#SerieAnalise:
O Mundo às Mãos...!
- E Pouca Informação –
“... A nova
fonte de poder não é o dinheiro
nas mãos de
poucos, mas informação
nas mãos de
muitos...!”
John Naisbitt
Estamos na metade da segunda década do século
vinte e um. Modernizamo-nos? Evoluímos? Estamos melhores?
Como diria o “esquartejador”: Vamos por partes! (piadinha
infame, apenas para amenizar o assunto!).
Onde estamos realmente.
Difícil a pergunta, pois não tratamos aqui de
estatísticas, mesmo que alguns números, utilizados como exemplo, levem a esta
ciência matemática. Mas não é o que nos interessa agora.
Nestes últimos 15 anos da famosa entrada na “nova
era”, tão difundida nos últimos 20 anos do século vinte, não apresentou nada de
novo. Ao contrário: Na maioria dos casos parece ter havido “involução”. Não no
sentido de raça. Não é esta a questão. Na questão raça ainda estamos seguindo a
lógica Darwinista. Não houve evolução do ser humano depois disto. Continuamos
as mesmas pessoas com as mesmas características humanas de quando o cientista
terminou seu trabalho no final de século dezoito e seu grande avanço em termos
de conhecimento foi a partir de 1900. O termo foi cunhado por Thomas Henry
Huxley em abril de 1860.
De lá para cá continuamos os mesmos humanos
bípedes; criamos tecnologia gigantesca e galáctica; comunicamo-nos ao mesmo
tempo com todas as partes do planeta em um teclar na rede mundial de
computadores; criamos acomodação para todo o tipo de situação e conforto de uma
bicicleta de carbono a aviões moderníssimos com escalas intercontinentais sem
abastecer; já utilizamos energia aeólica, solar, termoelétricas e muitos outros
tipos surgindo a cada dia.
Na área das comunicações – a que mais avançou – em
termos técnicos temos hoje no mundo três bilhões e 80 milhões de usuários
de Internet, para arredondar o numero. A rede mundial alcança 42,4% dos
habitantes do planeta. A região com maior volume de pessoas conectadas é a Ásia
com 45% desse total, seguida da Europa com 18%. A América Latina com 10,5% dos
usuários está à frente da América do Norte com 10,1%.
Fantástico estes números não é mesmo?
Porem no fundo parece que nunca saímos das "capitanias
hereditárias". É a sofisticação do marketing que colore os óculos do povo.
A parte de todos estes números gigantescos nosso
aculturamento diminuiu. Nossa educação caiu em patamares inimagináveis... Nosso
aculturamento ficou muito mais empobrecido – comparado à mesma época de Darwin
-. Tudo se sabe a um “toque” na Rede Mundial de Computadores. Seja o tipo de
aparelho utilizado que for; e no fundo não se sabe nada.
Coloque em um endereço de pesquisas a simples
palavra “povo”: aparecerão no mínimo dez páginas indicativas que poderão levar
a outras dez, por conteúdo, e assim sucessivamente em uma pesquisa
gigantesca...
Mas se esta assim tudo tão fácil do que estou
reclamando?
A comparação à época de Darwin: Eis meu ponto.
Temos muito, quantitativamente falando... Mas pouquíssimo qualitativamente.
Muitos sabem “de tudo um pouco”, mas nada que possa
fluir em um assunto com mais aprofundamento. Lá se buscam os resultados nas
páginas de pesquisa e em seguida vai... Automaticamente para as ditas “redes
sociais”... Quem pesquisou não sabe se é verdade, se o assunto está
fundamentado em algo serio ou o autor é serio... Nada disso importa. O
importante é “postar”... Literalmente “encher linguiça”... Mais nada.
Eis nossa pobreza.
Nossa amada Língua Portuguesa Brasilesa, por
exemplo, segundo o Dicionário Houaiss tem cerca de 228 500 entradas, 376 500
acepções, 415 500 sinónimos, 26 400 antónimos e 57 000 palavras arcaicas, são
um exemplo da riqueza léxica da língua portuguesa. Segundo um levantamento
feito pela Academia Brasileira de Letras, a
língua portuguesa tem atualmente cerca de 360 mil unidades lexicais. Essas
unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
Claro que não falei dos regionalismos, gírias e outros que para os filólogos
são chamadas de acepções (em lexicografia, cada um dos vários sentidos que
palavras ou frases apresentam de acordo com cada contexto. ex.: ponto em
pontuação, costura, geografia, geometria, jogos, rotina escolar...).
Uma pessoa muito instruída e com alto índice de
leitura, como por exemplo, um doutor (com doutoramento e não médico ou advogado)
em áreas humanas ou de letras poderá utilizar em uma tese, artigos, crônica e
até obra literária no máximo cerca de 30% de todos os vocábulos de nossa língua
com alto poder de sintaxe,
Mas e o resto da população? Generalizando e como
exemplo quem está na academia (universidade) não chega a utilizar 8 por cento
de nosso vocabulário.
Tão pouco e tão pobre assim? Poderás tu me
inquerir.
Sim! Afirmo. Acompanhamos estas pesquisas desde o
final dos anos 80 e segunda metade de 90 principalmente quando começaram as
tratativas do Novo Acordo Ortográfico com os países lusófonos – atualmente são
8 países que falam a língua portuguesa - (o que não quer dizer que seja
exatamente a mesma língua do Brasil) e com cerca de 300 milhões de falantes.
Pegue um exemplo, bem fácil, com os senegaleses que estão aportando no Brasil,
e fale com eles... Verá que haverá uma comunicação, mas que metade das palavras
dele você não entenderá e o contrário também é verdadeiro.
Agora a pergunta final?
Você pensa que em termos de conhecimento, educação,
instrução, aculturamento, houve um avanço extraordinário depois da época de
Darwin, e mesmo falando instantaneamente com todo o mundo, somos superiores...
Não vou responder... Mas vou deixar que você pense
um pouco.
Se for jovem, não terá problemas tem muito tempo
pela frente se começar agora. Se for pai comece a se preocupar urgentemente com
o que vai deixar para seus filhos que o dinheiro não compra. Eu afirmo:
Dinheiro não compra conhecimento, estruturação do individuo, segurança de pensamento
para enfrentar o que está por ai jogado ao Leo no mundo...
O mundo esta na palma de tua mão: Cheio de “modernismos
tecnológicos”... E o que mais?
Pode pensar... Não dói...
Já acomodar-se...
Arquivos da Sala de Protheus
Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Acompanhamento da linguagem no Mundo.
Publicado em:
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São Paulo – SP
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