fadados na época atual.

A ONU já apresenta alguns estudos, de que: até o ano de 2020 muitas pequenas cidades, ou cidades pequenas, próximas de outras em desenvolvimento, tendem a desaparecer, a serem cidade fantasmas, em virtude das mais próximas terem um pouquinho de pensamento para o futuro.

Estas cidades que hoje dependem em muito de outras próximas, se tornam preguiçosas, como que adormecidas no espaço e no tempo e, principalmente no progresso. E não em um progresso generalizado, mas em um progresso diretivo, pensado, partido do indivíduo para a formação do todo.

Hoje, o destino das cidades, principalmente, no Rio Grande do Sul, é buscarem aleatoriamente o desenvolvimento através, ainda, de Distritos Industriais, a maioria, impensados, unicamente em razão de política partidária mesquinha e inexperiente. Tudo como se, ter indústrias, fosse o princípio do fim para o progresso esperado.

As infraestruturas, também na maioria sem qualquer planejamento inicial, esbaram, em viagens para a busca de qualquer segmento para que ali sejam instalados, e pensem que com isso terão a solução para o desemprego, para a fartura monetária, e a solução progressista ideal para os próximos anos.

 A despeito destes ignorantes pensamentos é que a ONU, faz as projeções de que poucas cidades serão, grandes estruturas em todos os sentidos, principalmente no social para o crescimento do indivíduo através de suas necessidades básicas e outras que todos buscamos.

Uma cidade que hoje, esteja se preocupando com o futuro, alias mais de uma estão situadas no vizinho estado de Santa Catarina, ou aqui mesmo como já foi o caso de Erechim, que antes de buscar as indústrias criam os mecanismos ideais, locais, para recebê-las depois, e não simplesmente como um Distrito Industrial, como se fosse a salvação de uma microrregião, mas no todo, na preparação da população, na busca do convívio social, do lazer, da preparação e do cuidado com a natureza, tratamento de fluentes, destaque para os cuidados com quaisquer resíduos ou dejetos industriais que possam poluir a região e em vez de progresso, futuros problemas.

Tudo foi pensado, planejado com carinho, e a partir disso, um moderno sistema de marketing é envolvido, e não se gasta em viagens atrás de empresas, elas vem a estas cidades.

Isto é administração como um todo, e não simplesmente alguém sentado por detrás de uma escrivaninha, dando ordens, a um bando de, geralmente, desconhecidos de maneira sobre a qual se esta tratando, planejando ou estudando, como se dentro de um partido estivesse a nata dos pensadores, planejadores, estrategistas, futuristas e outros, que estivessem a varinha de condão, para as magicas necessárias nos momentos necessários.

É por esta razão que Dostoievski, já dizia a quase 200 anos atrás que o perigo é o feitiço virar contra o feiticeiro, visto que ele próprio desconhece as fórmulas necessárias para as magicas, também necessárias para os nossos dias e os futuros, todos que por certo virão.

Cabe aqui analisar, se estes administradores, geralmente (mal)  assessorados por outros não tão administradores, e sim políticos, se as respostas que estão buscando é apenas para seus curtos períodos, ou há o pensamento no futuro, nos seus próprios filhos, nas futuras gerações.

Afinal, daquilo que fizerem hoje dependera o seu futuro sucesso e o nosso.

É óbvio, que temos que fazer nossos administradores pensar como tal, e não simplesmente, como donos daquilo que não é sua propriedade.

E administrar o que é nosso, mesmo no rudimentar modernismo, é estar a nossa mercê, para aquilo que realmente necessitamos.

É óbvio, que o exercício do pensamento, precisa voltar, em todos.
Mais óbvio ainda é descobrirem que Pensar Não Dói...!


Leituras & Pensamentos da Madrugada
Publicado no Grupo Kasal – Vitória – ES
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