#PensandoBrasil:
Para-Brisas
Ou Retrovisor...?
“A
Democracia que eles querem nos impingir, é a democracia antipovo, da
antirreforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que
eles servem ou representam. A democracia que eles querem é para liquidar a
Petrobrás; é a democracia dos monopólios privados nacionais e internacionais; é
a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas
ao supremo sacrifício”.
Esse
discurso pode ter sido captado no Túnel do Tempo, uma série de TV dos
anos 60, na qual habitantes do presente 2015 viajam para um passado incerto,
pois é “a máquina” que decidia o “quando”, porém sem a permissão de
intervir ou modifica-lo, ou na série De Volta para o Futuro, na qual os
habitantes do passado 1964 viajam para um futuro muito bem calculado de 2015,
também sem permissão de intervir ou modifica-lo. Em resumo, é em cima desse
discurso que “muita gente” tem
viajado politicamente no Brasil nos últimos 55 anos.
Aliás,
esse discurso é tipo um “óleo de peixe
elétrico”, (que “nos antigamente” se
jurava curar desde unha encravada até câncer no cérebro) e que no passado
serviu para um “presumível” comunista
defender a memória de seu “pai político”,
que foi um ditador mais afinado com o nazismo e o fascismo. Já no presente uma “autodenominada” esquerda, utilizando-se
das mais tradicionais práticas oligárquicas, “sentam” na “cabeça do povo” para
se banquetear com o manjar dos “deuses
políticos”: o dinheiro público.
Ufa!
Até que enfim... O texto acima ficou parado na minha tela por mais de uma
semana me desafiando na sua continuação. Não porque fosse já um tema completo
em si, mas porque me oferecia duas linhas de continuidade. Uma falando dos
políticos e os malefícios causados pela tutela histórica, sob o pretexto de “proteger o povo” de si mesmo e a outra
falando do povo, que sempre aceitou passivamente essa tutela, quer por
comodismo, quer por covardia.
A
que tutela me refiro? Àquela em que a insurgente demanda de um grupo social
ameace o “status quo”, este responda
com uma “bondade oficial”. Vão-se os
anéis, mas ficam os dedos...
Temos
uma quadra especialmente difícil na Democracia Brasileira e não me lembro de
tanta crise junta ao mesmo tempo. Crise econômica, crise política e crise de
moralidade. Ao mesmo tempo não me lembro de uma mobilização social de parte do “brasileiro comum” tão expressiva como a
corrente, nascida lá atrás em junho de 2013.
Do
lado dos “brasileiros políticos” vejo
crescentemente o ensarilhamento das “armas
ideológicas” pela mútua compreensão de que inimigo maior a ser combatido
são as oligarquias podres tradicionais, bem como as “novas apodrecidas”.
Que
16 de agosto definam se vai continuar a olhar para o retrovisor ou para o
futuro.
Entendimentos
& Compreensões
Antônio
Figueiredo –
Escritor
& Articulista –
São
Paulo – SP
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