Brincando de Faz de Conta...
- Realidade Brasilesa -
“... Quero para mim o espírito desta frase,
transformada a forma para a casar
transformada a forma para a casar
com o que eu sou:
Viver não é necessário;
Viver não é necessário;
o que é necessário é criar...!”
A
frase, em forma de pergunta, óbvio, veio-me através de uma correspondência
eletrônica de um amigo.
O universo das respostas à que
este questionamento requer é tão vasto e gigantesco quanto à própria ignorância
humana a cerca dela mesma.
Porém
como sabia que se referia ao Brasil atual, e as ditas “conversas”, nas não
menos “ditas”, redes sociais, ficou mais fácil.
Até hoje
não sei o motivo de serem chamadas de “redes sociais”. De sociabilizar? Duvido.
Estão muito longe. Penso que é para e apenas terem um nome.
Tudo
é um faz de conta. Exatamente como na vida real. Aqui fora do mundo digital da
tal de rede mundial de computadores. Como?
Simples. Lembram-se
das brincadeiras infantis do “faz-de-conta”? –sim, mesmo na nova ortografia
ainda usa-se o hífen -.
As chamadas “redes sociais” são exatamente iguais, Alguém faz de conta
que é ... Outro também faz de conta que é... E assim vestindo-se de alter egos,
ou de “figuras” até “herois imaginários” com seus “selfs” (Numa acepção geral,
entende-se por self aquilo que define a pessoa na sua
individualidade e subjetividade, isto é, a sua essência...). Portanto cuidado
com a imagem que você coloca.
Mas voltando.
Notaram por exemplo no Twitter, que em pouco tempo sumiram os tais de hackers,
Mavs, e outros títulos esquizoides fabricados ou transportados do inglês, ou
ainda, petralhas, (ligado ao partido dos trabalhadores) e seus asseclas? Sim, por
quê?
Primeiro
estes eram dirigidos.. Sim tais quais autômatos para fazerem isso... Ou eram
pago. Aos poucos foram descobertos e a rede ficou limpa. E ficou por isso
mesmo? Não.
Muito
pelo contrário, tem os de outras “áreas”, partidecos, ideologistazinhos de
quinta categoria, “paus mandados”, outros ainda pagos que continua na rede.
Fingem-se de algo que não são. Primeiro as fotos, sim os “retratos” ou imagens
escolhidas para satisfazerem seus egos ou tentarem “enganar” os outros são
denunciados por suas frases. Ou escrevem trocando o gênero (foto feminina com
frases masculinas) e vice-versa.
Basta conhecer um pouco da linguagem de nossa
amada Língua Portuguesa Brasilesa que você identifica os seres. Tem os outros
que parecem “igrejas” querem um numero sem fim de “seguidores”... Nem eles
sabem para que... Uma espécie síndrome do colecionador de lixo. Na psicologia
chama-se síndrome de Diógenes ou ainda síndrome da miséria senil (pobre do
filósofo que emprestou o nome a isso).
Outros são os
repetidores. O que você postar, imediatamente repostam... Não importa o quê..
Não precisam saber ou interpretar.. Eles simplesmente vão na “carona”. Outros
são os metidos a conhecedores. A maior quantidade. Tem especialista em todas as
áreas. Desde os legais até os de investigação. Nas operações dos últimos tempos
de nossa gloriosa Policia Federal, tinha gente que parecia ser da própria PF,
de tanta postagem fajuta.
Tem os que
gostam de postar tudo o que se refere a pessoas ricas ou artistas. Uma espécie
de cópia barata da não menos barata revista Caras. Sim postagens de ricos para
pobres (de cérebro e espirito). Literalmente. Rico não assina esta revista.
Comumente encontrada em salas de médicos e dentistas. E todo mundo passa os
olhos.
