#SOSEducação -
“... O amor é o objetivo último de quase toda preocupação humana;é por isso que ele influencia nos assuntos mais relevantes,interrompe as tarefas mais sérias e por vezes desorienta as cabeças mais geniais...!”
Dos
pensamentos de Schopenhauer
Tenho sido abençoado com alguns privilégios; Dentre eles, está em ter
uma “coleção especialíssima”: amigos sábios. Sim àqueles, principalmente, que
sabem que Pensar Não Dói!
Dentre estes, está o Escritor, como é conhecido no Twitter, Professor
Nelson Valente, jornalista, escritor, professor, pesquisador e um currículo de
busca e disseminação incomparável para o conhecimento humano.
E em humano sendo dissemina, compartilha com o coração o que pesquisa e
escreve. Está fazendo uma série de crônicas sobre o que está por trás de cada
imagem e palavra de uma novela. Nesse Caso Salve Jorge, e seus escritos estão indo,
por partes sendo divulgados em http://www.gibanet.com/2013/03/27/salve-jorge-a-invasao-dos-signos-1a-parte/.
Na ultima semana me brindou, afetuosamente,
através de nossas discussões no Twitter com uma pérola que transcrevo abaixo
com todo meu afeto.
A escola está preocupada
em ensinar, e não em fazer o aluno aprender a pensar.
A chegada do professor Keating
ao internato mexeu com as estruturas da instituição, baseada nos princípios da tradição-honra-disciplina-excelência. Embora
ex-aluno da Welton School, Keating professava um estilo dito revolucionário,
nas suas aulas de literatura inglesa e no relacionamento proposto aos seus
discípulos.
O resultado é fácil de
imaginar. Esta é a trama central do filme Sociedade dos Poetas Mortos, dirigido
por Peter Weir, e que foi um dos premiados com o Oscar da Academia de Cinema de
Hollywood.
As cenas se passam em 1959 e
colocam em evidência os conflitos entre o conservadorismo expresso pela direção
exercida pelo anglicano Nolan e o jovem mestre, que entra na sala de aula
assoviando a 1812, para espanto dos seus engravatados alunos.
Logo depois, manda arrancar as
folhas de Introdução à Poesia, de Pritchard, sob a alegação de que era um texto
superado. Keating, interpretado pelo excelente Robin Willians, permite que os
seus alunos subam nas mesas, joga futebol, com eles, incentiva Neil a ser ator,
contrariando o pai autoritário, que o retira da escola, ameaçando-o com uma
academia militar:
- Você não tem nada que pensar,
deixe que o faça por você! Pressionado e angustiado, Neil se suicida, com o
revólver do pai. Foi uma das cenas mais fortes desse filme de altíssima
qualidade.
Questiona-se até onde deve ir a
autoridade paterna, chocando-se com a vocação do filho, este amparado pelo
professor compreensivo e amigo. Após o suicídio, a família de Neil processa a
escola, responsabilizando-a pelo desvio do jovem adolescente. E é claro que a
culpa recai sobre Keating, para quem a verdadeira educação é a que induz o
indivíduo a escolher o que gosta, o que está dentro de si, e não o que lhe é
imposto.
Por isso mesmo, faz da legenda
latina carpe diem (aproveite o dia) o
seu lema permanente. Quando preciso, as aulas eram dadas no pátio da escola,
com forte sensibilização do aluno para o objeto do estudo, sem passar pela
teorização. Histórias sobre educação e métodos pedagógicos, em geral, produzem
trabalhos de pouco apelo popular. Não foi o que aconteceu com Dead Poets Society.
O seu sucesso internacional
mostra, acima e tudo, um incrível interesse pelas relações entre autoritarismo
e liberdade, pais e filhos, colegas entre si. Aliás, o filho focaliza, em
fortes contornos, a figura do dedo-duro Cameron, um lourinho subserviente, que
criticava o professor querido da turma, pelos seus excessos de liberalidade.
Foi ele que contou à diretoria o que se passava em classe. Keating é expulso de
Welton , Nolan retoma as suas aulas e o faz dentro do estilo conservador de
sempre.
Quando Keating entra na sala
para apanhar os seus pertences, numa cena valorizada pela música de Maurice
Jarre, alguns dos alunos, mais chegados reagem à sua saída. Sobem à mesa, num
gesto de solidariedade, enquanto Keating se comove, chegando às lágrimas. O
diretor esbraveja, protesta, mas a atitude dos jovens é mais forte – e é o que
fica da mensagem embutida nesta obra-prima do cinema contemporâneo. O professor
e imortal da Academia Brasileira de Letras, Arnaldo Niskier, diz:
- É um filme que deve ser visto
e discutido pelos educadores brasileiros, aos quais se recomenda atenção para o
que ele representa em termos de educação moderna.
Das pesquisas, Entendimentos & Compreensões, e,
principalmente, da Generosidade de Nelson Valente –
professor universitário, jornalista e escritor
Também gostei imensamente do filme.
ResponderExcluirSou professora mas não exerço a profissão...Não tenho paciência para enfrentar uma sala de aula. Acho que nem vocação...Mas a educação, principalmente no Brasil, não me estimula.
Uma ótima semana