domingo, 9 de agosto de 2015


#SOSEducacao:
Dois Brasis!  
 - Desigualmente Desiguais... 


“... Devemos tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais na medida
da sua desigualdade...!”

Aristóteles

 

Antes de começar a desenvolver tudo o que se refere a esse artigo, sinto-me tentado a citar a conhecida frase de Freud, quando se referiu às três profissões "impossíveis": analisar, educar e governar.
Alguma coisa muito errada, maligna, se esconde nas entranhas da sociedade brasileira. Prefiro fazer uma previsão tristemente óbvia: o Brasil precisa propor-se moratória moral, concordata política, falência de qualquer ordem ou natureza.
O discurso “Bolsa Família” do governo nos levou a pensar numa nova configuração geográfica, entre o Norte e o Sul: o programa Bolsa Família supostamente se destina a acabar com a fome da população de baixa renda. Se o dinheiro é utilizado na aquisição de bens de consumo e serviços, em detrimento da alimentação, não cumpre seu objetivo social.


Separatismo: uma ideia que vem de longe. A unidade nacional brasileira, firmemente proclamada logo na primeira linha da Constituição Federal de 1988, sempre foi contestada, de Norte a Sul, com mais ou menos vigor.
O separatismo nem é novo e nem se baseia sempre nos mesmos argumentos, de região para região. O histórico dos movimentos que procuraram e procuram fragmentar o Brasil, dando origem a novas repúblicas em solo americano, desde o episódio de Amador Bueno, "o rei de São Paulo", ocorrido em 1641, até os dias de hoje.
Ao que se vê, o nacionalismo Sul-Rio-Grandense  se alastra e já é ostentado em adesivos apostos nos automóveis e lugares públicos inserindo um mapa do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná encimado pelo lema: "O Sul é o meu país!"


No Nordeste repontam reações idênticas. O aguerrido nordestino, que suporta a desgraça com dignidade, vive em estado de penúria, porque a área desenvolvida do Brasil, ao sul da Bahia, assim determinou.
O Nordeste quer isso desde o século XVII, quando os pernambucanos se uniram aos maranhenses para expulsar os franceses do Maranhão (terra de Lula e Sarney). Em 1824, a Confederação do Equador pregava um movimento separatista. Infelizmente, o desfecho foi à execução dos seus líderes, entre eles Frei Caneca. A ideia continua de pé.
Também o Estado de Mato Grosso ensaiou a independência ou anexação à Bolívia, por volta de 1892. Solidária com o Brasil, a Argentina se prontificou a mandar navios de guerra a Corumbá, o que não chegou a ocorrer porque com seus próprios meios o Brasil sufocou o movimento.
São Paulo tem uma extensão territorial superior à de muitos países do continente europeu e podendo comparar perfeitamente em seu seio uma população de mais de quarenta milhões de habitantes, ninguém poderá dizer que São Paulo não possui os elementos necessários para tornar efetiva a sua autonomia política.
O povo precisa evoluir e banir do cenário político do país essas "famílias" que se assenhoraram do poder e sugam a Nação negando um futuro digno às próximas gerações.
O Brasil já gastou alguns planos “Bolsas Eleitorais” em bolsa família, bolsa miséria, bolsa gás e tantos outros programas inúteis. Sequer conseguimos romper a barreira de tirar toda população brasileira da miséria e oferecer saúde, segurança e educação.


Todos esses fatos levam a uma única conclusão. O que falta ao Brasil não são recursos. O Brasil carece de capital humano.
O governo cultiva a miséria como se fosse um patrimônio. Gasta boa parte dos recursos destinados à área social em programas de pão e circo que perpetuam a miséria e estimulam a preguiça improdutiva. Dessa forma está garantido que os filhos dos miseráveis serão miseráveis e potenciais candidatos a esses mesmos programas sócios eleitoreiros. Em troca da política de do pão e circo o povo oferece votos.
Está na hora de mudar isso. A educação é o caminho, antes que o país afunde de vez na ignorância, miséria e violência.
 

 

Entendimentos & Compreensões
Convidado da Sala de Protheus
Das pesquisas e do pensamento do
Professor Universitário,
Jornalista e Escritor Nelson Valente
– Blumenau – SC -

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário