“...
Sistemas Definitivos...!”
"Uma ideia pode chegar à mente sem,
no entretanto, ter alcançado os lábios".
Lawrence Durrel -
1912-1990
Sempre que se tece
comentários, opiniões, ou até mesmo teses, baseia-se meramente em pontos
conceituais, ou inócuos, muitas vezes ambíguos.
O que se quer, ou
ao menos, se pretende, é buscar maneiras mais racionais de se fazer algo, que
pode ser feito, de maneira simplificada, sem complicações, mas sempre para o
benefício do maior número de pessoas.
Uma tese é uma suposição de algum ser
qualquer, eminente, que esteja em conflito com uma opinião geral. Por exemplo: A
ideia de que a contradição é impossível, como disse Antístenes; ou o ponto de
vista de Heráclito, de que todas as coisas estão em movimento; ou de que o ser é
um, como afirma Melisso; pois ocuparmos com uma pessoa comum quando expressa
pontos de vista contrários as opiniões, ao menos de uma grande maioria, seria
no mínimo tolice, não é mesmo?
Ou talvez se trate
de uma concepção sobre a qual tenhamos uma teoria raciocinada contraria as
opiniões dos homens, por exemplo, a concepção defendida pelos sofistas, na
antiguidade, de acordo com a qual o que é nem sempre necessita ter sido gerado
ou ser eterno, pois um músico que é também, até gramático, é tal sem jamais ter
vindo a ser, tal nem ser eternamente.
Porquanto, mesmo que um homem não aceite tal
teoria, poderia aceita-la fundando-se em que é razoável.
Ora, uma
"tese" é também um problema, embora um problema nem sempre seja uma
tese, visto serem certos problemas de tal espécie, que não temos sobre eles
nenhuma opinião num sentido ou noutro.
Que uma tese, por
outro lado, também constitui um problema, é evidente: pois do que dissemos
acima, deduz-se necessariamente que ou a grande maioria dos homens discorda dos
pensadores no tocante a tese, ou uma ou a outra classe esta em desacordo
consigo mesma, já que a tese é uma suposição em conflito com a opinião geral.
Em verdade quase
todos os problemas ditos "dialéticos" são hoje em dia chamados de
"teses". Mas não se deve dar muita importância a denominação que se
usar, pois o nosso objetivo ao distingui-los não foi criar nenhuma "bossa
nova", muito menos terminologia, consequentemente, longe de neologismo,
pois é usual, e sim reconhecer as diferenças que podem ser encontradas entre
essas duas formas.
Claro que não se
deve examinar todo problema nem toda tese, mas apenas aqueles que possam causar
embaraço aos que necessitam de argumento, e não de castigo ou percepção. Pois
um homem que não sabe se devemos ou não honrar a Deus, e a nossos genitores,
necessita de castigo, o do próprio mundo, o do próprio dia a dia, e aqueles que não sabem que a neve é ou não é
branca, necessitam de percepção.
Os temas devem aproximar-se demasiadamente da
esfera da demonstração, nem tampouco estar excessivamente afastados dela, pois
os primeiros não admitem nenhuma dúvida, enquanto os segundos envolvem
dificuldades demasiado grandes para a arte da instrução generalizada.
Porquanto se
conseguir, as definições, para aquilo que se quer, poder-se-ia dizer que ficará,
consequentemente, longe daquilo que se objetiva como necessidade geral.
Os homens, são
consequentemente responsáveis, por seus atos, sejam eles bons ou maus. Mas
saibam que religiosamente ou legalmente, aqui deverão pagar, ou receber, se
assim for julgado necessário.
Então, a
"tese", é uma espécie de manifestação, mais profunda e estudada
daquilo que se necessita, sempre de acordo com aquilo que se pretende, e nunca
para subjugar vontades. Muito menos para que se venda facilmente, as ideias ou
serviços, a serviço ou vontade de algum outro qualquer, em nome do poder. Por
que poder se conquista, não se impõe. A simplicidade das coisas é que esta,
diretamente, relacionado ao homem democraticamente social.
O restante é sempre
discutível. O que sobra poder ser somente isto, uma sobra.
Por mais obvio que
se esteja parecendo ser, ainda assim poder-se-ia dizer que falta argumentos
para quadrúpedes ruminantes, que perambulam pelos esgotos da ignorância.
Certamente, se
torna óbvio. Ou não?
Até porque, para a
grande maioria, pensar ainda dói muito...
Leituras &
Pensamentos da Madrugada
Publicado no Grupo
Kasal – Vitória – ES
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