“O
Homem, sua Alma ou Lenda?”
“... E amanhã não seremos o que fomos... Nem o que somos...!”
Ovídio 56 a C em Metamorfose,
XV,215-6
Seremos fortes.
Muito fortes, porém justos. Faremos da lealdade uma de nossas forças principais,
pois dela vem à confiança. E quanto mais confiarmos, mais amaremos. E ao amar
nos elevamos. Quanto mais elevados mais próximos estaremos da verdade. Tão
ensinada. Tão proferida... E nada praticada. O que aconteceu conosco nestes
milhares de anos? O que o homem está fazendo com ele? Benedito Prado, poeta
espanhol já afirmou:
"Agora
Eu lhes digo, homem que Eu quis;
Um homem liberto, fraterno e aberto,
Fazendo da vida um canto feliz..!”
E prossegue o poeta:
"...
Não é este aí o homem que Eu quis...
Que
vive oprimido, que anda perdido,
que
cai abatido no mundo que Eu fiz...
O ser deve ser valente,
mas contra as tiranias. No coração deve haver somente virtudes. Sorrir? Sempre.
Chorar? Só se for de alegria. Nunca de dores. Mas o poeta diz mais:
Será que eu falhei? -Me digam vocês!
Será que eu pus muita água no mar?
Será que é o calor do meu sol a queimar?
Se acaso é assim, perdão eu errei!
Agora eu lhes digo o
mundo que eu quis:
As estrelas não brigam o
sol não se afasta,
O mar não soçobra na terra
que eu fiz.
Agora eu lhes digo à
terra que eu quis:
Sem ódio, sem guerra,
sem tanta injustiça,
Que ferem meu filho, o
homem que eu fiz.
Agora eu lhes digo o
homem que eu quis:
Um homem liberto,
fraterno e aberto,
Fazendo da vida um canto
feliz.
Será que eu falhei,
sendo bom demais?
Será que o Amor, a
Justiça e a Paz
Não valem mais nada
neste mundo meu.
Se acaso é assim,
perdão, eu errei!
Nossas forças devem
defender os indefesos. Ajudarmos aqueles que se sentirem mais fracos. Ao
falarmos deveríamos dizer somente a verdade. Nada mais. Se por acaso fôssemos
tomados de ira deveríamos dirigi-la aos déspotas, tiranos, a todos aqueles que
se aproveitam dos indefesos.
Não haveria seres cruéis
e traiçoeiros. Em nenhum momento. Usaríamos nossa coragem para pedir ajuda se
necessitássemos. E não nos esconderíamos atrás das máscaras hipócritas que
sustentam a ausência da dignidade que nasceu conosco.
Com isso todos, seriamos
bons, justos, verdadeiros, amáveis.
E transmitiríamos isso a
todos os que viriam. Aprendemos as juras. Mas, logo proferidas, são esquecidas.
Mas na maioria das vezes nos tornamos tolos e
incrédulos de nós mesmos. Não são velhos códigos iniciados nas noites
dos tempos. Não. Nasceram conosco. Mas por que nos esquecemos de praticar?
Os dons, os talentos, as
características mais iluminadas, estão em nós. É nossa marca principal. Olhamos
as estrelas, admirados. De um esplendor magnífico. Tão superior a nós mesmos.
Mas somente olhamos. Não buscamos compreensão ou entendimento. Principalmente de
nós mesmos. Não precisaríamos temer nem lamentar nada. Muito menos nos iludir.
Apenas compreender que
nossas preocupações, temores, lamentos, são criados e podem ser dissipados por
nós mesmos.
É nisso que reside nossa
alma. Nosso espírito mais puro. Nossa essência mais profunda. Em valores
esquecidos. Mas, que estão conosco.
Valor. O homem deve ser
valente. Mas não para enfrentar outros seres, somente, mas para ter coragem de
se enfrentar.
No coração, só virtude.
Defender os indefesos e auxiliar os mais fracos. Só dizer a verdade. E derrotar
o que for contra tudo isso com a força mais sincera do próprio coração. Quando
entendemos todos os princípios, que fazem parte de nós mesmos, entendemos o
amor. E amamos. E o resto não existe. Pois somos como as estrelas. Brilhamos
como elas. Quando amamos. Não seriam mais princípios ou lendas. Nem ilusões.
Seriamos como nossa alma é. Pura. Elevada.
“...
Não é esse aí o homem que Eu fiz...!
Pensar e amar não pode
doer... Nunca!
Entendimentos &
Compreensões
Leituras &
Pensamentos da Madrugada
Publicado no Grupo Kasal
– Vitória – ES –
www.konvenios.com.br/articulistas
Grande Mestre José Carlos
ResponderExcluirExcelente artigo.
O espaço que você nos proporciona para leitura e reflexão é muito importante para nossa intelectualidade e formação cultural e acadêmica.
Nossos cidadão precisam conhecer e divulgar bons textos e poder fazer uma reflexão profunda e modificar nossa visão de ver o mundo de uma forma mais globalizada e de mudanças.
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história.
Com certeza ELE fez o que devia fazer...apenas o Homem não tem sabido aproveitar com inteligencia e prazer!
ResponderExcluirEle não errou. Fez tudo na medida certa. Mas o homem eis que deixou a erva daninha da ganância se espalhar e junto com ela espalhou a mal querência, a dissimulação, a arrogância e tudo o mais que não presta. Se pensarmos nos que estão agindo tresloucados não teremos estímulo de remar contra a maré. A lição de vida que cala no meu coração e se faz verbo na ação é insistir no certo, mesmo que não seja fácil...Só o tempo, após longa semeadura, há de mostrar os bons frutos da resistência! Tenacidade é a palavra de ordem do poeta, do mestre e minha... Adorei!
ResponderExcluir