“Filósofo... Não Precisa
de Desculpas...!”
“... Anjos não precisam
de asas... Quando tem WI-FI...!”
(das dedicatórias de
Mônica Raouf El Bayef)
O poeta brasilês,
Ângelo Sansivieri afirmou: “... Escrever
é estar entre os anjos, deitar-se sobre pétalas de rosas, falar com as mãos,
realizar sonhos inacabados, ressuscitar desejos perdidos, quando se tem
amor...!”.
Agosto é um mês atípico
para os gaúchos: Ele, o mês, não sabe se ainda é inverno, se já é estação das
chuvas, se é primavera ou qualquer outra estação... Ele fica perdido... E tem o
poder de nos deixar assim também.
Mas
entre “as “perdições” do clima, chega
o carteiro: Lembra-me Rubem Alves: “... Ah,
a chegada do carteiro, quando nos entrega um pacote maior do que jamais
esperaríamos... Ali, naquele pacote a ser entregue, que já vem em mãos do carteiro,
estão nossas esperanças, nossas alegrias, nossos desejos incontidos, nossas...
Nossas... Nossa quanta coisa...!”.
Entrega-me um
pacote normal dos Correios. Já imagino... Mas fica só na imaginação para não perder
o prazer fantástico da descoberta – eis que
emerge a criança dentro de mim, tal qual pacote com belíssimo papel ornamental
do próprio Papai Noel - Assino, agradeço ao gentil e sempre sorridente
carteiro e dirijo-me a “minha ilha” – meu lugar de escritos e
leitura, para mim um lugar sagrado... Só meu -.
Sento-me e coloco o pacote sobre a mesa, quase
com reverencia abro com cuidado... Como se para não causar qualquer dano à “preciosidade interna”, mesmo não sabendo
o que é. Não quis olhar o remetente. Corta a surpresa... Tira o inesperado...
Tira os prazeres que são exclusivamente nossos.
Acondicionado em
plástico para não sujar, para não amassar, para manter um tesouro... E lá
estão... As duas novas obras de minha irmã de alma –
Retiro
com cuidado e dou-me a um prazer inesperado: Sentir o aroma de um livro novo.
Jorge Luís Borges afirmava: “Somente o
aroma das flores e da mulher amada é superior a um livro recebido, pois com
ele, assim como com elas vem tudo o que necessitamos”. Neste caso ali estão personificados em
papel minha amicíssima escritora e poetisa Mônica Raouf El Bayef – Até seu nome parece emergir da nobreza
oriental -. Dos castelos das areias do mar Egeu.
Pego
como a um cálice sagrado o primeiro: Ele esta sob duas cores em faixas de um
fundo rosa cinza com seu nome monumentalizado bem acima, um punho feminino
fechado ainda ligado a uma algema, mas não em tom de agressão e sim um punho de
firmeza... Logo abaixo esta o título...
Descartes que me desculpe... Abro as primeiras folhas, sinto o aroma das
novidades, das palavras que virão das emoções que sentirei, do mundo que
viajarei, dos sonhos que encontrarei... Quem sabe das vidas não vividas estejam
ali impressas para que as descubras...
Confesso:
Sinto-me como seu primeiro poema... Perdão,
Mas Não Sei se Existo... Começo a ler e emociona-me as palavras de Mônica...
Com as
palavras vem lembranças de nossas primeiras conversas, dos desejos de Mônica em
escrever um livro... E só consigo pensar que estou recebendo o terceiro e o
quarto livro – seus filhos literários
estão aumentando -. E eu tal qual um padrinho ainda não convidado, mas de
alma, fico acariciando meus “afilhados”.
A
escritora brasilesa de origem ucraniana, Clarice Lispector (1925/1977) tinha
razão ao afirmar: (...) Escrever é
procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir-se até o
ultimo fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocado...!”.
Mônica traz
novidades. Com a maestria e do aconselhamento generoso do Grande Jornalista e
Escritor Nelson Valente, a autora faz a criação de imagens, de paisagens enfim
de um cenário fantástico em cada poesia que vem entrelaçada com uma crônica.
Forma
conjuntos: Um poema e uma ou duas crônicas, todas ligadas entre si e ao mesmo
sem ligação. No final tudo é uma terapia poética tão magistral que “devoramos” quase que imediatamente. Em pouquíssimo
tempo lá estava eu relendo – Descartes que
Desculpe... – novamente.
Quando escrevemos, naturalmente, temos uma
pincelada, um tema, algo... Que nos leva a transpirar e ao transformar em
crônicas, artigo ao final e ao ler o leitor acaba criando o seu próprio
cenário. São apenas palavras juntas que formarão aquilo que o leitor mais se
quiser para se deliciar.
Mônica
faz exatamente isso com seus conjuntos de poemas e crônicas.
Trata dos
amigos de uma forma metafórica, mas com uma pureza angelical.
“....Amigos (...)
deixam suas marcas, lembranças, esquisitices, histórias. A gente se liga e
desliga como jogo de Lego. E forma lindas figuras. Ou não. Uma peça de Lego só
constrói quando unida ás outras. Todas juntas e diferentes. Cada uma com sua
cor, seu formato. E todas necessárias para continuar a brincadeira...!”
Logo
adiante quando poetiza sobre a Saudade deixa sua marca:
“... Saudade é doer por dentro
O que acabou por fora
Decidir recomeçar
De alicerce: O que sobrou...!”.
Acredito
que vale para ambos os sexos, porem o feminino vai adorar esta parte.
Em
seguida vem outro “recado”, agora
para os casados: “Tem gente que casa como
quem compra apartamento: Já pensando na Reforma”.
Instigante
e hilário ao mesmo tempo em que tem uma mensagem reveladora das relações
atuais.
Parabéns
Mônica Bayef por mais este lindíssimo e lindo “filho” literário, que chega pela Amazon.
Nesta
obra genial Mônica encerra:
“... Mergulho de cabeça
Levo a fé na cintura
Procuro o que em mim é tesouro
É assim que a vida apura...”.
Como
esta dito na contra capa: Amigos podem,
sim, ao contrário das regras amorosas
ocidentais, ser de muitos. E todos juntos, sinônimo de diversão garantida.
Descartes que Me Desculpe é uma obra de cabeceira... Pois quando você
não estiver assim... Naqueles melhores dias... E abri-lo vai encontrar o que
precisa para renovar seu sorriso.
Poetizar
e registrar emoções, sentimentos e das palavras tocar os seres com leveza
angelical... Eis os predicados de Mônica El Bayef, a
Poetisa
do Twitter e agora da Literatura Brasilesa.
Belíssima
Obra.
Eu já
tenho a minha e você?
Pensar Não
Dói... E ler Mônica El Bayef é resgatar a humanidade e divindade do próprio
ser... Um pouco esquecidos.
Entendimentos e Compreensões
Inspirado na Obra de Mônica Raouf El
Bayeh
Descartes que Me Desculpe.
Editora – CreateSpace/Amazon- RJ – 2014
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