Qual a diferença
então para a vida real? Nenhuma. Só que no mundo digital os seres se tornam um
pouco mais “corajosos”, e podem dizer uma infinidade de coisas, até mesmo na
rede da síntese, que é o Twitter: Ou seja sua ideia precisa estar literalmente
em 140 caracteres. Senão... Ninguém entende.
Tem os desconfiados:
Eles querem saber sempre a fonte. Do tipo: De onde você tirou isso? Se você der
qualquer endereço lá vai o ser postar com aquele endereço... Não confere? Não. Simplesmente
vai no “embalo”...
Tem os donos do “campinho”
igual quando se jogava bola, quando criança... Quem mandava era quem tinha uma
bola. Nas redes é mais ou menos assim.
No fundo, pessoas
reais postando suas realidades ou o que lhes vai ao coração e na alma são
pouquíssimas. Estas logo são identificadas por suas frases. Basta puxar um “papo”
e você descobre em poucas linhas que tipo de ser está do outro lado.
O engraçado é
quando se faz do gênero feminino e coloca as frases no masculino. O contrário
também tem.
E tem os pagos. De qualquer área.
Principalmente os ligados a ”partidos políticos” estes sempre tem um argumento –geralmente os mesmos- se você tentar argumentar eles repetem... E repetem... Ou
então se calam e somem. E como falam bobagem. Aliás, só falam asneiras. E os
metidos a “historiadores”? Sabem.... Nada.. Absolutamente nada. Tenho dúvida se
já abriram, alguma vez, um livro de história... Ah, pobres seres...
E os campeões: Os
especialistas em “política”. Nos últimos 12 anos houve uma transformação no
brasilês: De “técnicos” de futebol para “especialistas em análises políticas”.
Todos sabem tudo. Todos opinam sobre tudo. Todos sabem.... Exatamente nada.
Falam em “partidos”
como se fossem times de futebol. Esquecem que temos apenas agremiações
políticas. As palavras e a letra da lei, na prática são diferençadas. E quando
você tenta novos argumentos... Lá vem o “mundo do faz de conta”. É uma
enormidade, uma quantidade tão grande de
“analistas” que deixam até os verdadeiros especialistas “corados”. Obviamente,
como em tudo no Brasil, alfabetos funcionais sendo vomitântico. Apenas isso.
O grande poeta
português (sim de Portugal) Fernando Pessoa – utilizado na citação inicial – e
que tinha como um dos heterônimos de Álvaro de Campos-, na maioria das
vezes muda até a nacionalidade chamando-o de Brasilês.
Este no poema Em
Linha Reta, utilizando o heterônimo acima, em suas primeiras frases deixou
escrito:
“... Nunca
conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo....!”
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo....!”
Penso que o grande
escritor e poeta lusitano tinha razão. E olha que em seu tempo não havia a tal
rede mundial de computadores.
Mas, como disse ao meu amigo, eis a
vida real. Sim a vida digital é exatamente uma cópia – só que mais rápida – do
que realmente somos.
Por isso utilizo,
quase no final de seu grande poema, o referido poeta lusitano quando deixou
dito:
“...Toda a gente
que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...!”
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...!”
Pobres seres e suas
cabecinhas pequenas... Em seus mundinhos não menos pequenos e vazios e as
necessidades de preenchê-los com “qualquer coisa”.
Apenas o resultado
de nossa instrução escolar e cultural de um pobre e lindo (e não menos surrado)
Brasil.
Enquanto isso todo
mundo continua fazendo de conta que...
Pensar não dói...
Já para quem utiliza as tais de redes sociais...
Bem... Deixo para
suas impressões...
Entendimentos
&Compreensões
Das hipocrisias e
mediocridades das Redes Sociais
Pensamentos &
Leituras da Madrugada,
Nota do
Autor –
Os versos
acima, escritos com o heterônimo de Álvaro de Campos, foram extraídos do livro
"Fernando Pessoa -
Obra Poética", Cia. José Aguilar
Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 418.
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