“A Essência e a
Realidade!”
*
“... Nos mesmos rios
entramos e não entramos,
somos e não
somos..."!
Heráclito de Êfeso – 580 a C
Estamos vivendo, profundamente,
momentos de incertezas. Não são econômicos ou de ordem natural das coisas. São
de pessoas. O momento é de política - eleições – e isso nos faz pensar, cada
vez mais no que estas mesmas pessoas fazem e vão fazer com as outras pessoas.
Na ultima semana, amigos queridos, por
sua vez tiveram amigos que viveram tragédias. Traumas, para os encantadores de
serpente ou a famosa autoajuda, podem ser oportunidades. Deixo isso para seus
discursos vazios. Tragédias podem nos destruir. Em muitos momentos, acredito
que talvez, apenas talvez, seja uma chance que temos de nos reinventar. Tem um
preço. Alto. Muito alto. Ele atinge nossa parte mais importante: nossa
essência. Ou nossa consciência, como preferir. Nosso juiz mais algoz.
Nessa noção de essência destroçada, o
filósofo Platão, utilizando outro pensador pré-socrático, chamado Heráclito de Èfeso,
que viveu cerca de 580 a C, dizia que somos criaturas destroçadas, que tentam
se recompor a todo momento.
Nas relações de todo o tipo:
Profissionais. Com o ser amado. Com a família – a parte mais difícil -. Ralph Emerson, Escritor, poeta e filósofo
estadunidense, dizia que a coisa mais difícil do mundo é conectar-se com o ser
humano. Simplesmente parece que não podemos conectar uma coisa a outra. Mas
fazemos, ou melhor, tentamos isso o tempo todo. Conectar-se às coisas do mundo.
Mas o mundo somos nós. Onde esta a dificuldade?
Escutamos, principalmente a partir de
agora discursos imensuráveis com palavras pouco usuais, mas utilizadas, politicamente
há muito tempo. O que será feito. E que no fundo não é feito. O que irá mudar.
Mas que continua o mesmo.
O pensador referido formulava, com
vigor, o problema da unidade permanente, do ser diante da pluralidade e
mutabilidade das coisas particulares e transitórias. Exatamente como os
políticos e o que acompanhamos e assistimos todos os dias. Ele estabeleceu a
existência de uma lei universal e fixa (para
os gregos chamada de Lógos), regedora de todos os acontecimentos
particulares e fundamento da harmonia universal. Uma harmonia feita de tensões,
”como a do arco e da lira” (instrumento
musical de cordas).
Mas estamos falando de política, de
tragédias pessoais e do ser humano e de lógica? Sim, é ambíguo. Mas podemos
pensar que nossa essência é espírito, e um espírito arrojado, e como ele mesmo
disse: “o ser não é mais que o não-ser”.
Podemos olhar o ser e, finalmente, enxergarmos
quem realmente somos.
Mas em meio a nossas tragédias diárias,
aos nossos desamores, a nossa falta de vivência humana, nossas apatias, com os
humanos, acabamos mostrando as bestas, os monstros - que todos possuímos bem lá
no fundo de nós mesmos – Alguns aprendem a controlá-los, outros simplesmente
alimentam-nos e deixam vir à tona. E ai acontece às tragédias. Sejam elas em
âmbito pessoal, ou em âmbito político, como estamos vendo no julgamento do
Superior Tribunal Federal; como estamos assistindo, diariamente, os
politiqueiros e seus discursos que nos enojam e ofendem nossa inteligência; com
pessoas fingindo serem pessoas para destroçarem outras pessoas, pelo simples
prazer psicótico de uma busca desenfreada por elas mesmas. E essas
transferências, rotineiras, para esses seres, parecem não terem mais fim.
Mas afinal o que queremos?O que
buscamos? O que somos realmente?
Estas questões a filosofia estuda desde
800 a C, e parece que quanto mais tempo passa, mais involuimos, pois cada vez
temos menos respostas e mais indagações.
A certeza de que nada é permanente, nem
mesmo a falta de luz é descobrirmos, a todo o momento uma maneira de sermos
humanos. Só humanos. Nós pensamos. E pensar... Não dói!
O pensador mencionou ainda: "Os
homens são deuses mortais e os deuses, homens imortais; viver é-lhes morte e
morrer é-lhes vida".
Apenas
para você iniciar novos pensamentos.
Afinal,
Pensar, ainda, Não Dói...!
Entendimentos
& Compreensões
Publicado
no Grupo Kasal – Vitória – ES –
www.konvenios.com.br
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