"... Discrição é saber dissimular o
que não se pode remediar..!."
Provérbio Espanhol
Com fundamentadas
razões históricas e sociológicas, os analistas estrangeiros veem os momentos
democráticos entre nós como meros desvios ocasionais de uma constante
trajetória autoritária.
Eles terão razão se
não redobrarmos nossas condições republicanas e não fizermos da lucidez nosso
principal exercício. Todos os administradores do capital, as lideranças sindicais
tem que se convencer, tal como ocorreu até onde se solidificam as repúblicas
democráticas, de que devem perfilhar um
"possessivismo patriótico".
Se todos quiserem
pensar e defender seus episódicos momentos de poder, seus lucros imediatistas,
seus salários, de um ponto de vista meramente corporativo, é certo que se
arriscam todos, igualmente, a perder tudo.
A pátria é como a
família: se um perde, todos perdem; se um ganhar, todos ganham. Para que
interessa ter esse pode se esse poder leva ao terrorismo? De que interessa ter
o lucro desmesurado, se isto leva a desestruturação da atividade produtiva? De
que interessa ter aumentos salariais momentâneos, se isto leva ao caos e a
desorganização social? Raciocínio aparentemente simples, mas que, na verdade, dá
consistência aos fundamentos de qualquer nação viável.
A alternativa para
o prosseguimento da transição rumo a uma verdadeira república democrática não é
a revolução, como parecem desejar alguns, ou um novo surto de autoritarismo. A
primeira alternativa não conta com nenhum requisito histórico realmente
palpável e identificável. A segunda devido ao seu incalculável custo político e
econômico, simplesmente mergulharia o País no caos.
Que República deve
ser essa. Antes de qualquer coisa, ele deverá ser tudo que não foi até agora.
Deve ser tudo
aquilo que o passado já registrou, informou, de geração a geração, e servido ao
presente, para se preparar a tão sonhada modernidade, isto se ela já não passou
correndo e assustada por aqui.
Deve ser um centro
social de homens com cabeças livres, pensantes, de acordo com as necessidades
que temos, e principalmente, vendo longinquamente à frente, todas as que
teremos.
Deve ser a
República, ou dê-se o nome que preferir de homens decentes e conscientes de
seus deveres e responsabilidades, principalmente no tocante a direção
equilibrada, justa e fraterna e reta do estado.
O fraterno, aqui,
não se entende, por distribuição de lucros conseguidos através do povo, para o
paternalismo e a subserviência própria.
Deve ser o país,
que aprendemos a amar novamente, que aprendemos a respeitar, e nossos símbolos
usados com amor, com paixão, e não simplesmente para enfeitar paredes
militares, e na maioria das vezes demagogos.
Deve ser o país do
respeito mútuo, principalmente do respeito a vida, das crianças, das pessoas
mais idosas, dos doentes, dos sistemas que estão tão abalados atualmente.
Deve ser o país dos
nossos sonhos. Só que precisamos trabalhar, trabalhar, trabalhar, e muito
trabalhar, para realizarmos estes planos.
Caso contrario,
obviamente, permanecera como um grande e eterno sonho.
Só que não
realizado.
Óbvio, não?
Bem, Pensar...
Ainda não dói!
Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Publicado no Grupo Kasal – Vitória – ES – em 01.03.2013
A cabeça do politico ,aliais do homem brasileiro ainda consiste em levar vantagem em tudo animalescamente sem parar um minuto e pensar :Como levar vantagem real ,se a vantagem real é coletiva! Não se obtém vantagem em uma comunidade seja essa micro ou macro ,a partir do momento em que a coletividade trabalha sob carenagens ,é um sistema vivo ( OBSERVAR É FUNDAMENTAL A VIDA ASSIM COMO O AR) . Quando vc observa o que se vc usurpa de uma fonte , essa fica defasada , prejudicando uma fonte maior que ela . Passamos ao exemplo prático : O político que rouba em um município por menor que ele seja ele mexe na maquina do governo ,causando perdas irreparáveis , até mesmo genocídios em nosso sistema de saúde falido por causa de fraudes , interesses e roubos. Faço desse pedaço minhas palavras: "A pátria é como a família: se um perde, todos perdem; se um ganhar, todos ganham. Para que interessa ter esse pode se esse poder leva ao terrorismo? De que interessa ter o lucro desmesurado, se isto leva a desestruturação da atividade produtiva? De que interessa ter aumentos salariais momentâneos, se isto leva ao caos e a desorganização social? Raciocínio aparentemente simples, mas que, na verdade, dá consistência aos fundamentos de qualquer nação viável."
ResponderExcluirO tempos modernos se caracterizam pela luta hegemônica social de algum segmento social, seja um partido, um sindicato ou mesmo de "um lider".AINDA QUE EM GUERRA.
ResponderExcluirNo passado existiam instituições e até mesmo religiões que contrapontuavam ao "hedonismo" para que o "interesse social harmônico" prevalecesse. EM PAZ !!!
O que retornará o "bom senso" para que esse equilibrio social e político retorne ? UMA GRANDE DESGRAÇA ?