Que Aurora é Essa?
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"...O novo sol róseo nascente de hoje
e o velho sol escarlate poente de ontem
são o mesmo sol. Fazer o novo acontecer
não depende do sol,
mas de cada um de nós...!"
O Autor
A visão poética sempre colocou no novo amanhecer a esperança de um novo tempo e o homem, na maioria das vezes, para compensar suas frustrações e desesperanças, atribuiu ao sol o condão de no seu périplo pelo universo e em cada uma das voltas completas da rotação da terra a cada novo amanhecer de ser um agente renovador. Idêntico comportamento tem tido o “homem brasileiro” no que tange à Política. Estamos sempre aguardando e aportando nossas esperanças e anseios em uma “nova aurora política” e seu “sol renovador”. Nos dias atuais esse sol chama-se Michel Temer.
Sabe-se hoje pela teoria do Big Bang, que uma grande explosão inicial foi juntando a poeira cósmica e com ela se foi construindo dinamicamente o Universo, que assim e até os dias de hoje se organiza e harmoniza. Explosão e renovação.
É exatamente isso que acontece na Política Brasileira atualmente e em especial no dia de hoje com a votação do impeachment da Presidente Dilma Rousseff no Senado. Na ultima quarta-feira pode ter havido o “big bang” político brasileiro, mas aqui vamos questionar a qualidade da “poeira cósmica congressual” com a qual se construirá essa nossa “nova Democracia”.
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A Natureza em sua sabedoria original constituiu essa poeira de todos os mais diferentes elementos químicos, que possibilitaram não só a existência de vida, mas tudo o que é necessário para sua manutenção. A dúvida aqui é se a matéria prima política de que dispomos é suficiente e capaz para essa nova oportunidade destrutiva/construtiva de formação de uma nação nos moldes, que organize e harmonize em igualdade e fraternidade o povo brasileiro.
Entretanto, é pela desconfiança da qualidade da “poeira política” do “universo Brasilis” totalmente contaminado conforme indica a coleta de amostras da Operação Lava Jato, tão brilhante e competentemente desenvolvida por parte da PF, PGR e JF, que não nos dá a segurança de que a sustentabilidade democrática vital neste “planeta” continuará a ser nada além de precária. Os gases da corrupção que emanam do subsolo da Praça dos Três Poderes em toda sua extensão dificilmente sustentarão satisfatoriamente a “vida política”, que todos nós desejamos e talvez esse “big bang” não passe de um novo “traque”. Ainda não será desta vez, que o ar será a mistura adequada o suficiente para arejar a política brasileira.![](https://lh3.googleusercontent.com/-gkzqZeYlAQc/VzKKZU5wEzI/AAAAAAAAD74/jspKn6FhZUojOfbUHdEAQDC5tlOmpWvOQCLcB/h120/a%2Btoni%2B3.jpg)
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O que falta e sempre faltou nessas forças gravitacionais geradoras da confusão e consequente ordem é o dinamismo de uma maioria participativa, representada pela “ação cidadã”. A omissão cidadã sempre deu espaço às forças que têm se incumbido de escolher por nós nossas vontades e destinos.
É isso que queremos que continue a prevalecer e ordenar nossa vontade?
Ultrapassada esta quadra histórica nos sentaremos e ficaremos aguardando as promessas dos “novos amanheceres”, ou manteremos nossa vigília cívica, bandeiras e voz nos manifestando pelas avenidas paulistas deste Brasil pelas causas, que efetivamente são importantes?
A questão atual não é mais de quem queremos tirar ou colocar ou que queremos individualmente substituir. A busca deve ser por candidatos e mandatários que efetivamente sejam “fichas limpas” por caráter, o que seria muito raro nos dias de hoje, mas que seriam integrais respeitadores das leis por suas consequências muito bem estipuladas.
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Além disso, que o sistema de representação fosse tal que cada cidadão individualmente e em qualquer ponto do território nacional se sentisse realmente representado detendo a proximidade e controle do seu representante na proporção exata dos diferentes Colégios Eleitorais de cada Estado da Federação. Esse é o caráter do Voto Distrital.
Os últimos dias tem nos mostrado, que é a desproporcionalidade da representação, que lota o Congresso Nacional de figuras bizarras e compradas a qualquer preço para tentar fazer valer o interesse do “poder de plantão”.
Falar em golpe ao se utilizar dos preceitos moralizadores e normalizadores da Democracia é querer dar um “poder imperial” a um mandatário, que ainda que respaldado pela maioria dos votos, descumpre os princípios básicos do nosso regime. A votação recebida é a dimensão da confiança e esperança depositada. Já o “impeachment” nada mais é que o “cartão vermelho” a um “craque” contratado a peso de ouro e votos, mas que se comporta como um peladeiro no “jogo democrático”.
Essa é a nossa grande responsabilidade atual. Não baixarmos a guarda e nem tampouco relaxar na fiscalização de quem está a “nosso serviço” no poder.
Venha quem vier, ainda é o “povo” o grande soberano!
Das Percepções & Pensamentos Partilhados
Antônio Figueiredo - Escritor & Cronista -
São Paulo – SP.
Arquivos da Sala de Protheus.
Obs..:
Todas as obras publicadas na Sala de Protheus
São de inteira responsabilidade de seus autores.
O Editor!
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