Cidadania na Sala de Protheus:
Um país no qual a Presidente da República, os Presidentes da
Câmara e do Senado e o Presidente do Supremo Tribunal Federal estão sob
suspeição é um país no qual os Três Poderes são ilegítimos aos olhos da cidadania.
É isso que precisamos “clamar” alto e forte no próximo Domingo.
Se Grita Pega...!
Se gritar pega ladrão, não fica um meu
irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um
Você me chamou para esse pagode,
e me avisou: "Aqui não tem pobre!"
Até me pediu pra pisar de mansinho, porque sou da cor,
eu sou escurinho ...
Aqui realmente está toda a nata: doutores, senhores,
até magnata
Com a bebedeira e a discussão, tirei a minha
conclusão:
Se gritar pega ladrão, não fica um
Você me chamou para esse pagode,
e me avisou: "Aqui não tem pobre!"
Até me pediu pra pisar de mansinho, porque sou da cor,
eu sou escurinho ...
Aqui realmente está toda a nata: doutores, senhores,
até magnata
Com a bebedeira e a discussão, tirei a minha
conclusão:
Se gritar pega ladrão, não fica um meu
irmão
Se gritar pega ladrão, não fica um
Se gritar pega ladrão, não fica um
Lugar meu amigo é a minha Baixada,
que ando tranquilo e ninguém me diz nada
E lá camburão não vai com a justiça, pois não há
ladrão e é boa a polícia
Lá até parece a Suécia, bacana, se leva o bagulho e se
deixa a grana,
Não é como esse ambiente pesado, que você me trouxe
para ser roubado ...
Bezerra da Silva – Se gritar pega ladrão
que ando tranquilo e ninguém me diz nada
E lá camburão não vai com a justiça, pois não há
ladrão e é boa a polícia
Lá até parece a Suécia, bacana, se leva o bagulho e se
deixa a grana,
Não é como esse ambiente pesado, que você me trouxe
para ser roubado ...
Bezerra da Silva – Se gritar pega ladrão
Quanta falta nos fazem esses “malandros do samba”! Bezerra
da Silva, Moreira da Silva, Cyro Monteiro e Germano Mathias, (o único
paulista). Enquanto Chico, Caetano e os demais cantavam as “desgraças nacionais”
através de “hieróglifos musicais” incendiários destinados à “burguesia rosée”
de Zona Sul e Jardins e “esquerdistas de festival”, os “malandros” falavam “na
lata” aquilo que ia na “cabeça do povão”. Vinha diretamente da favela para o
asfalto em “português das vielas”.
“Vou apertar, mas não vou acender agora” cantava Bezerra e
com isso entrou definitivamente no “gosto geral”, principalmente da “classe
média fumante” ... Subversão pura. Infelizmente, não estão mais por aí para
“cantar” os tempos atuais e nem é possível imaginar como se expressariam em sua
linguagem “de breque” e com isso empobrecemos na “coligação topo/fundo” da
pirâmide social.
Tenho uma imensa curiosidade de como o momentoso tema
PETROBRÁS seria cantado? Não vou imputar ao PT, exclusivamente, a atual crise
de valores e de moralidade no trato do dinheiro público e principalmente da sua
relação com os mercados e mais principalmente por tratar o “dinheiro alheio”,
(dos investidores externos), com o mesmo “caradurismo”, que tratam o do
“público interno”.
Em 12 de agosto de 2000 as ações da Petrobrás começaram a
ser negociadas na Bolsa de Nova Iorque, um importantíssimo passo na
internacionalização da empresa, juntando-a às grandes petroleiras
internacionais. Foi também em 2000, que se abriu a opção aos mutuários do FGTS,
de investir parte de seus recursos no fundo, (30%), em suas ações, uma
iniciativa destinada a incluir “investidores não tradicionais” nas Bolsas de
Valores. A ela aderiram 320 mil novos acionistas e até 2010 esses recursos
ganharam uma valorização de 770%, contra uma valorização máxima de 60% do FGTS.
Entretanto, foi em 2008, que o Presidente Lula reincentivou
essa opção mais fortemente ao mudar a Lei do FGTS, permitindo a aplicação de
até 50% dos recursos individuais no Fundo. Em 2010 ocorreu uma maciça corrida
ao papeis da empresa pelos optantes, marcando os tempos áureos da empresa, que
chegou a se constituir na segunda maior petroleira do mundo, também pelo fato
de em Setembro de 2010 ter sido realizada na BOVESPA e em WALL STREET a maior
oferta conjunta de ações ocorrida em todos os tempos no mundo.
Nesse entretanto temos hoje notícias de um ainda imensurável
esquema de corrupção, que tomou de assalto à PETROBRÁS e isso evidentemente
veio a impactar os negócios da petroleira. Um outro recorde foi batido em WALL
STREET em 15 de fevereiro último. As ações da Petrobrás tiveram o mais alto
volume negociado na Bolsa Americana de todos os tempos num único pregão, só que
em “movimento inverso”. Muitos livrando-se do ativo.
Como consequência um número incalculável de “ações
judiciais” está correndo nos USA, pois lá mais sagrado que o “In God we trust”
é o papel onde a frase está escrita, ou seja, no “dinheiro alheio”, uma coisa
que no Brasil é tratado como o mais “sarnento dos cães” desde os tempos do
Império. Ainda hoje muitos títulos públicos do Império, ainda são “moeda
podre”, ou melhor, “moeda apodrecida” pelo descumprimento dos compromissos
financeiros da União, com seus investidores.
Desde criança ouço a justificativa de que o “capital
imperialista” deva ser “confiscado” pelos “subdesenvolvidos explorados”, mas
juro que não consigo entender, que tipo de “imperialista” é o pequeno
investidor, seja brasileiro ou estrangeiro, que “aplica” suas economias, como
garantia da sua “velhice aposentada”.
Ainda que fosse em benefício do “desenvolvimento nacional”,
ainda assim isso para mim tem o nome de “roubo oficial”, mormente quando esses
recursos são “oficialmente roubados”, seja em forma de investimentos ou de
“impostos” pagos pelo contribuinte.
Quem suporta limites éticos tão frouxos, por não respeitar o
“bem alheio”, não pode exigir respeito ao que é seu, principalmente pela Lei do
Talião, não a do olho por olho, mas a do “ladrão que rouba ladrão tem 100 anos
de perdão”.
Em 1965 o General De Gaulle colocou um porta aviões francês
nas costas brasileiras como garantia do direito à pesca da lagosta e milhares e
milhares de vezes as frotas britânicas e americanas bombardearam países, que
haviam “sequestrado” bens de seus cidadãos. Nesta fase atual da Globalização
esse “ataque” é feito pela ação conjunta dos países estruturados sobre leis e
respeito aos direitos, negando “recursos” a “países piratas”.
O pior de tudo é, que nós “cidadãos brasileiros”, como uma
coletividade, levamos a fama pelas bananas, que os “macacos oficiais” comem,
enquanto para nós só sobra o “talo”.
É passada a hora da Nação começar a cassar os incompetentes
e trancafiar os “ladrões e suas quadrilhas organizadas”, não só pelo deboche e
vergonha a que nos submetem, mas principalmente, para que nossos filhos tenham:
saúde, educação, segurança e transporte dignos e mais principalmente ...
VERGONHA CIDADÃ para exigir os seus mais legítimos direitos ...
Aqueles que “eles” dizem que temos, mas nos “negam cinicamente” todos os dias.
Antônio Figueiredo
@ToniFigo1945
Escritor &
Articulista
São Paulo - SP
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