“... A
verdade cabe em todo lugar.
Bem como a boa conduta, elegância e
Bem como a boa conduta, elegância e
a palavra
que ajuda. Muitos tem razões
Poucos tem sensibilidade
E alguns, menos ainda...o entendimento...!”
Poucos tem sensibilidade
E alguns, menos ainda...o entendimento...!”
dos
pensamentos de Abnara Leon
Em 13 de fevereiro, publiquei em http://www.konvenios.com.br/info/Articulistas.aspx, sitio do grupo Kasal, de Vitória,
ES, o qual tenho o privilégio de ser um dos articulistas. O mais simplório, em
meio a tantas mentes geniais uma crônica chamada – (inter) Ações sem Comunicação – Perdendo a Finura -, a pedidos de
amigos, muito amados, que estão comigo, real e virtualmente.
Agora, novamente, estes mesmos amigos,
sentindo que a “grossura” parece
estar saindo pelos “poros” das
pessoas, inclusive nas redes sociais e muito mais ao vivo. Fazendo com que as
pessoas, por problemas seus ou não, se tornem mais embrutecidas e menos
cordiais, bem menos afáveis, nada simpáticos, consequentemente, menos gentis e
bondosos.
O que está acontecendo com os seres,
ditos humanos, na maioria demasiados humanos? Em a Gaia Ciência, Nietzsche afirma:
Numa perambulação pelas muitas morais, as mais
finas e as mais grosseiras, que até agora dominaram e continuam dominando na
terra, encontrei certos traços que regularmente retornam juntos e ligados entre
si: até que finalmente se revelaram dois tipos básicos, e uma diferença
fundamental sobressaiu. Há uma moral dos senhores e uma moral
de escravos; acrescento de
imediato que em todas as culturas superiores e mais misturadas aparecem também
tentativas de mediação entre as duas morais, e, com ainda maior frequência,
confusão das mesmas e incompreensão mútua, por vezes inclusive dura
coexistência até mesmo num homem, no interior de uma
só alma.
Henri Marie Raymond de
Toulouse-Lautrec Monfa, pintor pós-impressionista e boêmio que viveu em Alby,
França, no final do século dezoito. Fez ao que se sabe, segundo sua biografia, um
único texto, ao menos publicado. Nele Henri falava sobre Elegância. Utilizo-me de sua transpiração para
tentar deixar uma espécie de mensagem para as pessoas, em pleno século vinte e
um.
Ele
afirmava:
Existe uma coisa difícil de ser
ensinada e que, talvez por isso, esteja
cada vez mais rara: a elegância (gloss)
do comportamento. É um dom que vai muito
além do uso correto dos talheres e que abrange
bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira
hora da manhã até a hora de dormir
e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma
elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam
mais do que criticam. Nas
pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades
ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que
não usam um tom superior de voz ao se dirigir
a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem
prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la
em pessoas pontuais.
Elegante
é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é
quem cumpre o que promete e, ao receber
uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer
se está ou não está.
Oferecer
flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante você fazer algo por
alguém, e este alguém jamais saber o que
você teve que se arrebentar para fazer... Porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as
qualidades dos outros.
É
elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em
bate-papos informais. É elegante retribuir
carinho e solidariedade. É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
Sobrenome, joias e nariz empinado não
substituem a elegância do gesto. Não há
livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. É elegante
a gentileza. Atitudes gentis falam mais
que mil imagens... Abrir a porta para alguém é muito elegante.. Dar o lugar para alguém sentar... é muito
elegante... Sorrir, sempre é muito elegante
e faz um bem danado para a alma... Oferecer ajuda... é muito elegante... Olhar nos olhos, ao
conversar é essencialmente elegante.
Pode-se
tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é
desenvolver em si mesmo a arte de conviver,
que independe de status social: Se os amigos não merecem uma, certa
cordialidade, os desafetos é que não irá desfrutá-la.
Ser Elegante... Assim como pensar.... Não dói!
Entendimentos
& Compreensões
Leituras
& Pensamentos da Madrugada
Transpirado
das redes (ditas) sociais
Publicado
no sitio do Grupo Kasal – Vitória – ES. Em 20.03.2013
http://konvenios.com.br/info/Artigos.aspx?codAutor=117
Querido Jose CArlos
ResponderExcluirLI e reli seu texo adorei , é bem isso mesmo as pessoas estão perdendo a elegancia e a educação , adoram ferir com as palavras , são amargas e tornam o dia pesado . As redes sociais são pra trocar experiencias n pra sermos atacados por conta de nossos pensamentos . Sinto que o ser humano esta perdendo o pouco de educação que restava , acham que são seres inatingivei . Caro Amigo parabens .
Rosemeire -
Meu querido professor,
ResponderExcluirElegante e ter amigos, distantes e sem poder olhar nos olhos, que nos acolhem com carinho e nos inserem em um mundo de sensibilidade, de falar serio, de voltar a ser criança, de boa leitura, de um BBB e passaria muito tempo falando dos opostos que se encontram em rápidas palavras mas que dividem um carinho, um sorriso imaginário, um bom dia e se fazer presente. Elegante e ter a felicidade de ler reflexões como a sua e pessoas do bem. Obrigada.
"Se pensar não dói", elegante também é destoar de padrões vigentes, herméticos, insensíveis e mecãnicos. Muitos estão justificando atitudes tresloucadas pela falta de tempo. Elegante é poder parar, um pouco, e refletir que a qualidade sempre será melhor do que a quantidade...Estender a bandeira branca, em tempos difíceis, é contra a corrente e, sendo assim, mais do que elegante. Não se deixar escravizar pela tecnologia...Elegante é exercitar a tolerância, também e acima de tudo.
ResponderExcluir