Oh, Dó...!
Valeu a
pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
Tá com dozinha de alguém? Oh, Dó!
Ah,
isso me lembra de um dos versos de Willian Shakespeare quando diz: “... Ó doçura da
vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só
golpe...!”.
Ter dó; Estar com pena de alguém por alguma razão, estar
penalizado; (mesmo que esse ultimo o
utilizemos erradamente, quando diz que um jogador foi penalizado ou o juiz
proferiu uma sentença penalizando alguém – nestes casos eles receberam pena,
então foram apenados), assim não agredimos tanto nossa tão bela, mesmo que
inculta e ultima flor do lácio.
Literalmente
sentir pelo outro, colocar-se no lugar de alguém que sofreu ou sofre, ou dor
pela perda ou por doença. Este sentimento altruísta vem do coração porque o
espirito manifesta-se através do coração. Por isso Fernando Pessoa afirma
tanto, que (...) tudo vale a pena quando
a alma não é pequena (...).
Mas
o que é Dó!
Ora, basta
procurar no dicionário, diria você, mas não esqueça que além de saber o que
procurar, você precisa saber exatamente onde aplicar este substantivo
masculino. Afinal, hoje está mais fácil: Joga na Rede Mundial e lá está o
significado. Porem não esqueça que dicionaristas são buscadores, pescadores, pesquisadores
de palavras, com todo respeito a alguns poucos filólogos de respeito que ainda
temos em nosso País. O restante tem uma equipe que sai por ai “garimpando” novas palavras e jogando em
um maço de paginas para quem não faz ideia alguma do que significa. A língua
Portuguesa é uma das únicas que aceita neologismos e regionalismos e acaba se
tornando parte integrante do discurso, seja ele oral ou escrito,
Assim este sentimento
que denota pena em relação a outra pessoa; comiseração, esta por sua vez, pode
ou não ser aplicado como sinônimo, pois é um sentimento de piedade para com a
infelicidade alheia, é ter compaixão.
Comiseração vem
do latim, nossa origem linguística, de commiseratiône
– que é um apelo a piedade.
Diz-se em um
estado de sofrimento que o ser passa por uma profunda autopiedade, (pela nova reforma, que ainda não virou lei,
perdeu o hífen), ou seja, tem dó de si mesmo, logo em seguida para a
comiseração, ou uma tristeza muito grande por ele mesmo ou pelo que está
sentindo.
Terapeutas
já trataria como “depressão” mesmo
que não concorde com o termo utilizado, pois deprimir-se significa ter perda de
fluxos elétricos no cérebro e ao mesmo tempo perda neuronal, transtorno bipolar,
distimia, dislexia, hipomania e outras classificações e isso seria neurológico e
afetaria o psicológico.
Mas sentir
dó, os poetas já utilizaram de todas as formas possíveis, exatamente para
mostrar tudo isso.
Dó vem do
latim dolus. Mas estamos falando de um sentimento exclusivamente
humano, e nenhuma denotação para a primeira nota musical na escala maior.
Assim se
você se sentir desconfortável em utilizar a palavra “dó”, pode buscar alguns
sinônimos de acordo com quem vai ser o receptor de todo este sentimento tão
profundo, de colocar-se no lugar do outro, ou seja: quando você está com dó, de
você mesmo ou de outro, você está comiserado, está compadecido, está em
compaixão, com enternecimento, até se for mais profundo, você até lastima, tem
misericórdia, fica com pena, de piedade, de remissão.
Mas
independente da semântica que você possa entender ou utilizar, ainda é um sinal
de compaixão. E estar piedoso por alguém é como se você quisesse até se redimir
por tudo aquilo que esta acontecendo e você fica impotente.
Muitos
autores da língua portuguesa Brasilesa não gostam de utilizar este substantivo,
mas ai já tem influencia da psicologia. E, bem, dai é outra questão.
Estar
compassivo por alguém, ter dozinho
por algo ter acontecido é sinal de humanidade.
Mesmo que
cause dó, pode sentir já pensar sobre tudo isso, tenha certeza, não dói...
Inspirado na cientista de
Diálogos do Caderno
Lais Martins com afagos na
alma de sua mãe!
Crônica Publicada:
Sitio Kasal – Vitória – ES
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Em Diálogos do Caderno
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