Da
Sabedoria do Escritor e Amigo Toni Figueiredo
Especial
da Sala de Protheus!
“... Dê-Me
A Honra...!”
“... A maneira mais
fácil e mais segura
de vivermos
honradamente,
consiste em sermos,
na realidade,
o que parecemos ser...!”.
Sócrates
Há 40 anos o amigo
Rogério Gallupo, que era Promotor de Justiça, mas que nas hostes rotaryanas do
BH-SERRA tinha fama de ser um “grande
promotor de bagunça”, contava uma história folclórica dos antepassados de
Ivo Pitanguy na sua Curvelo-MG. O velho avô numa das muitas brigas domésticas
do casal disse a sua mulher: “Quando te
conheci v0cê era bonitinha e usava um vestidinho de chita barato e debaixo dele
uma “honrazinha” muito da duvidosa”.
Ao contrário do que muita gente pensa, a
honra não é uma virtude, mas tão simplesmente, “um louvar”, “um homenagear”, ou seja, é um “ato de respeito” à tradição ou a um passado individual ou
coletivo.
Assim, “honrar” pode ser tanto para o que é bom, quanto ao que é ruim. Na
antiguidade, (hoje também), existiam
famílias que viviam do roubo nas estradas, (hoje
dos cofres públicos) e com certeza a nova geração que se dedicava ao mesmo
fim, estaria “honrando os antepassados”.
Roubar é também um ato. O “ato de subtrair” algo material
existente e até mesmo um “bem imaterial
futuro”.
Rouba-se dinheiro, ouro, prata,
esperanças, direitos e etc. Roubou Caim, roubou Jacó, roubam as megapotências
ao impedir aos “menos desenvolvidos” o
seu direito à autodeterminação, como rouba o vereador daquele municipiozinho “prá lá de Deus me livre” a verba da
merenda escolar e da educação.
Talvez não exista assunto de maior
discussão e repercussão do que esse no Brasil. Alguns comprovados, outros
suspeitos e outros ainda apenas imputados sem prova e nestes rouba-se a “verdade”. Com todos nivelados por baixo é mais fácil fazer política e já que todos roubam, qualquer um que for eleito fará exatamente o que dele se espera: roubará. Existem os que “rouba, mas faz” e existem aqueles que apenas roubam sem qualquer retribuição. Entre políticos apenas o “furto” é proibido... Coisa de gentalha de periferia.
Há 60 anos falava-se da meia dúzia de
chevrolets do Adhemar, depois, a 50 anos, de alguns hectares do Lupion, até que
entrou em cena o Maluf nos anos 70 e ai começou a se falar em milhões... De
dólares.
Hoje quem falar em menos de bilhões, é expulso
da rodinha. Nunca dantes na história deste país o escárnio foi tão grande e o
assalto aos cofres públicos tão intensos e não me refiro exclusivamente aos
cofres federais. E pensar que se gastou uma revolução com isso. Parece que só
serviu como um fermento retardado e fortalecido.
O que mais me causa espanto é que o
Brasil tem uma das instituições mais bem aparelhadas do mundo para controlar
esses fluxos financeiros ilegais. A Receita Federal do Brasil, graças ao nosso
histórico de enriquecimentos ilícitos, transferências milionárias de recursos
ilegais, sonegação fiscal, corrupção endêmica e sinais de riqueza aparente
através do COAFI e das DECLARAÇÕES DE RENDA tem como rastrear tudo isso.
Todos os anos são milhares de “contribuintes espertinhos”, que acabam
retidos na “malha fina”, o que quer
dizer que a rede do Ministério da Fazenda é feita para pegar só “lambaris”, que nadam em águas rasas da
superfície, enquanto os “peixes grandes”
que nadam nas profundezas dos cofres públicos escapam dessa malha.
A forma de justiça mais urgente dos
tempos de hoje é que todos tenham tratamento igual nos maus feitos financeiros
e vejamos respeitado nosso dinheiro arduamente ganho e “entregue” em impostos.
Afinal o dinheiro é a mola propulsora de
tudo, inclusive da miséria.
Quero ver “peixe velho e grande enrolado em jornal novo”.
Para
meu admirado amigo Antônio Figueiredo... Pensar não dói!
E
você?
Das
percepções e pesquisas de
Antônio
Figueiredo – Entre Algum Lugar entre a Bahia e São Paulo
Economista, Escritor, Empresário, Militante Apartidário Parlamentarismo
e Voto Distrital Puro. Ex - Ativista Movimentos Sociais Católicos/ Metalúrgico/
Estudantil (1961/73). Operário da Cidadania
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