Ações de Dom Quixote!
“... A nossa crença na virtude vale mais
que a própria virtude...!”
Estamos circulando com máscaras
de oxigênio. Sim. De outra forma seriamos envoltos em “cortinas de fumaça” e sufocados. De todos os tipos. As piores são
as politiqueiras, dessa época. Eleições sem motivação nenhuma. Méritos? Muito
menos. STF julgando ladrõezinhos
baratos, depois de quase uma década de falcatruas. Violência. Pessoas agredindo e acabando com a
vida de outras pessoas. Simplesmente assim. Acabando com elas. Dando-se o poder
de Deus. Insandecidamente.
Primitivamente. De forma monstruosa. Apenas
para citar alguns exemplos.
Mas e nós? Como estamos? O que estamos fazendo
por nós mesmos?
Isso me lembra do romance
clássico espanhol Dom Quixote de La Mancha de Miguel de Cervantes y Saavedra. A obra fala sobre como o pensamento racional destrói
nossa alma. Será sobre o triunfo da irracionalidade e o poder que dá isso?
Nós passamos um tempo enorme
tentando nos organizar e, em consequência, o mundo. Construímos relógios, calendários,
agendas, e tentamos prever o tempo.
Mas que parte da nossa vida
esta realmente sob nosso controle?
Será que decidimos viver,
puramente, em uma realidade que inventamos?
Isso nos torna louco?
Alienados? Abobalhados?
Se assim for, não será melhor
que uma vida de desespero?
Racionalidade ou
irracionalidade? Quem decide? Nossas emoções? Ambíguo, não é mesmo?
Culpas? A culpa é a emoção
mais forte, é nossa emoção mais poderosa. É muito fácil de sentir e impossível
de ignorar. Elas nos motiva, mas tende a cegar nosso julgamento. Sobre tudo.
Inclusive sobre nós mesmos e o que estamos fazendo. Esta parte por experiência. Por vivência. Por sentimento
de cada partezinha sentida. Vivida
Sei que o normal é relativo.
Vê-se isso a todo o momento na rede mundial, ou internet, como preferir. Com
frequência as comunidades sociais, ou redes, são uma tentativa, quase patética,
de preencher as necessidades de quem não tem um certo traquejo social. Um jeitinho
com de lidar com as pessoas a nossa volta. Muito menos com desconhecidos. Até
porque estamos vivendo um tempo em que as pessoas temem os contatos diretos.
Assim o que escrevemos ou mostramos vale. Se valer para nossa autoestima, vale
para quem vê ou lê. Tentativa desesperada de fugir da solidão ou modismo
barato, corriqueiro.
Sim, assim como Don Quixote,
continuamos lutando contra moinhos de vento... Construindo castelos de areia...
Alimentamos amigos, ou monstros, imaginários. Sejam ligados no mundo virtual
ou, simplesmente, no nosso mundinho. Tentamos não cair nos abismos dentro de
nós mesmos. E mais ainda, procuramos um companheiro, um Sancho Pança, para nos
fazer companhia... Até para levar nossa grande lança, (nossas pesadas culpas) ou cuidar de nosso “cavalo” – o coração –.
Theodore Roedtke afirmou: “Minha alma, qual mosca ensandecida de
calor, fica zumbindo na soleira: Quem eu sou?”
A pergunta filosófica, mesmo
após mais de 2800 anos, parece ainda não ter resposta. Ao menos nós não
conseguimos chegar a ela tão facilmente.
A música já foi cantada. Há
muitos anos. Décadas. Mas, estamos ficando cada vez mais sozinhos na multidão.
Precisamos reaprender a viver conosco mesmo. Tarefa difícil não nos conhecendo
profundamente.
Melancolia? Amargura?
Desamor?
Não. Realidade.
Mas... Recheadas com tudo
isso.
Pensar não dói. Sei disso.
Afirmo isso.
Mas, às vezes, talvez o
resultado de tudo isso doa. Um pouquinho.
Entendimentos &
Compreensões
Leituras &
Pensamentos da Madrugada
Publicado no Grupo Kasal
– Vitória – ES –
www.konvenios.com.br/articulsitas
Antes os nossos "Moinhos de Vento" fossem eólicos e não poluíssem o meio-ambiente de impurezas e culpas que se arrastam secularmente. Energia pura que a pequena Dinamarca já produz e exporta a tecnologia para o mundo. Antes os nossos moinhos de vento pudessem ser bucólicos e até poéticos, como os dos holandeses. meus caros, calcemos os tamancos, típicos dos Países Baixos, para vermos do Mirante o horizonte que nos acena. Vivemos simultaneamente o tempo Chronos e o nosso tempo interno, o que não significa dizer que estão sincronizados, sem incertezas, angústias e questionamentos de toda ordem. Mas, do Mirante, é possível aquilatar o que vem de fora e nos afeta, assim como transformar e reciclar os resíduos em realidade mais assertiva, que desabrocha num sorriso, em um olhar mais sereno, em bem-estar e, enfim, na possibilidade de viver melhor. A quantidade se compra e a qualidade você constrói, inclusive na rede social, que veio para complementar e não para substituir os contatos diretos.
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