domingo, 27 de julho de 2014


#PensarNaoDoi:

 

Sozinho ou Solitário?
 
 
“... Dentro de mim mora um anjo
Dentro dele mora a vaidade
Que, às vezes, fala por mim...!”

Suely Costa

 
                                   O grande brasilês das letras Carlos Drumond de Andrade, deixou escrito:

“Enfeite-se com margaridas e ternuras E escove a alma com flores Com leves fricções de esperança De alma escovada e coração acelerado Saia do quintal de si mesmo E descubra o próprio jardim”...
 
Afinal você é sozinho ou solitário?
Se têm diferença? Tem... Muita diferença.
O grande psicanalista Carl Jung deixou escrito:
 A "individuação" pode ser um termo que usa para um processo de desenvolvimento pessoal que envolve o estabelecimento de uma conexão entre o ego, centro da consciência, e o self, centro da psique total, o qual, por sua vez, inclui tanto a consciência como o inconsciente. Para Jung, existe interação constante entre a consciência e o inconsciente, e os dois não são sistemas separados, mas dois aspectos de um único sistema.
                               Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer Senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.
Às vezes nos falta esperança, mas alguém aparece para nos confortar.


Bem, outro pensador, Nietzsche também afirmou que: “os que mais amamos são os primeiros a nos traírem...!”.
Portanto, parece que esta “inconsciência do coletivo”, nas palavras de Jung, está em estabelecermos, exatamente, primeiro o que queremos para nós mesmos para após, esta estruturação estabelecida buscarmos a aproximação do outro. E talvez com ele construir algo.

                             Às vezes o amor nos machuca profundamente, e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.
Outras vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar,  tanto quanto precisamos respirar, é nossa razão de existir.
Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o  nosso destino. Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.
Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um por do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa  batendo em   nosso rosto, é a força da natureza nos chamando para a vida.  Você  descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade. Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo.   

                            Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo, e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram, descobre também  que outras disseram eu te amo uma única vez e agora temem dizer novamente,  e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajuda-las a  reconstruir um coração quebrantado.
A constatação desta vez parece vir das experienciações, atribuídas a Luís Fernando Verissimo.

Gostamos quando dissemos algo “bonito” – já que ninguém sabe quem somos – atribuir a alguém já conhecido, famoso e principalmente lido, reconhecido.
Desta forma acabamos fazendo uma transferência, mesmo que tenhamos uma inteligência exatamente ou quem sabem em nível de tal pessoa, escritor ou personalidade das letras.

                                         Por isso citei Jung e sua famosa teoria do “inconsciente coletivo”. Talvez, apenas talvez, em nossos dias não seja mais uma simples teoria, mas uma verificação do que está acontecendo ou do que está ocorrendo na vida de muitas pessoas.
Nas palavras, ainda atribuídas ao escritor, está mais ou menos assim:

“Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é  necessário, existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e  percorre-lo.

  Não procure querer conhecer seu futuro antes da hora, nem exagere em seu sofrimento, esperar é dar uma chance à vida para que ela coloque a pessoa certa em seu caminho.  A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna...!”.
                              
                                   A dica final, bem ao menos de quem já viveu meio século é a de que você deve se lembrar de que quando você aprende a viver sozinho, com você mesmo, estará pronto para todas as outras vivências. Pois agora, você se conhece mais... Muito mais do que pensava se conhecer antes.

É simples assim.
Aprender a viver sozinho é diferente de solidão.
É quando você se basta.
É quando você é mais importante que tudo.
 
Viu, afinal, pensar não dói...

Já a solidão bem, aí deixo para você pensar...

 


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